sábado, 4 de junho de 2011

GLORIOSOS EXÉRCITOS

Já fizemos referência ao fato de que os exércitos de todos os países são proclamados, pelas classes dominantes, como: gloriosos exércitos. Estarrecidos estamos ao ver que o “glorioso exército” sírio, sustentáculo de mais de trinta anos de uma sanguinária ditadura, por ordem dos seus chefes, tem se dedicado à tarefa de prender torturar e até matar médicos e para-médicos que se prestem a socorrer àqueles que foram atingidos pela balas assassinas do seu “glorioso exército”.


O mesmo se dá com violência, até maior no Bahrein. Não bastassem esses dois exemplos, o coronel Kadhafi ordenou que seus atiradores de elite eliminassem qualquer médico ou para-médico que se movesse em favor dos feridos na luta contra a sua ditadura.


Não se limita a esses três exemplos o papel de facínoras que muitas vezes, têm levado a cabo certos “gloriosos exércitos”. O exército argentino praticou os mais bárbaros crimes. Milhares de pessoas acusadas de socialistas foram torturadas, fuziladas e muitas delas, ainda vivas, atiradas ao mar. Crianças foram arrancadas dos pais para serem entregues, como filhos adotivos, a torturadores que vestiam a garbosa farda do exército. No Chile, de Pinochet, repetiram-se barbaridades. Aqui, no Brasil, as nossas “gloriosas forças armadas” têm uma longa lista de serviços prestados às classes ricas. No tempo do Império, patrocinadas pelo imperialismo inglês, prestaram-se a massacrar o povo paraguaio, inclusive assassinando impiedosamente crianças e adolescentes daquele país. Foi o nosso “glorioso” Exército Brasileiro que se prestou a reprimir a ferro e fogo os movimentos de rebelião popular de caráter nativista que se opunham ao colonialismo português. Proclamando-se defensores da “sagrada” Constituição, não tiveram pejo em rasgá-la e implantar um Estado de Exceção, Ditadura, para garantir os interesses do capitalismo. Emprestaram alguns dos seus quartéis para servirem de câmara de tortura e ali praticarem repugnantes crimes em nome da pátria, que bem poderia ser dito: em nome e em defesa dos patrões.

Gilvan Rocha

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