segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

2009: evite-o

2009: evite-o

Se 2009 vai ser um ano tão ruim, por que não evitá-lo? Se uma nação pode adotar ou não adotar o horário de verão, por exemplo, adiantando ou atrasando seus relógios de acordo com sua conveniência, por que não pode adiantar ou atrasar o calendário? Por que essa subserviência cega a uma simples convenção internacional? Onde fica a nossa soberania? Se nos recusássemos a passar para 2009 e repetíssemos 2008 as vantagens seriam muitas. Poderíamos corrigir ou evitar os erros que cometemos. Desfazer o malfeito, refazer o que deu errado e só entrar em 2009 quando estivéssemos realmente prontos, talvez daqui a uns dois anos. E outra coisa: o Vasco da Gama teria uma segunda chance.

HORRORÓSCOPO

Que 2009 vai ser ruim ninguém duvida. As previsões astrológicas para o ano são... Bem, veja você mesmo. O planeta dominante do período será Mercúrio, o menor do sistema solar e o de órbita mais excêntrica. O equivalente cósmico ao baixinho chato. De acordo com a influência de Mercúrio nas doze casas do Zodíaco, esse será seu horóscopo em 2009:

AQUÁRIO - Os nascidos nesse signo desejarão que isso nunca tivesse acontecido.

PEIXES - Evite tudo. Não abra a porta ou atenda o telefone. Fique em casa e aguarde instruções.

ÁRIES - Seu regente é Marte, que também rege a cabeça do Meireles. Quanto melhor você se sentir, mais alta estará a taxa de juro e maiores serão as dificuldades do comércio e da indústria. Você terá períodos alternados de euforia e culpa e dará para cantar compulsivamente no chuveiro, qualquer chuveiro, inclusive invadindo o banheiro de amigos e desconhecidos para testar a acústica.

TOURO - Melhor nem saber. Só um aviso: ande sempre de costas, por precaução.

GÊMEOS - Você ficará preso num elevador com o Gilmar Mendes, o Dado Dolabella e um grupo de pagode por dezessete horas.

CÂNCER - Uma tia-avó lhe deixará uma grande herança, mas você nunca ficará sabendo. Seus cabelos cairão todos ao mesmo tempo, e dentro da sopa.

LEÃO - Você será glosado pelo Imposto de Renda, que, não contente com isso, pichará paredes com insinuações a seu respeito e telefonará no meio da noite para dizer piadas.

VIRGEM - O período será bom para mudanças. Mude de nome, de estado civil, de profissão, de sexo e emigre.

LIBRA - Coitado...

ESCORPIÃO - Você acordará certa manhã e descobrirá que se transformou na Ângela Merkel.

SAGITÁRIO - Corra!

CAPRICÓRNIO - Seu símbolo é o bode. É preciso dizer mais?
  • Luis Fernando Verissimo

DE OLHO

Financiamento imobiliário

Serra X Lula - Debate 2002 - Tema: Casa própria

O NOSSA CARÊNCIA DE MORADIA CONTINUA EM TORNO DE SETE MILHÕES. O QUE FOI FEITO DE 2003 PARA DIANTE?

Sen. Mario Couto se pronuncia sobre a corrupcao de Lula

Dizem que a futilidade mata

Dizem que a futilidade mata, mas e quando ela invade todas as esferas da vida de uma pessoa? podemos dizer que a pessoa morreu mesmo estando com todas as suas vitais? E como não ser fútil em uma sociedade em que a futilidade parece ser uma marca registrada quem se atreve a contestar o gosto comum?

ESSA INTERNET!

Opinião Nacional - Reforma Política

Opinião Nacional - Impacto das eleições americanas

Grampo telefônico

Gilmar Mendes e Lula

Protógenes critica Tarso e diz que PF é só uma guarda pretoriana do governo

Show de Zico - 1983 - Flamengo x Atlético-PR

Todos os gols do mundias de 2006

domingo, 28 de dezembro de 2008

Charge



LULA DA SILVA E DERCY GONÇALVES

Maria Lucia Victor Barbosa
8/12/2008


Dercy Gonçalves era uma atriz popular que fazia da esculhambação fator de seu sucesso. Lula da Silva é o presidente da República que buscando o sucesso esculhamba para ser popular. O que os faz semelhantes? O uso de palavrões, pois não sei se Dercy era alcoólatra. O que os faz diferentes? Dercy, a debochada, não estava investida da autoridade do mais alto cargo da República. Lula da Silva está.

Pode ser que tenha se tornado politicamente correto usar palavrões. Que seja interpretado como preconceito criticar o presidente por ele esbanjar palavras de baixo calão que passam pelos tradicionais “p...m”, “p...rra” e mais recentemente o “sifu”. Lembre-se ainda do “ponto G” que o presidente brasileiro agraciou o companheiro Bush ou outros gracejos e gracinhas, ditos no auge do entusiasmo que ocorre nos palanques de onde ele só desce para viajar ao exterior.

Os “adornos” lingüísticos com os quais Lula da Silva entremeia suas falas por sinal muito aplaudidas, talvez possam ser explicados por conta de sua origem sindical e petista. Como ele nunca sabe de nada, certamente ainda não percebeu que deve ser comportar como presidente da República e não como líder de metalúrgicos. Nesse caso, falta alguém do cerimonial ou de sua intimidade palaciana que ouse lhe dizer que não fica bem um presidente tão sem educação, tão sem compostura, tão grosseiro. Enfim, que ele não é Dercy Gonçalves nem animador de auditório e que porta de fábrica é realidade diferente de Palácio do Planalto.

Mas se algum corajoso advertir Lula da Silva sobre a impropriedade de seu comportamento, sobre a necessidade de controlar seus rompantes, provavelmente etílicos, sobre os limites entre o humor e boçalidade, poderá em troca receber um ou mais palavrões com “argumentações” mais ou menos assim: “sou um sucesso, sou a cara do povo e como o povo fala palavrão, o que me identifica com meu eleitorado, vou continuar e ninguém tem nada com isso”.

Mas será que o povo brasileiro fala tanto palavrão? Depende do lugar, como um estádio de futebol, na hora em que o juiz rouba para o time adversário. Em algum momento da intimidade familiar ou de amigos. Diante de certos transtornos do cotidiano como exclamação de contrariedade. Mas não é comum nas conversas diárias soltar o “verbo diarréico”. Também dele não costumam fazer uso, profissionais em geral ao se dirigir aos seus clientes ou pacientes, autoridades em cerimônias públicas. Com exceção, é claro, do governador do Paraná, Roberto Requião, que prima pela linguagem desabrida e pelo estilo truculento.

Naturalmente, alguns membros do governo Lula da Silva são seguidores do chefe. É o caso de Marco Aurélio Garcia, celebrizado por gestos obscenos. E de madame Favre ou Suplicy com seu imortal “relaxa e goza”. Como a primeira-dama parece ter sido agraciada com o silêncio obsequioso, não se sabe se também segue o estilo Dercy Gonçalves, mas se pode imaginar o que é ouvido nas reuniões do PT, quando cadeiradas são desferidas democraticamente. No mais, os ministros de Lula da Silva têm caído às pencas por corrupção, mas não costumam falar palavrões, pelo menos em público. Alguns até podem ter pensado em algum “sifu”, como José Dirceu ou Palocci, mas, se pensaram, engoliram em seco.

Em todo caso, digamos que a imensa popularidade de Lula da Silva transforme seu linguajar chulo em moda. Você diria a uma pessoa: “bom dia”. E ela responderia: “vá à m...”. E assim por diante. Tudo muito natural. Tudo politicamente correto. E coitado daquele que se queixasse de quem o insultou. O preconceituoso seria preso por crime hediondo e inafiançável.

Aliás, na era Lula da Silva o correto, o certo, o elegante é quebrar escolas e bater nos professores. Invadir propriedades produtivas e destruir o patrimônio alheio. Exacerbar a violência, inclusive nas torcidas de futebol. E chic mesmo hoje em dia é ser assaltado. Morrer à espera de atendimento do SUS, de dengue ou de bala perdida, de preferência gritando um palavrão no derradeiro momento, seguido do brado “viva Lula”, esse grande inaugurador de um Brasil feito de mentira, de propaganda enganosa, medíocre e vulgar.

