Por Gabriel Perissé
O melhor momento para procurar emprego é quando se está empregado. Seja um executivo de prestígio ou um funcionário modesto, seja um profissional liberal ou um balconista, todos estamos pressionados pela dificuldade de encontrar uma resposta salarial para a nossa capacidade de criar, produzir e vender. Agora, aviso prévio começa no primeiro dia de trabalho. Quem espera o desemprego para procurar emprego não entendeu a nova (des)ordem social.
Independentemente das desejáveis (e sempre adiadas) soluções políticas e econômicas, todos nós, de algum modo, estamos aprendendo (ou devemos aprender) a suar o rosto de novas formas, às vezes não tão dignamente como antes, às vezes mais criativamente do que antes. Vantagens e desvantagens que não compõem uma equação matemática.
Independentemente das críticas à mentalidade individualista, egoísta, narcisista, norte-americanista, calvinista e desumana do self-made man, não é de todo mal lembrar que a meritocracia tem lá os seus méritos...
Independentemente da necessidade de os governantes e empresários aprenderem o valor da ética e (por que não?) o valor dos valores cristãos, vale a pena dar tratos à bola e procurar saídas caseiras, inteligentes e honestas antes de atingirmos uma radical justiça para todos, de preferência pelos caminhos democráticos, justiça pela qual devemos lutar sem desânimo.
Com todas essas ressalvas, ler o livro Empregue seu talento, do consultor de empresas Gutemberg B. de Macedo, é uma boa sugestão para gente lutadora em tempos bicudos.
A tese defendida? Simples: cada pessoa pode se tornar uma espécie de jogador de futebol com poder sobre o seu próprio passe. Todos temos algum talento que nos ajude a "fazer gols". Resta-nos saber traduzi-lo em remuneração.
O novo profissional que se desenha fora das empresas, cada vez menores e menos acolhedoras, sabe construir um negócio próprio, com as características da modernidade. Esse trabalho é mais intelectual do que braçal, e exige toda a parafernália que acumulamos neste século: linha telefônica, secretária eletrônica, pager, celular, fax, computador ligado à Internet, impressora, scanner e copiadora. De dentro de casa, com esposa/marido e filhos por perto, é possível trabalhar sem respirar tanta poluição, sem comer tantos sanduíches-almoços nas lanchonetes da vida.
Muito do que há no livro é questão de bom senso, claro. Mas é um bom vade-mecum para quem desistiu da via crucis inútil em busca de um calvário desaparecido.
Um manual de circunstância. Uma dica.
Empregue seu talento, Cultura, 1999, 195 páginas.
E-mail: perisse@uol.com.br
O melhor momento para procurar emprego é quando se está empregado. Seja um executivo de prestígio ou um funcionário modesto, seja um profissional liberal ou um balconista, todos estamos pressionados pela dificuldade de encontrar uma resposta salarial para a nossa capacidade de criar, produzir e vender. Agora, aviso prévio começa no primeiro dia de trabalho. Quem espera o desemprego para procurar emprego não entendeu a nova (des)ordem social.
Independentemente das desejáveis (e sempre adiadas) soluções políticas e econômicas, todos nós, de algum modo, estamos aprendendo (ou devemos aprender) a suar o rosto de novas formas, às vezes não tão dignamente como antes, às vezes mais criativamente do que antes. Vantagens e desvantagens que não compõem uma equação matemática.
Independentemente das críticas à mentalidade individualista, egoísta, narcisista, norte-americanista, calvinista e desumana do self-made man, não é de todo mal lembrar que a meritocracia tem lá os seus méritos...
Independentemente da necessidade de os governantes e empresários aprenderem o valor da ética e (por que não?) o valor dos valores cristãos, vale a pena dar tratos à bola e procurar saídas caseiras, inteligentes e honestas antes de atingirmos uma radical justiça para todos, de preferência pelos caminhos democráticos, justiça pela qual devemos lutar sem desânimo.
Com todas essas ressalvas, ler o livro Empregue seu talento, do consultor de empresas Gutemberg B. de Macedo, é uma boa sugestão para gente lutadora em tempos bicudos.
A tese defendida? Simples: cada pessoa pode se tornar uma espécie de jogador de futebol com poder sobre o seu próprio passe. Todos temos algum talento que nos ajude a "fazer gols". Resta-nos saber traduzi-lo em remuneração.
O novo profissional que se desenha fora das empresas, cada vez menores e menos acolhedoras, sabe construir um negócio próprio, com as características da modernidade. Esse trabalho é mais intelectual do que braçal, e exige toda a parafernália que acumulamos neste século: linha telefônica, secretária eletrônica, pager, celular, fax, computador ligado à Internet, impressora, scanner e copiadora. De dentro de casa, com esposa/marido e filhos por perto, é possível trabalhar sem respirar tanta poluição, sem comer tantos sanduíches-almoços nas lanchonetes da vida.
Muito do que há no livro é questão de bom senso, claro. Mas é um bom vade-mecum para quem desistiu da via crucis inútil em busca de um calvário desaparecido.
Um manual de circunstância. Uma dica.
Empregue seu talento, Cultura, 1999, 195 páginas.
E-mail: perisse@uol.com.br
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