sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Férias totais em Brasilia: pode?

Férias totais em Brasilia: pode?


A seca está inserida no calendário anual de Santa Catarina como o maior problema do verão. É só esperar que a seca vem todos os anos. E o que fizeram os governos estadual e federal nesta última década para enfrentamento da seca prolongada? A rigor, muito pouco.
O pacote anunciado em Brasilia contém mais medidas genéricas do que ações concretas para, na emergência, amenizar o problema dos agricultores. Volta a ser cogitado o Centro de Monitoramento de Desastres, ferramenta para adoção de medidas preventivas de enchentes e seca, já cogitada desde que Blumenau sofreu a grande enchente de 1983. O que aconteceu de lá para cá?
O governador Raimundo Colombo levou ao Planalto um relatório dos prejuízos com a estiagem. Pediu recursos para projetos de atendimento dos agricultores. A boa notícia, destacada na audiência, foi a cobertura do seguro agrícola, que em Santa Catarina atende 90% dos proprietários, um dos melhores do Brasil. De resto, os catarinenses chegaram atrasados. Não havia um parlamentar lutando pela liberação de recursos, mobilização que envolveu as bancadas do Rio Grande do Sul e do Paraná. E a ministra Ideli Salvati estava de férias na Rússia. Uma clara desvantagem, pois o Paraná tem a ministra Gleisi Hoffmann para defender sua economia, enquanto o Rio Grande do Sul tem o ministro Mendes Ribeiro.
A propósito: alguém consegue imaginar uma grande indústria, uma forte cooperativa ou até uma indústria de médio porte, cujos diretores entram de férias no mesmo período? E os conselheiros descansando na mesma época?
Adicione-se a este cenário a delicada situação do ministro Fernando Bezerra, engolido pelos privilégios a familiares e a seu Estado e sem tem o quadro da eficácia federal, da estiagem e das férias em Brasilia.

Moacir Pereira,

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