domingo, 1 de janeiro de 2012

Gasto público cresce em ano eleitoral

Gasto público cresce em ano eleitoral
Pesquisa divulgada ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com dados de 1995 a 2011, mostra que investimentos dos governos federal, estaduais e municipais são influenciados pelo calendário eleitoral. Em ano de pleito, há aumento de gastos públicos e, no ano seguinte, há corte de despesas.
Segundo o Ipea, em dezembro de 1998 (reeleição de Fernando Henrique Cardoso), a taxa anualizada de investimento das administrações públicas era de 2,4% do PIB (relativa a valores acumulados ao longo do ano). No ano seguinte cai para cerca de 1,5%. Em 2002 (primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva), chega a 2,2% e, em 2003, desce para 1,5%. Em 2006 (reeleição de Lula), a taxa foi de 2% e, em 2007, ficou abaixo de 1,8%. Em 2010, a mesma taxa superou os 2,8%, e a projeção do Ipea para este ano é de que esteja abaixo de 2,5%.
Ao avaliar as taxas de investimento, o Ipea salienta que houve crescimento dos gastos. Em 1995, o valor do investimento público (formação bruta de capital fixo das administrações públicas) foi de R$ 49,5 bilhões. Em 2010, atingiu R$ 104,3 bilhões (excluídos investimentos das estatais). No caso dos municípios, além das eleições estadual e federal, há a influência da eleição para prefeitos e vereadores, o que gera em um ciclo bienal de expansão e contingenciamento de gastos.



Correio do Povo

Nenhum comentário: