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"Medo de ameaça à democracia
Com o cuidadoso discurso de que a solução para o conflito na Bolívia deve passar pelo 'diálogo construtivo' combinado com o princípio da não-intervenção, mas receoso quanto aos riscos para a democracia na região, o governo brasileiro vai defender, na reunião de hoje da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), no Chile, um acordo o mais rápido possível entre o presidente Evo Morales e a oposição. Para a diplomacia brasileira esse entendimento deve ser alcançado a curtíssimo prazo, tendo em vista que, na visão do Brasil, a democracia está seriamente ameaçada na região.
Na reunião, convocada no sábado pela presidente chilena, Michelle Bachelet, é praticamente certa a evocação da cláusula democrática de Ushuaya — pela qual o país que rompe os princípios democráticos fica de fora de acordos comerciais e de cooperação. Fica banido do clube, que tem a democracia como principal patrimônio da América do Sul. A evocação da cláusula democrática indica que um governo na Bolívia que não for eleito democraticamente não será reconhecido na região.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os demais presidentes sul-americanos devem também aprovar uma moção de apoio a Morales, como uma forma de tentar fortalecer o presidente boliviano.
Ontem, líderes da oposição pediram a atuação do Brasil como mediador das negociações com o governo de Morales."
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
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Postado por Atílio às 1:06 PM
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