Consola saber que ainda existem, brasileiros dignos. A tragédia que se abateu sobre Santa Catarina mostrou comoventes exemplos de solidariedade e de coragem da população, dos bombeiros, dos militares, de todo o país que se mobilizou para ajudar as vítimas. E se a dor dos catarinenses que perderam parentes, casas, pertences, permanece insepulta, o Estado já se levanta, reorganiza o caos, retoma o trabalho e a produção.

Enquanto isso Lula da Silva, cujo governo não agiu preventivamente em Santa Catarina para impedir a catástrofe, prossegue apenas discursando, gracejando, proferindo impropérios para o gáudio da platéia de bajuladores. Perto dele Dercy Gonçalves é santa.


Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga

A vingança do tio da sukita

TIO DA SUKITA 1999

QUEM DISSE QUE OS BRASILEIROS NÃO SÃO SOLIDÁRIOS?

SMURFS - O REI SMURF

OLHA O QUE ESTAVA ACONTECENDO EM 16/01/08

Luiz Carlos Prates (23/05/2007) - Sites educativos, pra que?

O ESTADO DE DIREITO DOS BRASILEIROS.

As políticas de combate ao racismo

O governo faz bastante barulho com as sua chamadas políticas de combate ao racismo, e sobre mecanismos que coloquem o negro em uma condição de menor desigualdade na sociedade. Mas essas políticas tem tido alguma eficácia?

MIGUEL REALE JR-BORIS CASOY

sábado, 27 de dezembro de 2008

A AMAZÔNIA NOS PERTENCE!

Patricia Monteiro

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Essa Internet!

O Bom Pastor

ESSA INTERNET!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

A difícil relação de Lula com a mídia

Ricardo Noblat
31/01/07

Lula deu mais um piti, ontem, ao conceder uma rápida entrevista coletiva depois de inaugurar as novas instalações da Agência Central dos Correios, em São Paulo. Um jornalista perguntou sobre possíveis irregularidades cometidas por ministros no uso de cartões corporativos. Ele ficou mudo.

Então o jornalista repetiu a pergunta. Lula respondeu: "Não vou discutir isso", e ameaçou abandonar o local. Outro jornalista perguntou sobre a iniciativa do ex-deputado Roberto Jefferson de arrolá-lo como testemunha de defesa no processo do mensalão. Resposta irritada de Lula:

- Eu nem considero isso uma notícia.

Ora, mas claro que é.

Só aceitou responder a perguntas sobre o crescente desmatamento da Amazônia. E por que? Porque nesse caso ele queria censurar a maneira como o Ministério do Meio Ambiente havia divulgado a notícia. Considerou-a precipitada e errada.

Enquanto isso...

Bem, enquanto isso os quatro aspirantes a candidato do Partido Repúblicano à sucessão de George Bush Jr. respondiam a perguntas embaraçosas durante debate promovido pela rede norte-americana de televisão CNN. Foram interrogados por três implacáveis jornalistas.

Teria sido fácil para Lula responder às perguntas que o incomodaram. Poderia ter dito que se algum ministro abusou do uso do cartão corporativo será obrigado a prestar contas a ele. Poderia ter dito que caberá à Justiça decidir se ele deve ser ouvido como testemunha de Jefferson.

Lula é burro? Não. Falta-lhe experiência para lidar com jornalistas? Pelo contrário. Então por que ele reagiu desse jeito? Porque ele prefere publicidade à notícia, como confessou certa vez. Porque gostaria de poder determinar a pauta da mídia, dizendo-lhe o que publicar e o que esquecer.

Em discursos oficiais, principalmente em solenidades patrocinadas pelos veículos de comunicação, Lula exalta a liberdade de imprensa. Mas se pudesse orientaria a imprensa para aproveitar a liberdade de que desfruta com o objetivo de exaltar suas virtudes - e as do seu governo.

É por isso que se contam nos dedos as entrevistas coletivas dadas por ele desde que foi eleito presidente da República pela primeira vez. E é bom lembrar que o formato dessas entrevistas sempre o favoreceu. Lula gosta da imprensa, sem dúvida - mas para usá-la quando precisa e dispensá-la quando quer.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O presidente trata seus escudeiros do PT como imbecis

O presidente trata seus fiéis escudeiros do PT como um grupo de imbecis e eles olha para o presidente e sorriem. Vão criar vergonha na cara, gente, digno ao menos foi Olívio Dutra pegou o cavalo e voltou para casa.

3,5 bilhões de dólares

3,5 bilhões de dólares é que o Brasil perde com a corrupção, mas parece que somos incapazes de ao menos diminuir o rombo.

O companheiro vive no mundo encantado

O companheiro, presidente, vive no mundo encantado, e, neste mundo no Brasil não cabe espaço para um efetivo programa de moradia popular, só demagogias e promessas.

O operário deslumbrado foi uma criação do PT

Hoje vemos alguns petistas choramingar pelo pouco espaço que o presidente concede ao partido mas quem criou a fera? Quem criou o operário deslumbrado? Não foram os altos dirigentes do próprio partido? Agora agüentem, se abaixaram demais, agora a calcinha está aparecendo.

PPL: novo partido de esquerda?

Escrito por Max Gimenes
12-Dez-2008


Reunido no último fim de semana no centro da cidade de São Paulo, o Comitê Central do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8) deliberou a respeito do futuro da organização que, após mais de 30 anos, enfim deixa o PMDB. Ao contrário do que se chegou a cogitar (suposição razoável, aliás, haja vista o exacerbado lulismo que ultimamente tem caracterizado o movimento), não houve proposta de entrada no PT, mas sim o encaminhamento para a busca das 500 mil assinaturas necessárias para a criação de um novo partido até junho de 2009, prazo para que este possa disputar eleições já em 2010.

Chamado Partido Pátria Livre (PPL), referência ao Hino da Independência, a agremiação seria uma forma, segundo seus idealizadores, de avançar na construção de uma frente nacional-desenvolvimentista, cujo líder é o presidente Lula e cujos partidos de sustentação seriam mesmo PT e PMDB, juntamente com o restante da base do governo federal. Criando uma nova legenda, o MR-8 pensa poder conseguir mais espaço e ter mais peso nas negociações políticas, em vez de se tornar mais uma corrente interna no PT.

Contra a entrada no Partido dos Trabalhadores pesa também a forma como este costumava se organizar. Uma das coisas mais importantes introduzidas pelo PT na política brasileira, a democracia interna e a participação ativa da base – embora essas coisas hoje não funcionem bem assim – não são tão bem vistas pelo MR-8. Estes, de tradição stalinista, consideram essa estrutura, com livre organização interna em correntes e tendências, uma bagunça. Preferem um centralismo democrático em que a direção determina a linha e a base segue à risca.

Em seu manifesto de lançamento, datado do dia 7 de dezembro, o pretenso partido reafirma seu compromisso com a visão etapista de revolução, apontando ser necessária a aliança com a burguesia nacional não-monopolista para promover a libertação nacional e derrotar os monopólios internacionais. E, assim, ajudar a jogar terra na cova onde se meteram o imperialismo estadunidense e a ideologia neoliberal por ele sustentada.

O PPL surge, sempre de acordo com o seu manifesto de lançamento (intitulado "Carta ao povo brasileiro", pasmem), como um partido "de esquerda". Não faltou, é claro, uma alfinetada, ainda que sem referência nominal, naqueles que fazem oposição de esquerda ao governo Lula: PSOL, PSTU e PCB. Há as seguintes colocações: "fora dela (a tal frente) o que existe é o retrocesso" e "os setores que se pretendem à esquerda do governo Lula (têm sido levados) ao vexatório papel de linha auxiliar das viúvas do neoliberalismo encasteladas no PSDB e no DEM", estes últimos efetivamente citados.

