Cristóvão [ou Cristoforo] Colombo
(1451 - 1506)
Comerciante, cartógrafo e navegante italiano que se afirma sem muita convicção, ter nascido em Gênova, a época cidade-estado de grande tradição marinheira, filho mais velho do taberneiro e tecelão Domenico Colombo e de Suzanna Fontanarossa. Iniciou muito cedo, aos 14 anos, a vida de marinheiro, participou de diversas expedições pelo Mediterrâneo e completou sua experiência náutica com a leitura de obras sobre viagens. Numa expedição pesqueira de que participou aos 25 anos de idade, transpôs o estreito de Gibraltar. Vítima de um naufrágio transferiu-se para outra embarcação e iniciou uma longa viagem pelas ilhas Britânicas até a Islândia. Em seguida fixou residência foi ter em Lisboa (1476), onde conseguiu formar um pequeno patrimônio vendendo mapas e, posteriormente, casando com uma moça de família abastada, a filha de Bartolomeu Perestrelo, donatário da ilha de Porto Santo e profundo conhecedor de tudo que até então se escrevera sobre viagens. Suas viagens à Inglaterra, França e Islândia fizeram dele um navegador experiente, preparado para as descobertas. Obcecava-o, porém, a idéia de chegar ao oriente navegando para oeste tendo em vista que a tese da esfericidade da Terra já tinha o apoio dos estudiosos. Com a morte da esposa e o desinteresse do rei D. João II por suas idéias, após a descoberta do contorno do Cabo da Boa Esperança por Bartolomeu Dias, partiu para a Espanha, onde conseguiu uma pensão da Rainha Isabel, enquanto desenvolvia seu projeto. Depois de vários projetos e tentativas de apoio dos soberanos, com intermediação dos frades Juan Pérez e Antônio de Marchena, do convento de Rábida, próximo ao porto de Palos e do prestigiado Martín Alonso Pinzón, teve seu projeto aprovado. Em 17 de abril foram assinadas as Capitulações de Santa Fé, documentos que conferiam-lhe e a seus descendentes a posse das terras descobertas, a décima parte das riquezas que conquistasse e lhe concediam o vice-reinado e o governo dos territórios. O navegador foi também nomeado almirante, com todas as prerrogativas dos almirantes de Castela. O prestígio e a autoridade de Martín Alonso Pinzón e de seu irmão Vicente Yáñez Pinzón permitiram que fossem armadas três embarcações: a nau Santa María, comandada por ele, e as caravelas La Pinta, sob as ordens de Martín Alonso Pinzón, e La Niña, comandada por Vicente Yáñez Pinzón. Com uma tripulação calculada por alguns autores em 88 homens, a frotilha zarpou do porto de Palos em 3 de agosto (1492). Finalmente, na madrugada de 11 de outubro, o vigia da La Pinta, Rodrigo de Triana, avistou terra. Em 12 de outubro (1491), e depois de enfrentar inúmeras dificuldades com a tripulação que em vários momentos da viagem queria voltar, conseguiu realizar a principal conseqüência de seu sonho ao pisar o solo de uma ilha que denominou de São Salvador, hoje ilha de Watlings, nas Bahamas, tornando-se o descobridor das Américas. Em setembro (1493) partiu em nova expedição. Acompanhavam-no 1.500 homens, entre os quais 12 religiosos, fidalgos e servidores da casa real. Os 17 navios que zarparam do porto de Cádiz transportavam ainda animais, plantas, sementes e instrumentos agrícolas. Desta vez descobriu então as pequenas Antilhas, inclusive Porto Rico. Em Hispaniola encontrou destruído pelos indígenas o forte que erigira. Em janeiro (1494) fundou Isabela, primeira cidade estabelecida no Novo Mundo pelos europeus. A terceira expedição teve início em maio (1498), quando zarpou rumo a sudoeste para chegar à ilha de Trinidad e depois acompanhar o litoral da América do Sul, do golfo de Pária à foz do Orinoco. Ao chegar a Santo Domingo encontrou as autoridades por ele nomeadas em plena rebelião. Foi obrigado a submeter-se à humilhação de assinar um acordo com os rebeldes. Informados do que se passava, os reis católicos designaram Francisco de Bobadilla para promover um inquérito, assumir o governo e destituí-lo do governo das Índias, embora mantivesse por ele grande e prestigiada admiração. A 9 de maio (1502), partiu de Cádiz para sua quarta viagem, dessa vez acompanhado do irmão Bartolomeu e do filho Fernando. Descobriu a ilha de Martinica a 15 de junho e seguiu para Hispaniola, onde seu desembarque foi proibido pelo governador Nicolás de Ovando. Partiu, então, para a ilha de Cuba e logo depois desembarcou em Honduras, prosseguindo até o golfo de Darién. Logo depois chegava a Santo Domingo. Doente e abatido, iniciou o regresso à Espanha em setembro (1504). Sua protetora, Isabel, morreu antes que ele chegasse, porém tinha a sobrevivência garantida por rendas e dedicou o resto de sua vida a lutar pela recuperação dos direitos sobre as terras que havia descoberto. Nunca teve noção, entretanto, da importância de seu feito nem soube da existência de um novo continente entre a Europa e a Ásia e morreu em 21 de maio (1506), em Valladolid, convencido que chegara às Índias Orientais.
