domingo, 31 de janeiro de 2010

Mistério na Petrobrás

Suely Caldas
O ESTADO DE S PAULO, 31 janeiro 2010

Há um mistério encobrindo fraudes em grandes obras da Petrobrás, e o governo Lula nunca teve consideração nem respeito pelos brasileiros de vir a público esclarecê-lo e responder às acusações do Tribunal de Contas da União (TCU) de práticas de superfaturamento e gestão temerária. O que fez, até agora, foi dar explicações vagas e fajutas, rejeitadas pelo TCU. Até mesmo o Congresso - abalado por tantas denúncias de corrupção - se envergonhou com o exagero de gastos não explicados e vetou a liberação de recursos em 2010 para parte de quatro bilionárias obras da estatal, até que as irregularidades sejam corrigidas.

Mas a obsessão do governo em esconder os fatos e seguir com as obras suspeitas levou o presidente Lula, na quarta-feira, a suspender o veto, liberar dinheiro para as obras, assumir pessoalmente o ônus político de desautorizar o Poder Legislativo e o TCU e ainda ser visto como cúmplice de aplicações indevidas de dinheiro da Petrobrás.

Espanta a omissão do governo em não apurar as denúncias do TCU. Seu papel deveria ser investigar, identificar e punir responsáveis, corrigir os valores fraudados e vir a público pedir desculpas e se explicar ao País. O assombro aumenta diante da grandiosidade dos números: por que razão, sem nenhuma explicação convincente, o orçamento da Refinaria Abreu Lima, em Pernambuco (PE), triplicou, saltando de US$ 4,05 bilhões para US$ 12 bilhões? Como responder à perícia dos técnicos do TCU, que identificaram o superfaturamento absurdo de 1.490% no pagamento de verbas indenizatórias nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro?

Um ano passou desde a conclusão de auditoria do TCU que identificou as fraudes. Em vez de criar uma comissão de inquérito na empresa para apurar as denúncias, a direção da Petrobrás tratou de construir explicações frágeis, vagas, genéricas e sem fundamentos, que não convenceram ninguém, muito menos os conselheiros e auditores do tribunal. Depois de ouvir argumentos da empresa, o TCU continuou reafirmando as fraudes.

As restrições do TCU foram conhecidas em março de 2009, mas só em 26 de agosto a direção da Petrobrás divulgou ao público sua versão. Preferiu o monólogo da nota oficial em vez de uma entrevista à imprensa em que poderia mostrar planilhas, notas fiscais, números, responder a questionamentos sem medo e não deixar dúvidas. A nota apontava quatro razões para o orçamento da Refinaria Abreu Lima ter triplicado: 1) a capacidade de refino aumentou de 200 mil para 230 mil barris/dia; 2) a variação da taxa de câmbio; 3) a adoção de um novo sistema de tratamento de gases tóxicos; e 4) o aquecimento da indústria de petróleo. Mesmo considerando que variáveis como o câmbio são estimadas e previstas no cálculo de qualquer projeto de longo prazo, seria razoável se o novo preço aumentasse em 10%, 20%, mas triplicar, sem explicar detalhes, sem apresentar provas convincentes?

Em novembro de 2009, em resposta a questionamentos da imprensa, a direção da estatal resumiu em seu blog: "Não há superfaturamento, sobrepreço ou qualquer outra irregularidade nas obras. O que se verifica nos casos apontados pelo TCU são formulações e interpretações divergentes daquelas adotadas pela Companhia." Interpretações diferentes justificam triplicar o preço? Generalidades e ausência de provas deram o tom sistemático das versões da empresa.

Depois de persistente resistência do governo e de partidos aliados, finalmente, em maio de 2009, o Senado criou uma CPI para apurar irregularidades na Petrobrás. A manipulação e o domínio do governo nos rumos da CPI, com o relator Romero Jucá (PMDB-RR) à frente, representaram a desmoralização política do Senado, humilhado e submisso aos interesses do governo de nada apurar e tudo esconder. A ponto de o ex-presidente Fernando Collor, aliado do governo, apresentar relatório paralelo reclamando por graves e sérias investigações que não foram feitas.