Em um dos cinco princípios que servirão de alicerce para a futura sigla, há o compromisso com um "horizonte socialista". Se depender do pragmatismo do MR-8, é possível que não haja ser humano para contar história quando chegar tal momento, pois o capitalismo atualmente nos arrasta ao precipício. Para aqueles que imaginam que os "revolucionários" do MR-8 estão rompendo brigados com o partido ao qual ainda pertencem, esqueçam. Sem radicalismos, companheirada. O manifesto é encerrado com um parágrafo que faz média com o PMDB, aquele de José Sarney, Renan Calheiros, Orestes Quércia, entre outras tantas figuras bastante conhecidas pelos brasileiros. Para o MR-8, foi uma "honra" permanecer por lá durante todo esse tempo.

Em recente debate sobre a crise financeira global e também em sua coluna no jornal "Folha de S. Paulo", Cesar Benjamin – editor da Editora Contraponto e, por acaso, ex-militante do MR-8 – afirmou que as turbulências na economia mundial poderão ter sérios impactos no Brasil. O que pode trazer conseqüências para o jogo político-partidário brasileiro que hoje parecem inimagináveis, como uma aliança entre PT e PSDB, por exemplo, em defesa dos interesses nacionais (o que contaria com o apoio entusiasmado do tal PPL, nacionalista acima de tudo).

A criação desse novo partido, ainda que seja algo de certa forma pouco relevante e que talvez nem sequer se concretize, sinaliza que há mesmo espaço para movimentações e rearranjos. O que está por vir não sabemos, mas as surpresas já começam a aparecer.

Max Luiz Gimenes, professor de redação da Rede Emancipa de Cursinhos Populares, é militante do PSOL.

Queda de 40 mil empregos formais no país

Ricardo Noblat: "Queda de 40 mil empregos formais no país
O Ministério do Trabalho e Emprego registrou queda no número de empregos formais criados no país em novembro. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta segunda-feira (22), em novembro se registrou perda de 40.821 empregos em relação ao mês anterior, o que representa diminuição de 0,13%."

O ungido fala e a turma abaixa a cabeça

O presidente Lula foi ungido como o grande maestro do PT. O presidente decidi quem vai ser a candidata em 2010 e o resto da turma baixa a cabeça, e acata a decisão do chefe. É assim que funcionam os partidos oligárquicos e antidemocráticos. Em verdade quase todos os partidos brasileiros.

PMDB, túdo é possível!

O PMDB pode abandonar o governo Lula e se compor com o PSDB. Se tratando do PMDB tudo é possível!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Solidariedade


Desabrigados em SC, RJ, MG,ES

Desabrigados em SC, RJ, MG,ES. Ora essas chamadas catástrofes naturais, de naturais já não tem mais nada. São fruto de 16 anos de PT/PSDB onde só se prometeram reforma urbana e nada foi feito até criaram um Ministério das Cidades, onde colocaram um pulha que nada faz.

Bela



Muralhas em Silêncio

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Charges




Vida Global: EUA terão mais 30 mil soldados no Afeganistão

"EUA terão mais 30 mil soldados no Afeganistão

Em sua estratégia de concentrar o combate ao terrorismo dos fundamentalistas muçulmanos no Afeganistão, o próximo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve enviar, até junho de 2009, mais 20 ou 30 mil soldados para a luta contra a milícia dos Talebã.

A revelação foi feita pelo almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA.

O secretário da Defesa, Robert Gates, que continuará no governo Obama, confirmou hoje que 3 mil soldados serão enviados em janeiro e os outros durante a primavera no Hemisfério Norte."

Charges


domingo, 21 de dezembro de 2008

Cultivo de Uva em Rondônia

Que tenhamos todos essa sorte em 2009!

Ruda Ricci

"Dilma?

Nada me convence que Dilma Rousseff é realmente a candidata do PT à sucessão de Lula. Até agora, a única opinião da grande imprensa que parece mais lúcida é a de Eliane Cantanhêde, na Folha de SPaulo de hoje (página A2). Lula criou a 'candidatura tampão', brecando a fila de candidatos petistas. E só. Faz marola e a grande imprensa cai de joelhos. Parece não conhecer o 'Estilo Lula de Governar', já iniciando a metade do seu segundo mandato."

Marinha confirma operação de ajuda a vítimas das cheias no Rio

A Marinha do Brasil divulgou nota em que confirma a realização de uma operação de apoio à Defesa Civil do Estado no atendimento às vítimas das enchentes na região noroeste fluminense.

Quem diria!

Quem diria, que na gestão de lula veríamos ferozes ataques aos servidores públicos. Aquelas idéias mais ordinárias que apareceram na gestão de FHC, continuam encubadas na Era Lula, quando menos se espera elas aparecem com aquela vitalidade, que só os canalhas são capazes de imprimir.
Recentemente o senador Gerson Camacta (PMDB/ES) desenterrou a tese de acabar com a estabilidade do servidor público.
O que temos que acabar é com o mandato de oito para certos vermes não exercerem mandatos de senadores por tanto tempo!

Paulo Alceu

Paulo Alceu:
"Sutil
Que existe uma tendência pró-Dário no PMDB é indiscutível. Hoje em rodas de deputados peemedebistas se ouve que Dário obteve um cacife incontestável depois que derrotou Amin passando a ser a opção do partido para 2010. Mas e Pinho Moreira? O estranho é que agora começam a encontrar defeitos no presidente do partido. Mau sinal."

Espaços para pensar

Parece que a cada dia mais carecemos de espaços para pensarmos. Procurá-los pode ser uma ótima ocupação para esses dias de férias. Achar esses espaços e fazer uso dos mesmos. Nossas cidades deveriam invertir muito nesses espaços, para que não fiquemos confinados, exclusivamente, no espaço da casa. Existe uma tendência ao confinamento cada vez maior nas grandes cidades. O que essa situação pode gerar no futuro não sabemos, mas podemos imaginar.

Eterna vocação para o dia seguinte

Com os mesmos problemas que começamos o ano vamos terminar. Descobriu-se grande reserva de petróleo, mas isso é só para 2010, no momento é só para propaganda.Discutiu-se um piso nacional para o magistério, mas isso também é só para 2010.
Discutiu-se várias reformas mas todas foram adiadas para um futuro indefinido, enfim, consagramos a nossas eterna vocação para postergar tudo para o dia seguinte.

A razão cínica

Luis Fernando Verissimo

Sei não, mas o Bush se esquivou muito bem daquele sapato. O primeiro, que passou rente à sua cabeça, não o segundo, que não chegou perto. Todo presidente americano deve estar sempre pronto para se abaixar, rápido. O reflexo condicionado é transmitido junto com o cargo desde o sucessor do Lincoln. Bush certamente não esperava ser alvejado numa entrevista coletiva em Bagdá, cercado por tropas americanas. Ainda mais habituado como está com os correspondentes na Casa Branca, que raramente lhe atiram uma pergunta mais pesada. Mas o reflexo funcionou. Depois ele declarou que só podia dizer que o sapato não era do seu tamanho e pediu que não castigassem o atirador. Uma boa piada, um simpático apelo à tolerância.

É difícil escolher o que é mais grotesco no episódio. A sapatada - compreensível, mas fruto de uma extrapolação, digamos, desaconselhável do papel crítico da imprensa - ou a bonomia do Bush. Não sei quantos americanos e iraquianos já morreram depois da invasão do Iraque por ordem do Bush. Mas o Bush é um bom sujeito, faz piada sobre o seu susto, pede clemência para o agressor. Vez que outra vemos fotos de alguns dos milhares de soldados americanos que voltaram do Iraque em pedaços, sem membros, sem rosto, e só podemos imaginar os muitos milhares de iraquianos, incluindo crianças, mutilados pela guerra do Bush. Mas o Bush é simpático e democrático. Poderia dizer que foi pelo direito de os iraquianos irem à rua se manifestar a favor da sapatada, como está acontecendo, que a carnificina continua. Nem sei se até não pediu que devolvessem os sapatos do rapaz.

