2012 e os sinais de mudança
A política, costuma lembrar o ex-presidente Fernando Henrique, é a arte de criar condições para tornar possível o necessário. Para outros, como a escritora chilena radicada em Cuba, Marta Harnecher, é a arte de construir forças capazes de modificar a realidade, tornando possível um amanhã que hoje parece impossível.
Entre esses dois pensamentos e o pragmatismo que faz parte de nossa cultura política, deve ser recebida a recente manifestação de próceres do PMDB e do DEM, hoje jogando no tabuleiro dos contrários, a respeito de eventual fusão dos dois entes partidários.
Esta possibilidade, que gera surpresa na esfera política, pela condição ímpar dos contendores – de um lado, o principal parceiro do PT na aliança governista e, de outro, o aliado incondicional do PSDB na frente federal da oposição -, seria efetivada antes do pleito de 2014, alicerçando-se na hipótese de parceria bem sucedida no pleito municipal de outubro deste ano.
Feitas as contas das planilhas, peemedebistas e democratas analisariam suas performances municipais para tomar uma decisão que, seguramente, alteraria profundamente as regras do jogo ora vigentes. O que motiva as cúpulas dos dois partidos? A vontade comum de abrir um novo capítulo na política, na crença de que o atual sistema se encontra engessado ou, em termos claros, aprisionado aos tabuleiros do PT e do PSDB, que, há praticamente duas décadas, compõem a dualidade mandonista da Nação.
Se ninguém furar o bloqueio, o modelo continuará intocável. O fato é que o Brasil vai bem na economia e mal na política.
Gaudêncio Torquato, jornalista, é professor titular da USP e consultor político e de comunicação Twitter @gaudtorquato
A política, costuma lembrar o ex-presidente Fernando Henrique, é a arte de criar condições para tornar possível o necessário. Para outros, como a escritora chilena radicada em Cuba, Marta Harnecher, é a arte de construir forças capazes de modificar a realidade, tornando possível um amanhã que hoje parece impossível.
Entre esses dois pensamentos e o pragmatismo que faz parte de nossa cultura política, deve ser recebida a recente manifestação de próceres do PMDB e do DEM, hoje jogando no tabuleiro dos contrários, a respeito de eventual fusão dos dois entes partidários.
Esta possibilidade, que gera surpresa na esfera política, pela condição ímpar dos contendores – de um lado, o principal parceiro do PT na aliança governista e, de outro, o aliado incondicional do PSDB na frente federal da oposição -, seria efetivada antes do pleito de 2014, alicerçando-se na hipótese de parceria bem sucedida no pleito municipal de outubro deste ano.
Feitas as contas das planilhas, peemedebistas e democratas analisariam suas performances municipais para tomar uma decisão que, seguramente, alteraria profundamente as regras do jogo ora vigentes. O que motiva as cúpulas dos dois partidos? A vontade comum de abrir um novo capítulo na política, na crença de que o atual sistema se encontra engessado ou, em termos claros, aprisionado aos tabuleiros do PT e do PSDB, que, há praticamente duas décadas, compõem a dualidade mandonista da Nação.
Se ninguém furar o bloqueio, o modelo continuará intocável. O fato é que o Brasil vai bem na economia e mal na política.
Gaudêncio Torquato, jornalista, é professor titular da USP e consultor político e de comunicação Twitter @gaudtorquato
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