Relatório da audiência do Sinte com o Governador
DIA 12/04/2006
DIA 12/04/2006
AUDIÊNCIA COM GOVERNO: DO NADA PARA LUGAR NENHUM
Na semana passada o governo demonstrou o quanto desrespeita a educação e seus trabalhadores, em uma demonstração de total descaso, o governador preferiu inaugurar uma obra inacabada ao invés de atender o nosso sindicato, que vem desde 2005 solicitando audiência para discutir a incorporação dos abonos, ou seja, a educação está em segundo plano para este governo. No dia de ontem, nova atitude desrespeitosa do governo em relação a nossa categoria, sabedor de todas as nossas reivindicações, nos recebeu em audiência para simplesmente dizer que está estudando nossas reivindicações. É o lobo se vestindo de cordeiro. Esta atitude é também uma forma de testar nossa capacidade de luta, ou seja, o governo está pagando pra ver o tamanho da nossa capacidade de mobilização, está nos desafiando.Nesta audiência o ponto em que mais avançamos foi em relação as serventes, vigias e merendeiras, pois o governo reconheceu os problemas causados pela terceirização desse setor nos CEI´s e agendou uma nova reunião para o dia 13 que deverá resolver tal problema. Esta é uma conquista da mobilização deste setor. Com relação a questão salarial, o governo apenas afirmou que nos receberá antes do dia 26 para apresentar uma resposta global às nossas reivindicações. Não podemos criar falsas expectativas com a possível proposta do governo, não podemos cair no imobilismo. Só com muita luta arrancaremos o que estamos reivindicando.O governo continua insistindo no discurso que não tem dinheiro, mas os banqueiros ele continua pagando em dia, com juros e correção monetária, para outros servidores aprovou piso de R$ 760, gastou com o kit escolar mais de 30 milhões, com propaganda gasta mais de 40 milhões, etc. etc. Para nós, quer continuar pagando salário de fome, um dos piores do Brasil, apesar do nosso estado ser um dos mais ricos. Enquanto os outros servidores com formação em nível médio passarão a ganhar R$ 900 reais de piso, os trabalhadores em educação com este nível de formação continuam ganhando pouco mais de um salário mínimo, ou seja, R$ 409. Isso é inaceitável! É muita cara de pau desse governo ainda querer dizer que a educação é prioridade.Motivos não faltam para a nossa categoria ir a greve, os descasos são tantos, o desrespeito é tão grande que não dá mais para segurar. É por tudo isso que estamos chamando Assembléia Estadual no dia 26 de abril com indicativo de greve.
A LUTA CONTINUA
Após a audiência com o atual governador, que simplesmente nos subestimou, o sentimento de todos que participaram do SINTE era um só: temos que construir nossa greve, pois este governo não nos atenderá se não irmos à luta. Portanto na próxima semana temos que organizar uma atividade estadualizada. A proposta tirada pela comissão que participou da audiência foi, de no dia 19, todas as escolas fazerem aulas de 30 minutos. Neste dia deve-se discutir a greve e produzir cartazes e faixas denunciando o descaso do governo com a educação para serem fixadas em frente a escola e utilizadas em manifestações.
ABONO DAS FALTAS
Outra conquista da audiência com o governador foi de que ficou acertado que os trabalhadores em educação que paralisaram suas atividade no dia da Assembléia Estadual (30/03) e no dia do Ato Público em Florianópolis (07/04), terão suas faltas abonadas. Caso alguém receba seu contra-cheque com o desconto destes dias, entrar em contato com a direção estadual para regularizar a situação junto a Secretaria de Educação. As direções de Escola não estão autorizadas pela SED a efetuarem o desconto dos dias parados.
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