Li, não faz muito, um artigo sobre a chamada "razão cínica" - em contraste com as razões oficiais fictícias e as geopolíticas sinceras - da invasão do Iraque pelos Estados Unidos, nada mais simples do que o acesso garantido ao seu petróleo. Uma obviedade negada tanto pelos que a apoiavam como uma ação altruísta contra a tirania quanto pelos que denunciavam interesses ainda mais obscuros do que o petróleo. E o artigo acabava sendo uma defesa do Bush. A "razão cínica" era a única razão lógica e plausível, mesmo que amoral, que lhe restava. As armas de destruição em massa prestes a serem usadas por Saddam Hussein não existiam. A ligação do regime iraquiano com a al-Qaeda não existia. Ninguém mais nega que a invasão foi preparada e lançada baseada em mentiras e informação deturpada. Nem o Bush, embora ele chame o engodo de "inteligência falha". E se o objetivo era apenas livrar o mundo de um tirano, por que começar, ou parar, com Saddam? Já a carnificina para assegurar o petróleo num mundo em que o acesso à energia ditará a História, pelo menos faz sentido.

Bush está perto de se aposentar no seu rancho do Texas. Não há nada parecido com um tribunal por crimes de guerra no seu futuro, ou no de Cheney, Rumsfeld e os outros. Todos, com maior ou menor grau de simpatia, sabem se esquivar.

Bela

sábado, 20 de dezembro de 2008

Adolfo Ferreira Caminha

Adolfo Ferreira Caminha:
"Adolfo Ferreira Caminha
(1867 - 1897)

Militar e romancista brasileiro nascido em Aracati, Estado do Ceará, considerado um dos principais representantes do naturalismo no Brasil. Ainda na infância se mudou com a família para o Rio de Janeiro e ingressou na Marinha de Guerra, no Rio de Janeiro (1883), chegando ao posto de segundo-tenente. Viajou como guarda-marinha, inclusive para os Estados Unidos, e terminou sua carreira militar após se transferir para Fortaleza, quando foi obrigado a pedir baixa (1888) devido a um envolvimento sentimental escandaloso para a época: fugiu com a esposa de um alferes, com a qual passou a viver. Trabalhando como guarda-marinha, começou a escrever e publicou o romance A Normalista (1893), em que traçava um quadro pessimista da vida urbana. Viajou pelos Estados Unidos e de suas observações resultou No País dos Ianques (1894) e no ano seguinte consolidou sua reputação literária ao publicar Bom Crioulo, obra na qual abordava a questão tabu do homossexualismo. Morando no Rio de Janeiro, colaborou também com a imprensa carioca, escrevendo em jornais como a Gazeta de Notícias e o Jornal do Comércio. Violência e sexo foram características de sua obra e já doente ainda publicou Cartas literárias (1895) e Tentação (1896), último livro antes de sua morte atacado por tuberculose, no Rio de Janeiro."

Luiz Carlos Prates

Luiz Carlos Prates :
"Pais
Me irrita ver pais que dão de tudo aos filhos, a mesada é sagrada, bens de todo tipo, roupas, mochilas, ridículas roupinhas cor-de-rosa, tudo, de tudo, e não dão educação financeira. Sem essa de ensinar a poupar. Vão criar bermudões e mulheres frívolas acostumados ao consumo e que terão dificuldades sérias no futuro. Não vêem isso?"

Charge


Em Cima da Hora

Em Cima da Hora:
"Mais de 20% da população brasileira acessa internet, diz Ibope
Dados do Ibope//NetRatings divulgados nesta segunda-feira (8) apontam que 23,4% da população brasileira já acessou a internet de algum ambiente -- seja na própria casa ou locais como LAN house e trabalho.

O total de internautas residenciais ativos em outubro de 2008 foi de 24,4 milhões de pessoas, 3% menor do que no mês anterior e 19,1% maior que o mesmo período do ano passado (19,9 milhões). Neste quesito, são considerados apenas aqueles que usaram web residencial ao menos uma vez no mês.

O número de pessoas que moram em residências em que há computador com internet é de 36,3 milhões, de acordo com o Ibope.

O tempo de navegação por pessoa em outubro foi de 24 horas e 41 minutos. Esse índice ficou 4,7% maior que o do mês anterior e 6,4% mais que o de outubro de 2007.

Segundo o Ibope, os países que mais se aproximaram do Brasil em tempo individual de navegação foram a França, que chegou a 23 horas e 10 minutos, e o Reino Unido, que ficou com 23 horas e 4 minutos.

Folha online"

Em Cima da Hora

Em Cima da Hora:
"Locação social de imóveis é alternativa para minimizar déficit habitacional, diz coordenador
Postado por: Rogério Giessel

Entre 24 e 28 milhões de brasileiros não têm onde morar ou vivem em condições sub-humanas. Segundo cálculos do Ministério das Cidades, seria necessário construir ou possibilitar a ocupação de pelo menos 6 milhões de moradias para extinguir o atual déficit habitacional brasileiro, problema que atinge principalmente as famílias de baixa renda das regiões metropolitanas, onde o problema é agravado pela falta de áreas livres para a construção, extremamente valorizadas.

Para o coordenador de Reabilitação de Áreas Centrais do ministério, Renato Balbim, uma alternativa para que a população mais pobre tenha acesso à habitação é a locação social. Nesse modelo, o governo concede benefícios aos proprietários de imóveis que deixam aos cuidados de um gestor a locação desses espaços. O locatário também é beneficiado já que paga menos pelo aluguel.

'Há uma série de possibilidades, em geral, o proprietário faz um contrato de longo prazo com o executor da política, que pode ser um município, um estado ou mesmo uma empresa privada que tenha aderido ao programa.'

Diferente da política habitacional tradicional, em que há transferência da propriedade do imóvel, a locação social consegue garantir moradia à população, mas sem que o governo tenha que arcar com a aquisição de novos terrenos ou a construção de novas resid�"

Charge

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

OS TRÊS PODRES PODERES

O que dizer para os nossos alunos que foram reprovados?

O que dizer para os nossos alunos que foram reprovados? Normalmente nós professores acabamos dizendo o básico, no próximo ano estude mais. Mas essas crianças, adolescentes e jovens podem no próximo ano estudar, e acabar novamente no limite de uma reprovação. E aí? Ainda devemos lembrar que toda reprovação traz muito freqüentemente, uma boa dose de desestímulo para o próximo ano.

Levantar a cabeça e seguir em frente

Seus sonhos vez por outra se esfumaçam, e aí você fica meio como que perdido. Nessas horas que se torna mais relevante, levantar a cabeça e seguir em frente. Sei que isso nem sempre é fácil, mas devemos assim fazer, principalmente quando não temos muitas opções.

Rede Globo - PLANTÃO sobre o fim da União Soviética

JORNAL NACIONAL - QUEDA DO MURO DE BERLIM

Melo da galinha

Vestibular em Foco - Aula de História

Vestibular em Foco - Química

Vídeo aula história (Vestibular)

Charge

Charge

Bela


Charges

Beleza

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Bela




Educação

Blog do Noblat : "Ensino médio precisa dobrar recursos
As propostas do governo federal para resolver o nó do ensino médio vão precisar de um investimento quase duas vezes maior do que o da atualidade. Os resultados do grupo de trabalho (GT) formado pelo Ministério da Educação e pela Secretaria Extraordinária de Assuntos Estratégicos para uma reforma na escola apontam para um gasto mínimo, por aluno, de R$ 2 mil. São recursos necessários para formar professores, mudar currículos, incrementar o atendimento de jovens e adultos que deixaram de estudar e alterar o ensino técnico."

Charge


Viktoriya Bellydances at Thia's 2007 Springfest Part One

Sempre muito lentos

Petistas de Caçador, em geral, sempre muito lentos, parecem não quererem muito avaliar o último pleito. Pois se desejarem realmente construir o partido no município deveriam fazer uma consistente avaliação da eleição, mas não farão, provavelmente, como não fizeam em 2004.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O filme As Invasões Bárbaras e a transparência do cotidiano

por Dennis de Oliveira e Maria Angela Pavan


O canadense Denys Arcand, 64, autor de "O Declínio do Império Americano" (1986), e agora "As Invasões Bárbaras" (2003) não pensou que faria os espectadores do seu filme remexer na cadeira ao assistir a morte de suas ideologias e da sociedade ocidental. Uma queda que aconteceu na reunião dos mesmos atores depois de 17 anos, queda que acompanha a morte do mesmo personagem de Declínio – REMY.

