Ex-prisioneiro revela pesadelo de Guantânamo
Há dez anos, Moazzam Begg foi sequestrado em casa no Paquistão por agentes secretos americanos e paquistaneses e levado para a base naval de Guantânamo, um enclave dos Estados Unidos em Cuba onde o governo George W. Bush instalou um centro de detenção ilegal para negar aos presos na sua "guerra contra o terror" os direitos garantidos pela Convenção de Genebra sobre Prisioneiros de Guerra.
Em 31 de janeiro de 2002, a polícia invadiu sua casa. Begg foi preso diante da família. Antes de chegar a Cuba, passou por várias prisões clandestinas e militares, inclusive em Kandahar e na base de Bagram, no Afeganistão.
"Você agora é propriedade dos Estados Unidos e não tem direitos", anunciou o carcereiro de Guantânamo. Dez anos depois, nada mudou.
Durante a campanha eleitoral, o presidente Barack Obama prometeu fechar o centro de detenção. Em seu primeiro dia de governo, assinou uma ordem autorizando isso. Mas, no único caso julgado até agora de um suspeito de terrorismo na Justiça civil dos EUA, o juiz rejeitou 384 acusações porque as provas teriam sido obtidas por métodos ilegais, inclusive tortura.
"Depois de três anos de uma saga que incluiu ser espancado e chutado, despido à força, depilado, violado, cuspido; de suportar abusos raciais e religiosos, preso incomunicável numa cela menor do que o banheiro de uma casa comum; de ser submetido a mais de 300 interrogatórios - algumas vezes com os pulsos algemados nas costas por baixo dos joelhos; de ver o Corão ser profanado; de ser ameaçado de tortura no Egito ou na Síria; de ser submetido ao barulho de gritos que me disseram ser da minha família e de ver dois prisioneiros serem espancados até a morte, fui finalmente devolvido ao Reino Unido e à minha família - que tinha um novo membro, meu filho de três anos, que eu nunca tinha visto", conta ele no sítio da televisão árabe Al Jazira.
Moazzam Begg é hoje porta-voz da organização humanitária Cageprisioners. Nunca foi denunciado formalmente por nenhum crime.
Há dez anos, Moazzam Begg foi sequestrado em casa no Paquistão por agentes secretos americanos e paquistaneses e levado para a base naval de Guantânamo, um enclave dos Estados Unidos em Cuba onde o governo George W. Bush instalou um centro de detenção ilegal para negar aos presos na sua "guerra contra o terror" os direitos garantidos pela Convenção de Genebra sobre Prisioneiros de Guerra.
Em 31 de janeiro de 2002, a polícia invadiu sua casa. Begg foi preso diante da família. Antes de chegar a Cuba, passou por várias prisões clandestinas e militares, inclusive em Kandahar e na base de Bagram, no Afeganistão.
"Você agora é propriedade dos Estados Unidos e não tem direitos", anunciou o carcereiro de Guantânamo. Dez anos depois, nada mudou.
Durante a campanha eleitoral, o presidente Barack Obama prometeu fechar o centro de detenção. Em seu primeiro dia de governo, assinou uma ordem autorizando isso. Mas, no único caso julgado até agora de um suspeito de terrorismo na Justiça civil dos EUA, o juiz rejeitou 384 acusações porque as provas teriam sido obtidas por métodos ilegais, inclusive tortura.
"Depois de três anos de uma saga que incluiu ser espancado e chutado, despido à força, depilado, violado, cuspido; de suportar abusos raciais e religiosos, preso incomunicável numa cela menor do que o banheiro de uma casa comum; de ser submetido a mais de 300 interrogatórios - algumas vezes com os pulsos algemados nas costas por baixo dos joelhos; de ver o Corão ser profanado; de ser ameaçado de tortura no Egito ou na Síria; de ser submetido ao barulho de gritos que me disseram ser da minha família e de ver dois prisioneiros serem espancados até a morte, fui finalmente devolvido ao Reino Unido e à minha família - que tinha um novo membro, meu filho de três anos, que eu nunca tinha visto", conta ele no sítio da televisão árabe Al Jazira.
Moazzam Begg é hoje porta-voz da organização humanitária Cageprisioners. Nunca foi denunciado formalmente por nenhum crime.
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