O Senado foi um fiasco. Mas, no papel de fiscalizador da aplicação de dinheiro público, o TCU fez o seu trabalho: identificou irregularidades nas Refinarias Abreu Lima (PE) e Presidente Vargas (PR), no Terminal Portuário de Barra do Riacho (ES) e no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. Ouviu os argumentos da empresa, não foi convencido e recomendou o veto de verbas às obras suspeitas. Mas Lula derrubou o veto e as obras suspeitas continuarão desviando dinheiro. Este é o mistério da Petrobrás: por que não investigar as fraudes? Para onde vai o dinheiro desviado?

Beleza Urbana

Plebiscito de araque

A estratégia de dar conteúdo plebiscitário à campanha eleitoral, sustentada por Lula e PT, está em contradição com o próprio diagnóstico presidencial a respeito destas eleições.

Há algumas semanas, o presidente sublinhou, como aspecto positivo – e indicador de nossa evolução política –, o fato de não haver candidatos de direita. Todos, na sua ótica, seriam progressistas. E isso seria bom.

Mais de uma vez, elogiou a qualidade de cada candidato. De fato, todos – Dilma, Marina Silva e José Serra - vieram da esquerda.

Só Ciro veio da direita. Foi filiado à Arena, partido de sustentação ao regime militar. Mas já fez seu mea culpa e profissão de fé pública no socialismo, com uma veemência rara. É socialista – e ponto.

Nesses termos, o plebiscito não tem cunho ideológico, na base do direita versus esquerda, mas tão-somente personalista, dentro dos padrões populistas mais ortodoxos.

Lula é o referencial. A eleição seria Lula versus “o outro”. O outro é Fernando Henrique Cardoso.

Nenhum dos dois, porém, é candidato. O embate, em princípio, será entre José Serra e Dilma Roussef, que têm biografias distintas dos seus patronos. Mas o presidente fala claramente nas duas eras: a dele e a de FHC. Povão versus elites.

A era dele, porém, naquilo que apresenta de êxito e substância doutrinária – a política econômica –, decorre da era anterior.

Dá-lhe sequência. Não é casual que, à frente do Banco Central, esteja um ex-tucano, Henrique Meirelles, trazido para a política por Fernando Henrique, que o fez candidatar-se a deputado federal em 2002.

Para sinalizar ao mercado que não mexeria na política econômica – e não mexeu -, trouxe um tucano para o Banco Central. Hoje, Meirelles, filiado ao PMDB, é um dos ícones da Era Lula, que sonha em tê-lo como vice na chapa de Dilma Roussef.

O outro ponto forte da Era Lula é o Bolsa Família, seu principal cabo eleitoral, que, além de lhe render popularidade, serve para demonizar os adversários, acusados de planejar sua extinção.

Ocorre que mesmo essa polarização é artificial e não resiste a um retrospecto. Quem aderiu ao sistema de bolsas foi o governo Lula, que antes o criticava.

Esse sistema chegou ao formato atual inspirado no Bolsa Educação, concebido nos anos 90 pelo então prefeito de Campinas, hoje já falecido, Roberto Magalhães Teixeira, do PSDB.

O então governador do DF, Cristovam Buarque, encantou-se com a idéia e a trouxe a Brasília. Fernando Henrique gostou e a adotou nacionalmente. Lula, ao contrário, repudiou-a.

São palavras dele, em 2000, disponíveis no YouTube: “Lamentavelmente, no Brasil, o voto não é ideológico, e as pessoas lamentavelmente não votam partidariamente. E lamentavelmente você tem uma parte da sociedade que, pelo alto grau de empobrecimento, é conduzida a pensar pelo estômago e não pela cabeça.