O personagem Rémy, com suas opiniões políticas e sonhos interrompidos, somos todos nós diante dessa maturidade solitária, individualmente. Sem os grandes sonhos de cumplicidade e coletividade. Ao desenrolar sua história que entrelaça na história dos amigos, REMY faz um trajeto bem humorado do fim das ideologias. Mas isso não para por aí, os diálogos são francos, honestos e doloridos para quem assiste.

"As Invasões Bárbaras" no Festival de Cannes, em maio de 2003, conquistou o prêmio de melhor roteiro (do próprio Arcand) e o de melhor atriz para Marie-Josée Croze (Nathalie).
Numa entrevista a Folha de São Paulo, na ocasião do lançamento de seu filme no Brasil em 2003, Denys Arcand disse que não havia planejado realizar uma “bilogia” do primeiro filme, mas ao escrever o roteiro várias vezes, achou que o humor ficaria bem encaixado na segunda versão do Declínio. Ele queria escrever sobre a morte, mas não queria algo deprimente. Deste sentimento surgiu a idéia de desenvolver a história com os mesmos personagens de "O Declínio do Império Americano".

Arcand fala em sua entrevista de sentimentos generosos dos jovens de sua época, onde acreditavam no socialismo e em todos os “ismos” que existiram. Mas também lembra que houve a desconstrução de todas as formas de governo, de política de conduta e diz também que esta afirmação vale para todas as pessoas na sociedade ocidental de hoje.
Hoje não há sonhos e não há o que colocar no lugar do vazio que tomou conta do cenário destes velhos sonhos. Hoje já não há teorias e modelos para serem seguidos.

Os personagens do filme, segundo Arcand, viveram tentando fazer o melhor possível, e isso não soa deprimente pelo menos não foi o que ele quis passar. Mas desculpe Denys Arcand, m foi o que mais sentimos. As cenas são honestas e verdadeiras, mas deprimentes.

O fantástico foi perceber as delicadas manifestações dos bárbaros em nosso cotidiano. Quem não é o pai que sonha com um emprego (bem pago) para seus filhos, pode até ser uma multinacional, esta empresa que tanto condenamos na nossa época de movimento estudantil. Hoje são outros tempos, o que é o imperialismo, tudo e nada, o que vale é o emprego. Remy não queria isso para seu filho, mas o chamou de príncipe no fim do filme. O filho de Remy trabalha numa multinacional de petróleo, tudo contra sua convicção política há tanto tempo arraigada, mas decide ir contra tudo o que lutou. Estamos agora cada um por si, correndo atrás de nossas utopias individuais, nossos prazeres familiares saciados, aí sim estamos felizes.

A grande mudança precisa de encontros, do coletivo para tomarem força, forma e movimento. Mas desperdiçamos nossos tempos em prol de nossos umbigos.
Daí a revolução se concentra na discussão dos relacionamentos amorosos, do corpo adequado, do currículo cada vez maior, do número de viagens realizadas... Os problemas pessoais como primeiro foco. Quando esta revolução e crise de ideais se fecham num segmento social específico, ele se atarraca com os muros de uma linguagem própria deles (os famosos neologismos) e na intolerância como diferente.

O deslocamento existe sem sobra de dúvidas. A relação da Deise e sua filha, se dá em cima da intolerância e falta de diálogo. A afetividade perdida em algum canto de suas vidas. Que nos abra a voz os jovens – que são os que mais sentem esta distopia.

Em Declínio a separação de Remy e sua esposa (que tem um discurso de fidelidade) são a presença do muro que sem perceber criamos para que não haja a palavra tolerância em nossos dicionários.

Uma pesquisadora da etno-matemática nos contou o motivo pelo qual as crianças hoje em dia demoram em se familiarizar com a divisão na matemática. Ela dizia que a divisão era a primeira aprendida entre os índios, as crianças da nossa sociedade não sabem dividir, porque os pais também não sabem. Esquecemos de perceber o mundo intuitivamente. Nossa sociedade tem o primado da utilidade e não da economia não computável, que é alegria, o convívio e as trocas sociais.

São tantos os muros, em invasões o muro é derrubado quando Rémy, doente, é salvo pelos "bárbaros", ou que nós, da esquerda, chamamos das chagas do capitalismo neoliberal: o capital financeiro (representado pelo seu filho), o imperialismo norte-americano (representado pelo laboratório dos EUA onde faz os exames), a polícia (que indica o local onde se comprar heroína), a Igreja Católica (a mulher que distribui a hóstia é a mesma que injeta heroína em Rémy para aliviar as dores) e o tráfico de drogas (representado pela filha de Deise e o traficante). Remy é salvo pelas drogas e ao mesmo tempo tem sua morte apressada pelos mesmos. A tolerância não percebida em "Declínio" aparece aqui porque é inevitável a morte de Rémy que simboliza a morte de uma geração da utopia.

Uma frase de Rémy, já agonizando na casa do lago:
"Reverenciem o seu novo príncipe" (e entra em CENA o seu filho - Casado, fiel à esposa, bom marido, bem sucedido, (etc e tal).

É o resultado de uma "autofagia" que a intelectualidade de esquerda tende a fazer quando os projetos coletivos perdem espaços. Trocamos as bandeiras do socialismo pela discussão dos relacionamentos pessoais - isto pode satisfazer nosso ego de inconformados com o sistema, mas, na prática, estamos virando as costas para a invasão dos bárbaros.

Nosso gueto (instituições onde trabalhamos, grupos de amigos) nos dá uma sensação de segurança, mas é uma autofagia. Vejam há colegas professores de universidade achando que o mundo é só a academia, dirigentes de movimentos sociais achando que o mundo é só o universo de lideranças de movimentos, militantes de partidos de esquerda também vivendo entre si...

Olhamos a população de uma forma contemplativa - no máximo, criamos laços de solidariedade. Isso é uma grande bobagem, do que precisamos sabemos há muito tempo – precisamos trocar a solidariedade pela CUMPLICIDADE - temos que ser cúmplices de um projeto, de uma traquinagem, de uma peraltice, de uma mudança.

Ser solidário cria tolerância, mas não diminui a distância porque não cria compromissos. Pelo contrário, reforça os muros dos guetos - muros de vidro, muros transparentes, mas infelizmente são muros... Rémy, Pierre, Dominique, Deise e companhia se guetizaram e, por isto, morreram como cúmplices da mudança. Como a maioria de nós, não foram capazes de impedir a invasão dos bárbaros.


* Publicado em 10/11/2005

*100 leitores*

*100 leitores*: "Análise de riscos
O PMDB convidou de novo, Aécio recusou. O Ministro Hélio Costa chamou Aécio para concorrer à sucessão de Lula pelo PMDB, já que o candidato provável do PSDB é José Serra. Aécio Neves disse que prefe continuar no PSDB."

Você aprova o governo do presidente Lula?

Sim 2389 votos - 51%

Não 2275 votos - 49%

Total: 4664 votos
Fonte Estadão

Flores


Não somos japoneses

Não somos japoneses, se fossemos obviamente seriamos absolutamente diferentes, ou quase isso. Os milhares de imigrantes japoneses que vieram apara o Brasil, não conseguiram influenciar a cultura nacional, para que nos tornássemos um povo mais amante da organização, do estudo e do trabalho disciplinado.

Somos incurávelmente carnavalescos, malandros e poucos afeitos ao estudo e a ciência. Somos um povo musical, mas como o mundo não se move só com música, somos subordinados ao que é produzido nos chamados países ricos.

Não precisávamos nem ser japoneses, mas poderíamos, ser ao menos um pouco mais organizados. Aaqui temos urna eletrônica, carros modernos e estradas precárias, sistemas de saúde e educação precárias e por ai vamos, ou melhor, não vamos a lugar nenhum.