(1451 - 1506)
Comerciante, cartógrafo e navegante italiano que se afirma sem muita convicção, ter nascido em Gênova, a época cidade-estado de grande tradição marinheira, filho mais velho do taberneiro e tecelão Domenico Colombo e de Suzanna Fontanarossa. Iniciou muito cedo, aos 14 anos, a vida de marinheiro, participou de diversas expedições pelo Mediterrâneo e completou sua experiência náutica com a leitura de obras sobre viagens. Numa expedição pesqueira de que participou aos 25 anos de idade, transpôs o estreito de Gibraltar. Vítima de um naufrágio transferiu-se para outra embarcação e iniciou uma longa viagem pelas ilhas Britânicas até a Islândia. Em seguida fixou residência foi ter em Lisboa (1476), onde conseguiu formar um pequeno patrimônio vendendo mapas e, posteriormente, casando com uma moça de família abastada, a filha de Bartolomeu Perestrelo, donatário da ilha de Porto Santo e profundo conhecedor de tudo que até então se escrevera sobre viagens. Suas viagens à Inglaterra, França e Islândia fizeram dele um navegador experiente, preparado para as descobertas. Obcecava-o, porém, a idéia de chegar ao oriente navegando para oeste tendo em vista que a tese da esfericidade da Terra já tinha o apoio dos estudiosos. Com a morte da esposa e o desinteresse do rei D. João II por suas idéias, após a descoberta do contorno do Cabo da Boa Esperança por Bartolomeu Dias, partiu para a Espanha, onde conseguiu uma pensão da Rainha Isabel, enquanto desenvolvia seu projeto. Depois de vários projetos e tentativas de apoio dos soberanos, com intermediação dos frades Juan Pérez e Antônio de Marchena, do convento de Rábida, próximo ao porto de Palos e do prestigiado Martín Alonso Pinzón, teve seu projeto aprovado. Em 17 de abril foram assinadas as Capitulações de Santa Fé, documentos que conferiam-lhe e a seus descendentes a posse das terras descobertas, a décima parte das riquezas que conquistasse e lhe concediam o vice-reinado e o governo dos territórios. O navegador foi também nomeado almirante, com todas as prerrogativas dos almirantes de Castela. O prestígio e a autoridade de Martín Alonso Pinzón e de seu irmão Vicente Yáñez Pinzón permitiram que fossem armadas três embarcações: a nau Santa María, comandada por ele, e as caravelas La Pinta, sob as ordens de Martín Alonso Pinzón, e La Niña, comandada por Vicente Yáñez Pinzón. Com uma tripulação calculada por alguns autores em 88 homens, a frotilha zarpou do porto de Palos em 3 de agosto (1492). Finalmente, na madrugada de 11 de outubro, o vigia da La Pinta, Rodrigo de Triana, avistou terra. Em 12 de outubro (1491), e depois de enfrentar inúmeras dificuldades com a tripulação que em vários momentos da viagem queria voltar, conseguiu realizar a principal conseqüência de seu sonho ao pisar o solo de uma ilha que denominou de São Salvador, hoje ilha de Watlings, nas Bahamas, tornando-se o descobridor das Américas. Em setembro (1493) partiu em nova expedição. Acompanhavam-no 1.500 homens, entre os quais 12 religiosos, fidalgos e servidores da casa real. Os 17 navios que zarparam do porto de Cádiz transportavam ainda animais, plantas, sementes e instrumentos agrícolas. Desta vez descobriu então as pequenas Antilhas, inclusive Porto Rico. Em Hispaniola encontrou destruído pelos indígenas o forte que erigira. Em janeiro (1494) fundou Isabela, primeira cidade estabelecida no Novo Mundo pelos europeus. A terceira expedição teve início em maio (1498), quando zarpou rumo a sudoeste para chegar à ilha de Trinidad e depois acompanhar o litoral da América do Sul, do golfo de Pária à foz do Orinoco. Ao chegar a Santo Domingo encontrou as autoridades por ele nomeadas em plena rebelião. Foi obrigado a submeter-se à humilhação de assinar um acordo com os rebeldes. Informados do que se passava, os reis católicos designaram Francisco de Bobadilla para promover um inquérito, assumir o governo e destituí-lo do governo das Índias, embora mantivesse por ele grande e prestigiada admiração. A 9 de maio (1502), partiu de Cádiz para sua quarta viagem, dessa vez acompanhado do irmão Bartolomeu e do filho Fernando. Descobriu a ilha de Martinica a 15 de junho e seguiu para Hispaniola, onde seu desembarque foi proibido pelo governador Nicolás de Ovando. Partiu, então, para a ilha de Cuba e logo depois desembarcou em Honduras, prosseguindo até o golfo de Darién. Logo depois chegava a Santo Domingo. Doente e abatido, iniciou o regresso à Espanha em setembro (1504). Sua protetora, Isabel, morreu antes que ele chegasse, porém tinha a sobrevivência garantida por rendas e dedicou o resto de sua vida a lutar pela recuperação dos direitos sobre as terras que havia descoberto. Nunca teve noção, entretanto, da importância de seu feito nem soube da existência de um novo continente entre a Europa e a Ásia e morreu em 21 de maio (1506), em Valladolid, convencido que chegara às Índias Orientais.
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