Classe média é metade da população do País e totaliza 94,9 milhões
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
O avanço da classe C ou a chamada nova classe média no País é uma realidade. No ano passado, o número de brasileiros com renda entre R$ 1.126 e R$ 4.854 totalizou 94,9 milhões de pessoas e ultrapassou pela primeira vez 50% da população. Esta fatia detinha, em 2009, 46,24% do poder de consumo dos brasileiros, conforme pesquisa da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Segundo o coordenador do Centro de Políticas Sociais da FGV, professor Marcelo Neri, o número de pessoas nas classes de baixa renda está caindo, fruto da redução da desigualdade econômica, mesmo na crise financeira. "Em 2003 eram 49 milhões de pobres, sendo que até 2008, 19,5 milhões de pessoas saíram da pobreza", detalha o especialista.
Apesar deste número ser expressivo, a taxa de pobreza caiu apenas de 16,02% para 15,32% nos dois últimos anos. A FGV considera que estão na linha da pobreza as pessoas que sobrevivem com renda mensal de R$ 144.
Para se ter ideia, ainda em 2009, mais de 20 milhões de brasileiros subiram para as classes A e B, de renda maior. As pessoas que se enquadravam nas classes D e E passaram de pouco mais de 96 milhões para 73 milhões de pessoas.
CARTEIRA ASSINADA
O grande símbolo do contingente de 30 milhões de brasileiros que passaram a integrar a nova classe média apenas no ano passado é o emprego com carteira assinada. Neri ressalta que nos últimos sete anos a geração de postos de trabalho formais bateu recorde.
"A parte principal é que o brasileiro fez o dever de casa, gerou renda e está trazendo dinheiro para casa porque trabalha e estuda. Como a desigualdade caiu e a economia está crescendo, as pessoas são empurradas de baixo para cima."
O professor analisa que o lado trabalhador da população está prosperando mais que o consumidor. Ele crê que as empresas devem estar contentes, pois as pessoas vão poder continuar comprando.
O relatório intitulado A Nova Classe Média: O Lado Brilhante dos Pobres aponta também que a renda média dos brasileiros cresceu 7,7% de julho de 2009 a julho deste ano. O percentual é superior à média anual de 3,8% registrada de dezembro de 2002 a dezembro de 2008.
Neri diz que o avanço da classe média brasileira é sustentável, ao contrário do que acontece na Índia e na China, que crescem, mas nem tanto com redução de desigualdade.
Ele comentou que o forte aumento da renda registrado entre julho de 2009 e julho de 2010 deve-se ao fato de estarmos às vésperas de eleições gerais. (com agências)
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
O avanço da classe C ou a chamada nova classe média no País é uma realidade. No ano passado, o número de brasileiros com renda entre R$ 1.126 e R$ 4.854 totalizou 94,9 milhões de pessoas e ultrapassou pela primeira vez 50% da população. Esta fatia detinha, em 2009, 46,24% do poder de consumo dos brasileiros, conforme pesquisa da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Segundo o coordenador do Centro de Políticas Sociais da FGV, professor Marcelo Neri, o número de pessoas nas classes de baixa renda está caindo, fruto da redução da desigualdade econômica, mesmo na crise financeira. "Em 2003 eram 49 milhões de pobres, sendo que até 2008, 19,5 milhões de pessoas saíram da pobreza", detalha o especialista.
Apesar deste número ser expressivo, a taxa de pobreza caiu apenas de 16,02% para 15,32% nos dois últimos anos. A FGV considera que estão na linha da pobreza as pessoas que sobrevivem com renda mensal de R$ 144.
Para se ter ideia, ainda em 2009, mais de 20 milhões de brasileiros subiram para as classes A e B, de renda maior. As pessoas que se enquadravam nas classes D e E passaram de pouco mais de 96 milhões para 73 milhões de pessoas.
CARTEIRA ASSINADA
O grande símbolo do contingente de 30 milhões de brasileiros que passaram a integrar a nova classe média apenas no ano passado é o emprego com carteira assinada. Neri ressalta que nos últimos sete anos a geração de postos de trabalho formais bateu recorde.
"A parte principal é que o brasileiro fez o dever de casa, gerou renda e está trazendo dinheiro para casa porque trabalha e estuda. Como a desigualdade caiu e a economia está crescendo, as pessoas são empurradas de baixo para cima."
O professor analisa que o lado trabalhador da população está prosperando mais que o consumidor. Ele crê que as empresas devem estar contentes, pois as pessoas vão poder continuar comprando.
O relatório intitulado A Nova Classe Média: O Lado Brilhante dos Pobres aponta também que a renda média dos brasileiros cresceu 7,7% de julho de 2009 a julho deste ano. O percentual é superior à média anual de 3,8% registrada de dezembro de 2002 a dezembro de 2008.
Neri diz que o avanço da classe média brasileira é sustentável, ao contrário do que acontece na Índia e na China, que crescem, mas nem tanto com redução de desigualdade.
Ele comentou que o forte aumento da renda registrado entre julho de 2009 e julho de 2010 deve-se ao fato de estarmos às vésperas de eleições gerais. (com agências)
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