Mais uma Bela


terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Canto Gregoriano

O atraso

Não são poucos os Brasileiros que consideram que uma nova ditadura militar seria o melhor caminho para a solução dos graves problemas brasileiros. A Era PT/PSDB pouco contribuiu para fortalece uma idéia democrática em boa parte da sociedade brasileira. Bestas como o Deputado Bolssonaro do RJ parece que não falam ao vento e contabilizam expressivas votações.

Entrevista Histórica de Hélio Bicudo

13/08/2005

"Lula esconde a sujeira"

O jurista Hélio Bicudo, de 83 anos, tem uma longa militância em favor dos direitos humanos, na qual se destaca o combate à ação do Esquadrão da Morte paulista, no fim dos anos 60. Relutou muito antes de decidir manifestar sua opinião sobre o governo Lula e o PT, ao qual é filiado há 25 anos.

Decidiu falar incentivado pela família e por alguns amigos, inclusive da base petista. "Não posso admitir que dentro da história que venho construindo, muitas vezes penosamente, eu possa ser considerado partícipe do que está acontecendo", disse Bicudo à editora de VEJA Lucila Soares, a quem concedeu a seguinte entrevista.

O SENHOR ACREDITA QUE O PRESIDENTE LULA SABIA DOS FATOS QUE ESTÃO VINDO A PÚBLICO?

Lula é um homem centralizador. Sempre foi presidente de fato do partido. É impossível que ele não soubesse como os fundos estavam sendo angariados e gastos e quem era o responsável. Não é porque o sujeito é candidato a presidente que não precisa saber de dinheiro. Pelo contrário. É aí que começa a corrupção.

POR QUE O PRESIDENTE NÃO TOMOU NENHUMA ATITUDE PARA IMPEDIR QUE A SITUAÇÃO CHEGASSE AONDE CHEGOU?

Ele é mestre em esconder a sujeira embaixo do tapete. Sempre agiu dessa forma. Seu pronunciamento de sexta-feira confirma. Lula manteve a postura de que não faz parte disso e não abre espaço para uma discussão pública.

HÁ OUTROS EXEMPLOS DESSA CARACTERÍSTICA?

Há um muito claro. Em 1997, presidi uma comissão de sindicância do PT para apurar denúncias contra o empresário Roberto Teixeira, que estava usando o nome de Lula para obter contratos de prefeituras em São Paulo. A responsabilidade dele ficou claríssima. Foi pedida a instalação de uma comissão de ética, e isso foi deixado de lado por determinação de Lula, porque o Roberto Teixeira é compadre dele. O único punido foi o Paulo de Tarso Venceslau, autor da denúncia. Ainda que não existisse necessariamente um crime, havia um problema sério, ético, político, que tinha de ter sido discutido e não foi. Essas coisas todas vão se acumulando e, no final, acontece o que se vê hoje.

ESSES MESMOS SINAIS ESTÃO PRESENTES NO ASSASSINATO DO PREFEITO DE SANTO ANDRÉ, CELSO DANIEL?

A história de Santo André ainda não está clara. Houve uma intervenção do próprio partido para caracterizar o crime como crime comum, do que eu discordo. Houve a eliminação do Celso, ou porque ele não concordava com a corrupção ou porque ele quis interromper o processo num determinado ponto.

SENHOR FOI VICE-PREFEITO DE MARTA SUPLICY. COMO FOI PARTICIPAR DE UM GOVERNO PETISTA?

O que me realizou na prefeitura foi constituir a Comissão de Direitos Humanos do município. Fora isso, tudo passou ao largo do meu gabinete, por opção de Marta. E, em dezembro de 2004, já no fim do governo, quando assumi interinamente a prefeitura e houve uma chuva muito forte, com graves prejuízos à população, pude verificar que os serviços públicos estavam totalmente omissos. Convoquei uma reunião do secretariado e apareceram dois ou três. Para mim foi uma experiência extremamente negativa.

EM QUE MOMENTO O SENHOR COMEÇOU A PERCEBER QUE O PARTIDO ESTAVA NO CAMINHO ERRADO?

Quando a direção passou a tomar a frente das campanhas políticas. No início a militância era a grande força eleitoral. Isso foi mudando na medida em que o partido começou a abandonar os princípios éticos. A partir da campanha eleitoral de 1998, instalou-se definitivamente a política de atingir o poder a qualquer preço.

O PRESIDENTE LULA TAMBÉM QUERIA CHEGAR AO PODER A QUALQUER PREÇO?

Sim. Mas ele quer a representatividade, sem o ônus do poder. Ele dividiu o governo como se estivéssemos num sistema parlamentarista. É o chefe do Estado, mas não do governo. Nisso há, aliás, uma clara violação da Constituição, que é presidencialista. A conseqüência foi o aparelhamento do Estado, um governo sem projeto e essa tática de alcançar resultados pela corrupção do Congresso Nacional.

O EX-MINISTRO JOSÉ DIRCEU ERA O PRINCIPAL NOME DESSE GRUPO A QUEM LULA DELEGOU O PODER. QUAL SUA AVALIAÇÃO SOBRE ELE?

Dirceu é um trator. Ele é um homem que luta, sem restrição a meios, pelo poder. Está impregnado desse objetivo. Ele é o melhor representante de um grupo que aspirava ao poder pelo poder, não para fazer as reformas que sempre defendemos. O PT chegou ao governo sem projeto. Se Lula quisesse transformar o sonho petista em realidade, poderia ter se cercado de gente que o ajudaria nisso. Pessoas como Celso Furtado, Maria da Conceição Tavares, Fábio Konder Comparato, Maria Victoria Benevides, Paulo Nogueira Batista Junior trabalharam no programa e foram depois pura e simplesmente deixadas de lado. Foi uma escolha. Que continua. Em vez de buscar as pessoas autênticas, que comungam do ideal que acho que ainda é dele também, Lula se reúne com o Chávez (Hugo Chávez, presidente da Venezuela). Para quê?

O SENHOR TAMBÉM SE CONSIDERA DEIXADO DE LADO?

Eu entrei no PT porque achei que devia entrar, ajudei o Lula em vários momentos porque achei que devia ajudar e nunca pedi nada em troca. Ele é que, espontaneamente, me disse que eu assumiria uma posição. Um dia, o ministro Celso Amorim mandou seu chefe-de-gabinete me oferecer um lugar de conselheiro da Unesco. Eu pedi que me explicasse o que representava exatamente essa posição. A resposta foi: "É formidável. Três viagens por ano a Paris". Ou seja, estavam me oferecendo uma mordomia. Eu não aceitei.

EM ALGUM OUTRO MOMENTO O SENHOR FOI CHAMADO A COLABORAR COM O GOVERNO?

Sim. O então presidente do PT, José Genoíno, me pediu ajuda para convencer meus amigos deputados federais do PT a retirar seu apoio à formação da CPI dos Correios.

EXISTEM ELEMENTOS PARA QUE SE PEÇA O IMPEACHMENT DO PRESIDENTE?

Os fatos podem vir a caracterizar crime de responsabilidade e, portanto, motivar um pedido de impeachment. Mas eu gostaria de lembrar que as primeiras pessoas que pediram o impeachment de Fernando Collor foram o Lula e eu. O pedido foi engavetado. Só quando houve pressão popular é que se concretizou um processo. Se você não tem apoio popular, isso cai numa discussão de juristas que não leva a nada, a não ser ao prejuízo da democracia.

COMO O SENHOR VÊ O FUTURO DO PT?

Depende muito de como esse processo vai prosseguir. Se continuarmos com uma direção chapa-branca, não vamos chegar a lugar algum – a não ser no "desfazimento" de um partido que poderia ter chegado ao poder para realizar as reformas necessárias, mas só conseguiu promover um grande isolamento do Lula.

O Canto dos Pássaros

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Paulo Alceu

Paulo Alceu:
"Será que procede o fato dos bombeiros, que participam das ações de emergência na região afetada pela tragédias das águas, não receberem horas extras enquanto os demais servidores estão sendo beneficiados: Por quê a diferença?"

