sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

CONTINUÍSMO


Ao tratar da repercussão da política econômica sobre o cotidiano dos brasileiros, a senadora Heloísa Helena e (P-SOL/AL) apontou a similaridade na condução da economia pelos governos Lula e FHC. Para fundamentar seu argumento, a senadora invocou as relações dos dois governos com o FMI. Embora afirme ter rompido com o Fundo, o atual governo teria, conforme sustentou, continuado a atender as metas traçadas pela instituição desde o governo passado.
- Não é honesto estabelecer que esse e o outro governo romperam com o FMI. Isso é uma farsa intelectual e uma fraude política - afirmou.
Outro ponto de convergência assinalado entre os dois governos foi o aumento de carga tributária, que se destinaria a compor o superávit primário estabelecido pelo fundo. A elevação da dívida pública, estimada hoje em R$ 1 trilhão, foi mais um fenômeno atribuído aos governos petista e tucano. Heloísa Helena observa que, dos R$ 1,7 trilhão estimados para o orçamento da União, mais de R$ 800 bilhões dirigem-se ao pagamento da dívida.
Quanto aos reflexos dessas medidas sobre a população, a senadora sustenta que têm um impacto maior sobre os mais pobres. Com o orçamento doméstico corroído pelo aumento de impostos, esse segmento seria obrigado a reduzir o consumo, o que concorre para gerar mais desemprego. Amargaria ainda, segundo acrescentou, a redução de investimentos sociais.

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