Lev Davidovitch Bronstein, o Leon Trotski
(1879 - 1940)
Político soviético nascido em Ianovka, Ucrânia, considerado o intelectual mais brilhante da revolução russa (1917). Filho de um fazendeiro judeu, estudou por pouco tempo na Universidade de Odessa, por participar da criação da clandestina União de Trabalhadores do Sul da Rússia, de tendência socialista, pelo que foi encarcerado (1898) e mais tarde desterrado para a Sibéria, de onde fugiu (1902) com um passaporte falso em nome de Leon Trotski, que adotou como pseudônimo revolucionário. Refugiou-se em Londres, onde se ligou ao grupo de social-democratas russos, e trabalhou com Lenin na redação da revista Iskra. No segundo congresso do Partido dos Trabalhadores Social Democratas Russos, realizado em Bruxelas e Londres (1903), aderiu aos menchevique, facção de oposição a Lenin e seus bolcheviques. Regressou à Rússia (1905) e participou ativamente dos movimentos promovidos pelo Soviete (conselho) dos Trabalhadores de São Petersburgo. Detido e enviado novamente à Sibéria, conseguiu fugir novamente (1907) e estabeleceu-se em Viena, onde se manteve como correspondente nas guerras dos Balcãs (1912-1913). No início da primeira guerra esteve França, na Espanha e nos EEUU, onde colaborou com o jornal em língua russa Novy Mir (1917). Regressou à Rússia em maio e assumiu a liderança de uma ala esquerdista dos mencheviques. Depois da tentativa fracassada de tomar o poder em julho, foi preso. Em agosto, ainda na prisão, ingressou no Partido Bolchevique e foi eleito membro de seu Comitê Central. Libertado em setembro, foi eleito presidente do Soviete de Petrogrado e desempenhou papel essencial nas lutas pela tomada do poder como chefe do Comitê Militar Revolucionário. Nomeado comissário de Assuntos Exteriores do primeiro governo soviético, dirigiu as negociações de paz com a Alemanha e seus aliados que resultaram no Tratado de Brest-Litovsk. Tornou-se comissário de Guerra (1918), conseguindo organização do Exército Vermelho e a política econômica do comunismo de guerra. Após a vitória definitiva sobre os contra-revolucionários (1920), passou a ser considerado como o autêntico substituto de Lenin. Porém após a morte de Lenin (1924), Stalin tomou o poder e ele foi destituído do Comissariado de Guerra (1926). Também perdeu os cargos no Politburo e no Comitê Central do Partido Comunista, foi expulso do Partido Comunista (1927) e, após um ano de desterro em Almaty, foi obrigado a abandonar a União Soviética (1929). Refugiado na Turquia, escreveu extraordinários livros, como Permanentnaia revolutsia (1930) e Istoriia russkoi revolutsi (1930-1933). Depois morou na França (1933-1935) e, após breve estada na Noruega, fixou residência em Coyoacán, perto da Cidade do México (1936). Fundou a Quarta Internacional, movimento antiestalinista e, por isso, foi julgado à revelia como o principal conspirador nos julgamentos dos líderes da oposição comunista realizados em Moscou (1936-1938) e condenado à morte. Terminou seus dias em Coyoacán, assassinado pelo fanático comunista espanhol Ramón Mercader.
(1879 - 1940)
Político soviético nascido em Ianovka, Ucrânia, considerado o intelectual mais brilhante da revolução russa (1917). Filho de um fazendeiro judeu, estudou por pouco tempo na Universidade de Odessa, por participar da criação da clandestina União de Trabalhadores do Sul da Rússia, de tendência socialista, pelo que foi encarcerado (1898) e mais tarde desterrado para a Sibéria, de onde fugiu (1902) com um passaporte falso em nome de Leon Trotski, que adotou como pseudônimo revolucionário. Refugiou-se em Londres, onde se ligou ao grupo de social-democratas russos, e trabalhou com Lenin na redação da revista Iskra. No segundo congresso do Partido dos Trabalhadores Social Democratas Russos, realizado em Bruxelas e Londres (1903), aderiu aos menchevique, facção de oposição a Lenin e seus bolcheviques. Regressou à Rússia (1905) e participou ativamente dos movimentos promovidos pelo Soviete (conselho) dos Trabalhadores de São Petersburgo. Detido e enviado novamente à Sibéria, conseguiu fugir novamente (1907) e estabeleceu-se em Viena, onde se manteve como correspondente nas guerras dos Balcãs (1912-1913). No início da primeira guerra esteve França, na Espanha e nos EEUU, onde colaborou com o jornal em língua russa Novy Mir (1917). Regressou à Rússia em maio e assumiu a liderança de uma ala esquerdista dos mencheviques. Depois da tentativa fracassada de tomar o poder em julho, foi preso. Em agosto, ainda na prisão, ingressou no Partido Bolchevique e foi eleito membro de seu Comitê Central. Libertado em setembro, foi eleito presidente do Soviete de Petrogrado e desempenhou papel essencial nas lutas pela tomada do poder como chefe do Comitê Militar Revolucionário. Nomeado comissário de Assuntos Exteriores do primeiro governo soviético, dirigiu as negociações de paz com a Alemanha e seus aliados que resultaram no Tratado de Brest-Litovsk. Tornou-se comissário de Guerra (1918), conseguindo organização do Exército Vermelho e a política econômica do comunismo de guerra. Após a vitória definitiva sobre os contra-revolucionários (1920), passou a ser considerado como o autêntico substituto de Lenin. Porém após a morte de Lenin (1924), Stalin tomou o poder e ele foi destituído do Comissariado de Guerra (1926). Também perdeu os cargos no Politburo e no Comitê Central do Partido Comunista, foi expulso do Partido Comunista (1927) e, após um ano de desterro em Almaty, foi obrigado a abandonar a União Soviética (1929). Refugiado na Turquia, escreveu extraordinários livros, como Permanentnaia revolutsia (1930) e Istoriia russkoi revolutsi (1930-1933). Depois morou na França (1933-1935) e, após breve estada na Noruega, fixou residência em Coyoacán, perto da Cidade do México (1936). Fundou a Quarta Internacional, movimento antiestalinista e, por isso, foi julgado à revelia como o principal conspirador nos julgamentos dos líderes da oposição comunista realizados em Moscou (1936-1938) e condenado à morte. Terminou seus dias em Coyoacán, assassinado pelo fanático comunista espanhol Ramón Mercader.
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