O atraso

Não são poucos os Brasileiros que consideram que uma nova ditadura militar seria o melhor caminho para a solução dos graves problemas brasileiros. A Era PT/PSDB pouco contribuiu para fortalece uma idéia democrática em boa parte da sociedade brasileira. Bestas como o Deputado Bolssonaro do RJ parece que não falam ao vento e contabilizam expressivas votações.

Os petistas parece que entraram em recesso.

Não se sabe se o PT em Caçador ainda existe depois do pleito, os petista parece que entraram em recesso.

LUIS CARLOS PRESTES

LUIS CARLOS PRESTES
Prestes foi o maior líder comunista brasileiro no século XX, morreu em 1990. Cometeu erros, acertos, foi aventureiro, heróico, sectário..., deixou seu nome gravado na história brasileira.
Cabe a nós professores de história apresentarmos para nossos jovens uma visão mais ou menos fiel, deste brasileiro, que foi acusado de ser inimigo da pátria, mais que merece um lugar de destaque na história desse país.
Morreu defendendo as suas idéias e não se rendeu as facilidades, com que muitos ditos homens de esquerda acabam aderindo aos privilégios do momento. Critiquemos Prestes por suas idéias, por seu militarismo, mas não o comparemos com certas personalidades ditas de esquerda que desfilam por nosso país, usando o rótulo de esquerda, mas que não correspondem a embalagem que exibem.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Falsas e Verdadeiras Amizades

Você já teve amigos que se mostratam falsos, ou amigos de conveniência. Todos temos esse tipo de amizade, e em alguns casos, podemos inclusive adotar esse comportamento sem nos darmos conta.
Não resta dúvida que todos necessitamos de amigos e a eles devemos conceder um bom destaque e prioridade. Selecionarmos nossos verdadeiros amigos é uma tarefa complexa, mas necessária.
Desejo a você que preserve seus grandes e verdadeiros amigos, e faça novos.

Gregorian Chant Benedictinos

Musicas Gregorianas

O nosso povo ainda guarda uma memória positiva da ditadura militar

O nosso povo ainda guarda uma memória positiva da ditadura militar. Mas também o conjunto das nulidades que veio depois. Agora um povo que não aprende com a sua História poder vir a ser escravo da sua própria ignorância.

Vida Global

Vida Global: "Alemanha cumpre meta do Protocolo de Quioto

As emissões de gases que agravam efeito estufa diminuíram 22,4% na Alemanha em 2007, em contraste com o início da década de 90, informou na sexta-feira pelo ministério alemão do Meio Ambiente.

Assim, a Alemanha atingiu a meta estabelecida no Protocolo de Quioto (1997), que determina um recuo de 21% nas emissões do país em relação a 1990 e 1995. 1990 foi o ano-base para as emissões de dióxido de carbono (gás carbônico), metano e óxido nitroso; 1995, para outro três gases."

COMO EMBROMAR O MST?

O governo federal conseguiu embromar o MST, nesses seis anos, o movimento mais se parece hoje como um moribundo, pouco apto a qualquer luta, que relembre seu glorioso ativismo de alguns anos.

Reeleição

Alguns políticos falam repetidamente em acabar com a reeleição. Ora foram vocês mesmo que criaram. Digam ai qual a vantagem em acabar com a reeleição agora? Quem ganhará com esse troca-troca de legislação?

sábado, 13 de dezembro de 2008

Paguem os bombeiros safados

Os bombeiro que trabalharam dia e noite para ajudar os desabrigados não receb receberam horar extras, mas outros funcionários públicos receberam. O que os governos tem contra os bombeiros. Paguem os bombeiros safados!

E o Obama?

E o Obama? Após a empolgação da eleição, tudo parece que caminha para o mesmo de sempre.

"Meu primeiro voto é pro PT"

O ano era 1989 e andava eu com um distinta camisa com os seguintes dizeres: "Meu primeiro voto é pro PT". Estava, eu, certo de que a salvação do Brasil era o PT e o seu saudoso candidato Lula. Encarava Brizolistas, Colloridos e Malufista, todos candidatos naquele ano, com a certeza de que nós os eleitores de Lula, naquela eleição tinhamos uma superioridade sobre todos os demais seres humanos do planeta terra. Quanta ilusão e soberba! Bem dizem que nada melhor que um dia depois do outro, e melhor ainda se forem 19 anos depois.

SC continua carecendo de ajuda

SC continua carecendo de ajuda. Passados alguns dias da enchente as doações diminuem e os voluntários também, e as notícias dão conta de que a situação dos atingidos é bastante difícil. O fato do presidente ter vindo pela segunda vez em SC já deve nos servir de alerta. É hora de continuar as ajudas a situação continua sendo muito difícil.

Nunca antes na história do Brasil se viu um presidente tão popular

Nunca antes na história do Brasil se viu um presidente tão popular. Muitos esquecem que Lula fez campanha desde 1988 ou seja há exatos vinte anos, e nem no cargo de presidente deixou de estar constantemente em campanha.É claro que essa longa campanha foi feito com expressiva competência, coisa que visivelmente falta hoje aos seus opositores de direita. Aos de esquerda nem podemos falar porque hoje a oposição de esquerda é diminuta, graça o contentamento acrítico.

Luciana Genro no Programa do Jô - Primeira Parte

ESPANHA: Noticias en Libertad, 21:00 Horas - 12/12/08

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Ninguém no PT tem peito

Ninguém no PT tem peito para contrariar o presidente da República. Preferem lançar uma candidata com poucas chances de vitória do que descontentar o grande guia.

Flores


Flagrantes do mundo

A extinção do senado

A extinção do senado Já foi tema de calorosos debates, hoje este parece ser um debate a ser realizado, sem no entanto um espírito mesquinho.

Luiz Carlos Prates (23/04/2007) - Existem Excluidos?

Luiz Carlos Prates (02/05/2007) -[CBN] Professores Ridiculos

11 de setembro de 2001 - Jornal Nacional [1º bloco]

Ditadura da Mídia

O QUE NÃO QUEREMO EM 2009! (Plantão da Globo - 11 de Setembro 2001 - 1/2)

Azevedo

Azevedo : "Quer ser prefeito, vá para Navegantes
Está nas mãos do atual prefeito de Navegantes, no Litoral Norte, uma das bombas políticas deste final de ano no Estado. A Câmara da cidade resolveu dar um presente para o prefeito eleito e aumentou o salário de R$ 8,8 mil para R$ 18,2 mil. É, se sancionado o valor, Roberto Carlos de Souza (PSDB), eleito em outubro passado, vai ganhar mais que o presidente Lula e quase o dobro do governador Luiz Henrique.
Qualquer ninharia é bobagem no município, pois o salário do vice eleito, Emílio Vieira (PP), passará de R$ 4,4 mil e R$ 9,1 mil e dos secretários de R$ 3,4 mil para R$ 6,9 mil."

O CANTO DOS PÁSSAROS

Será que os venezuelanos vão embarcar na cascata

A democracia conquistada há pouco tempo na América latina vem sendo constantemente ameaçada por comportamento autoritários de vários agentes políticos. Agora se anuncia que o presidente da Venezuela deseja aprovar uma lei que garanta a possibilidade de concorrer infinitamente ao cargo de presidente. Ora será que os venezuelanos vão embarcar nesta cascata.

O subdesenvolvimento

O subdesenvolvimento ainda é uma marca da América latina tão sofrida. Vários anos de governos militares, e de ditaduras só serviram para ampliar os espaços que separam ricos e pobres.

Saudades da Ditadura

Se formos perguntar aos Brasileiros veremos que muitos deles simpatizam com a instituição de um regime autoritário em nosso país, aparentemente os seis anos da Era Lula, em nada contribui para que a democracia passasse a gozar do apoio da grande massa dos Brasileiros..

Bela

DELCIDIO AMARAL PT X MÃO SANTA PMDB

O FIM DO PT E A ASCENSÃO DO LULISMO

Autor: João Ubaldo
Publicado: O GLOBO
Data: 05/08/2007


Talvez julguem que a expressão “fim do PT” seja uma provocação. E talvez venha a redundar nisso, a depender do leitor, mas não é minha intenção. Na verdade, é o resultado de uma constatação tão ´neutra´ quanto é possível fazer constatações neutras, em matéria deste tipo. E é absolutamente honesta. Lembro, embora não literalmente, uma frase de Bernard Shaw a respeito do Cristianismo. ´A crucificação de Cristo foi o maior êxito político do Império Romano, porque o Cristianismo acabou assim que Cristo expirou´.

