Bento Gonçalves da Silva
(1788 - 1847)
Comandante da revolução farroupilha nascido em Triunfo, Rio Grande do Sul, maçom e defensor de idéias liberais, pelas quais lutou durante os quase dez anos da Revolução Farroupilha, que sempre defendeu a integridade do império opondo-se aos que simpatizavam com a idéia do separatismo do estado sulista. Filho de um alferes, cedo saiu de sua terra e iniciou-se na vida militar e participou da primeira campanha cisplatina (1811-1812), ao lado do exército pacificador de D. Diego de Souza. Estabeleceu-se (1812) com uma casa de negócios em Serro Largo, na Banda Oriental do Uruguai, e dois anos depois casou-se com Caetana Joana Francisca Garcia. Sua atuação militar começou realmente quando participou da segunda campanha cisplatina (1816-1821) que culminaria com a anexação formal daquele país ao Brasil como Província Cisplatina (1821). Na guerra das Províncias Unidas do Rio da Prata, em que consolidou seu prestígio como comandante de cavalaria nas batalhas de Sarandi (1825) e Ituizangó ou Passo do Rosário (1827), alcançou o posto de coronel (1828) pelos serviços prestados. Por ordem de D. Pedro I, foi nomeado comandante do Quarto Regimento de Cavalaria de 1a. linha, estabelecido em Jaguarão e ele confiado o comando da fronteira sul do Brasil e da Guarda Nacional naquela região. Adquiriu grande influência, pois o posto de comandante da Guarda Nacional era um cargo eminentemente político e foi indicado para o posto de comandante da Guarda Nacional do Rio Grande do Sul (1832). Com seu cargo na Guarda Nacional deu apoio aos seus amigos uruguaios e, por isto, foi denunciado (1833) como desobediente e protetor do caudilho uruguaio Lavalleja, pelo marechal Sebastião Barreto Pereira Pinto, comandante de Armas da Província. Convocado à corte no Rio de Janeiro, defendeu-se convincentemente e convenceu o regente Padre Feijó nomear como novo presidente da Província, Antonio Rodrigues Fernandes Braga, o mesmo homem que iria derrubar (1835) dando início à Revolução Farroupilha. Na volta à província teve recepção triunfal, depois foi eleito para a primeira Assembléia Legislativa da província, que se instalou em abril (1835). Depois de acusado como um dos deputados que planejava um golpe separatista, que pretendia desligar o Rio Grande do Brasil, a situação política na província se deteriorou. Com sua destituição, pelos conservadores, do cargo de comandante, rebelou-se contra as autoridades constituídas e principiou a revolução contra a autoridade provincial (1835). Preso junto com outros líderes farrapos na batalha da ilha do Fanfa, em Triunfo (1836). Foi enviado para a prisão de Santa Cruz, depois para a fortaleza de Lage, no Rio de Janeiro e, em seguida, para o forte do Mar, em Salvador, Bahia, de onde fugiu a nado no ano seguinte. Regressou ao Rio Grande do Sul e assumiu a presidência da República de Piratini (1836), proclamada em sua ausência por Antônio Sousa Neto. A guerra dos farrapos terminou quando os rebeldes foram finalmente derrotados pelo Duque de Caxias na batalha de Poncho Verde (1845), cuja rendição foi negociada em troca da anistia. Desligou-se, então, definitivamente da vida pública. Passou os dois anos seguintes em sua estância, no Cristal e morreu de pleurisia, em Pedras Brancas, Rio Grande do Sul.
(1788 - 1847)
Comandante da revolução farroupilha nascido em Triunfo, Rio Grande do Sul, maçom e defensor de idéias liberais, pelas quais lutou durante os quase dez anos da Revolução Farroupilha, que sempre defendeu a integridade do império opondo-se aos que simpatizavam com a idéia do separatismo do estado sulista. Filho de um alferes, cedo saiu de sua terra e iniciou-se na vida militar e participou da primeira campanha cisplatina (1811-1812), ao lado do exército pacificador de D. Diego de Souza. Estabeleceu-se (1812) com uma casa de negócios em Serro Largo, na Banda Oriental do Uruguai, e dois anos depois casou-se com Caetana Joana Francisca Garcia. Sua atuação militar começou realmente quando participou da segunda campanha cisplatina (1816-1821) que culminaria com a anexação formal daquele país ao Brasil como Província Cisplatina (1821). Na guerra das Províncias Unidas do Rio da Prata, em que consolidou seu prestígio como comandante de cavalaria nas batalhas de Sarandi (1825) e Ituizangó ou Passo do Rosário (1827), alcançou o posto de coronel (1828) pelos serviços prestados. Por ordem de D. Pedro I, foi nomeado comandante do Quarto Regimento de Cavalaria de 1a. linha, estabelecido em Jaguarão e ele confiado o comando da fronteira sul do Brasil e da Guarda Nacional naquela região. Adquiriu grande influência, pois o posto de comandante da Guarda Nacional era um cargo eminentemente político e foi indicado para o posto de comandante da Guarda Nacional do Rio Grande do Sul (1832). Com seu cargo na Guarda Nacional deu apoio aos seus amigos uruguaios e, por isto, foi denunciado (1833) como desobediente e protetor do caudilho uruguaio Lavalleja, pelo marechal Sebastião Barreto Pereira Pinto, comandante de Armas da Província. Convocado à corte no Rio de Janeiro, defendeu-se convincentemente e convenceu o regente Padre Feijó nomear como novo presidente da Província, Antonio Rodrigues Fernandes Braga, o mesmo homem que iria derrubar (1835) dando início à Revolução Farroupilha. Na volta à província teve recepção triunfal, depois foi eleito para a primeira Assembléia Legislativa da província, que se instalou em abril (1835). Depois de acusado como um dos deputados que planejava um golpe separatista, que pretendia desligar o Rio Grande do Brasil, a situação política na província se deteriorou. Com sua destituição, pelos conservadores, do cargo de comandante, rebelou-se contra as autoridades constituídas e principiou a revolução contra a autoridade provincial (1835). Preso junto com outros líderes farrapos na batalha da ilha do Fanfa, em Triunfo (1836). Foi enviado para a prisão de Santa Cruz, depois para a fortaleza de Lage, no Rio de Janeiro e, em seguida, para o forte do Mar, em Salvador, Bahia, de onde fugiu a nado no ano seguinte. Regressou ao Rio Grande do Sul e assumiu a presidência da República de Piratini (1836), proclamada em sua ausência por Antônio Sousa Neto. A guerra dos farrapos terminou quando os rebeldes foram finalmente derrotados pelo Duque de Caxias na batalha de Poncho Verde (1845), cuja rendição foi negociada em troca da anistia. Desligou-se, então, definitivamente da vida pública. Passou os dois anos seguintes em sua estância, no Cristal e morreu de pleurisia, em Pedras Brancas, Rio Grande do Sul.
Nenhum comentário:
Postar um comentário