Não estou tomando partido nisso, até porque o velho irlandês gostava muito de radicalizar em frases de efeito. Mas, de certa forma, pode-se adaptar o que ele disse à nossa realidade política. E, vendo como as coisas se têm desenrolado no Brasil, não creio de todo descabido dizer que na hora não se notou, mas o PT acabou assim que Lula foi eleito (não reeleito). Está certo, amenizo um pouco, não sou nem Bernard Shaw nem Nélson Rodrigues: o PT começou a acabar assim que Lula foi eleito e agora tem que reexaminar-se e ver para onde vai, inclusive se vai se tornar um mero instrumento de Nosso Guia.

O PT tinha uma identidade clara. Havia até uma certa aura santimonial em muitos de seus dedicados militantes. E o que representava o PT? Representava a ética e a honestidade na política, isso era pilar incontestado. E representava a mudança, pelo menos o início das reformas de que se fala desde que nos entendemos, não importa nossa faixa etária. O PT vinha para mudar. Quem votou em Lula, notadamente da primeira vez, sabia, de modo geral, que não estava escolhendo um governante através de uma revolução, mas das instituições vigentes. Portanto, muitos desses, como eu, não esperavam milagres e rupturas estrondosas. Mas esperava-se pelo menos certa fidelidade ao prometido, apregoado e bravateado ao longo dos anos, esperava-se alguma luta para a eliminação de alguns dos nossos males, esperavam-se, sim, reformas, ainda que não de todo satisfatórias. Esperava-se no governo, enfim, o PT que se conhecia, ou se julgava conhecer.

Não foi bem assim, como se viu e ainda se vê. No começo, a crise no PT se declarou internamente, provocando a expulsão de militantes como a ex-senadora Heloísa Helena e mais muita gente, inconformada com a mudança de cara do partido. Gente suspeita de falcatruas ou ladroagem ficou, oportunistas e puxa-sacos ficaram, mas aqueles outros foram sumariamente expulsos. Ainda assim, poderia alegar-se que não havia lugar para radicalismos e que esses militantes não compreendiam bem a situação nova do PT, agora guindado ao poder legítimo e sujeito às limitações institucionais e circunstanciais a que todo poder legítimo está sujeito.

Para lembrar novamente o grande Nélson, a verdade ululante é que esse PT que agora está aí não é, nem de longe, o PT da oposição. Não pode ser - sofismem de lá - porque agora é situação. Coisa nenhuma, digo eu, esse PT que está aí viu alguns de seus principais quadros desmoralizados, manchados, ou inteiramente desiludidos, mantém alianças antes inconcebíveis, não quer mais saber de reforma nenhuma a não ser da boca para fora, e é enfim, na visão cansada de quem acompanha nossa vida pública há décadas, apenas uma reapresentação de todas as nossas conhecidas vergonhas sociopolíticas, da corrupção à ineficiência ao desperdício à falta de seriedade na condução da república, enfim, o mesmo de sempre, os mesmos de sempre.

Enquanto isso, com habilidade e uma matreirice solerte que, pelo menos eu vejo em seus ares histriônicos, suas piadinhas de boa-praça e a falsa inocência para cuja plena credibilidade ele precisaria aperfeiçoar-se um pouquinho mais em artes cênicas, o presidente chama os usineiros de heróis, beija a mão de Jader Barbalho, faz tudo para segurar a barra de Renan Calheiros, enche a bola de Nelson Jobim e, no geral, age como a mais camaleônica figura, agente do status quo, capitão de um governo omisso e conservador, que insiste, contra todas as evidências, em chamar-se de progressista, o que é tão grotesco quanto ver no PT de hoje em dia um partido de esquerda.

Revestido do teflon que ele reforçou com suas alegações de que não sabia de nada, não viu nada, não tomou parte em nada, ele hoje, pelo menos até o momento em que escrevo, parece, na visão da maioria, ainda imune ao lamaçal e aos bandidos que orbitam em torno do poder. Ou seja, pode-se reprovar o PT, mas Lula é inatacável, nele não pega nada. Mais ainda, é claro que Lula não é mais PT, nem o PT é Lula. Aliás, já era tempo, embora eu não tenha nada com isso, para o partido resolver se é PT ou se é um ponto de apoio do lulismo, este, sim, palpavelmente existente.

Pai dos pobres com a farsa irresponsável do Bolsa Família, que, além de danosamente assistencialista, não transfere renda dos ricos coisa nenhuma, mentira mais deslavada não podendo haver, o presidente se dissocia claramente de seu partido e é homem da Zelite. O PT, como muitos de nós também, serviu para ele se fazer. Ele se fez e agora ser um petista ao menos parecido com o passado é inconcebível. Descrevendo a posição em que está como o ´ápice a que o ser humano pode chegar´, o presidente se interessa, acima de tudo, por permanecer no poder e dele desfrutar tão intensamente quanto possível. Ao PT a crise de identidade: ou continua pegado com Lula, nesse jogo social-democrático-oportunista e até humilhante, ou volta a ser PT, necessariamente oposto a esse presidente do establishment. Ou não faz nada e assiste, como os revolucionários franceses ao ex-cônsul Bonaparte, ao presidente botar sua coroazinha de imperador. Imperador no interesse dos verdadeiros poderosos, mas na ribalta do jeito que ele gosta, que é o que parece lhe bastar.

João Ubaldo [O GLOBO, 05/08/2007]

Lokotv: Coworkers

Mr Bean Dançando A Dança do Créu

Lokotv: BERNARD

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Cosmos - As Origens Da Vida - Parte 5 de 7 (Dublado)

Blogs

Bom seria se conseguíssemos que os Blogs se tornassem um bom espaço para difundir cultura e conhecimento.

Charge


Nietzsche e o Judaísmo

Moto polui mais do que carro

Blog do Noblat

Blog do Noblat:
"Em breve, 'o governo de união nacional'
Do leitor que se assina Viveiros:
Sempre se falou em aproximação entre PT e PSDB. Aécio saiu na frente, jogou um balão de ensaio. Serra vai na mesma onda. Afinal, quem pode se dar ao luxo de desprezar um eleitor qualificado como Lula em 2010? Os políticos do DEM e do PMDB devem estar com uma pulga atrás da orelha. Não vai ter chapa puro-sangue em 2010, e a polarização não interessa ao PT, muito menos ao PSDB.
Lula será o fiel da balança, porque eleição para Presidente não é eleição municipal, onde o presidente não tem influência. Só não vê quem não quer ver: em nome da crise, virá esse papo de 'governo de união nacional'. Ninguém é louco de encarar a fera sozinho em 2010. Vai ser uma candidatura de consenso, decidida como sempre por cima, em nome da conciliação e da 'salvação da pátria'.
Ninguém quer perder os anéis. Dedo sim. Mas é um só."

Eterno aprendente - MeuArtigo.com

Eterno aprendente - MeuArtigo.com:
"“Eu chorei porque não tinha sandálias, até que vi um homem que não tinha os pés”.
Provérbio árabe"

Ancelmo Gois

Ancelmo Gois: "A volta do Zé
José Dirceu pretende voltar a fazer política intensamente no ano que vem. Quer atuar, ainda que nos bastidores, dentro do PT para ajudar a organizar a sucessão de Lula. Seus aliados defendem que ele volte a ter um cargo formal na direção do partido, mas, como cachorro mordido de cobra, tem medo de lingüiça, Dirceu já disse que não quer."

BOLIVIANOS NA ARGENTINA

Voto de Ayres Britto pela retirada dos não-índios de Raposa Serra do Sol

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Charge



Flores






O PT do governo e o PT da oposição

Tem sido recorrente na grande imprensa a tese de que existem dois PTs: Um do governo e outro da oposição. Seria conveniente que buscássemos aprofundar essa tese. Realmente existe esses dois PTs?