É por isso que se distribui tanta cesta básica. É por isso que se distribui tanto tíquete de leite. Porque isso, na verdade, é uma peça de troca, em época de eleição. E assim você despolitiza o processo eleitoral.

Você trata o povo mais pobre da mesma forma que Cabral tratou os índios quando chegou no Brasil, tentando distribuir bijuterias e espelhos para tentar ganhar os índios. Você tem como lógica a política de dominação, que é secular no Brasil.”

O projeto social de Lula, quando assumiu – e está no discurso de posse –, era o Fome Zero, que não deu certo. O Bolsa Família reúne os programas da Rede de Proteção Social, concebido e conduzido por dona Ruth Cardoso, que incluía ainda itens como vale-gás e bolsa-alimentação.

Fundiu-se tudo num rótulo novo e ampliou-se o número de beneficiados, etapa seguinte à implantação da idéia.

Não há, pois, nem mesmo na política assistencialista, o contraste indispensável aos plebiscitos, que é o choque de idéias ou projetos antagônicos.

O que há é a velha luta por cargos entre PSDB e PT, cuja origem é São Paulo, berço de ambos. São os irmãos Karamazov da política brasileira. Não se entendem, mas se parecem.

O tom plebiscitário artificial que se quer impor à campanha serve, como dizia Lula em 2000, para “despolitizar o processo eleitoral” e manter “como lógica a política de dominação”.

A massa, atenta ao Bolsa Família, continuará a “pensar com o estômago”, já que as questões mais relevantes estarão à margem dos debates.

Pior para os debates. Pior para o eleitor.



Ruy Fabiano é jornalista

Retrospectiva 2009


A volta dos que não foram

Dirceu, Genoino e João Paulo Cunha dentre outros foram indicados para o Diretório Nacional do PT. O ex-ministro da Casa Civil se depara com colegas de partido dispostos a endossar sua volta no mais alto estilo. Réu no processo que tramita no Supremo Tribunal Federal para apurar o escândalo do mensalão, Dirceu desdenha dos seus críticos e conta com uma legião de fiéis seguidores. Os Dirceuzistas espalhados por todo o Brasil ocupam cargos no PT, em órgãos públicos, sindicatos e ONGs.

GPS NA CALCINHA!

O mundo da localização por GPS não se limita somente aos navegadores veiculares, dispositivos de aventura, smartphones ou rastreadores em carros ou caminhões. Aos poucos, a tecnologia GPS se expande para diversos mercados e aplicações, entre elas a do rastreamento portátil.
Jaquetas, notebooks, coletes salva-vidas e coleiras para cachorros são alguns itens que já possuem rastreamento por GPS, seja para segurança própria, da família ou mesmo para vigilância alheia.
A novidade da vez é a lingerie com GPS. Isso mesmo. Um pequeno dispositivo de recepção GPS é instalado na lingerie, que fornece a localização e visualizada pela internet, na qual o usuário pode acompanhar a movimentação da mulher que estiver sendo rastreada.
“O rastreamento portátil já é utilizado para rastrear pessoas com Alzheimer ou mesmo cachorros. Em conversas com a empresa LindeLucy, surgiu a idéia de acrescentar o rastreador nas lingeries. A idéia evoluiu e surgiu a lingerie com GPS”, explica Theodoros Megalomatidis, da empresa FindMe, desenvolvedora da solução.
O dispositivo pode ser instalado em três locais diferentes da lingerie, de forma discreta e praticamente imperceptível. E a utilização vai depender do casal. Pode ser apenas por segurança ou para os ciumentos que querem saber por onde anda a dona da peça.
A lingerie com GPS foi apresentada na Fenit (Feira Internacional da Indústria Têxtil), que acontece até o dia 20 de junho, em São Paulo. “A procura tem sido muito boa. O estande da LindeLucy está bem localizado e as pessoas ficam curiosas querendo saber mais sobre o produto”, garante Megalomatidis.
Para ter essa tecnologia, o comprador ou a compradora terá que pagar cerca de 4 mil reais, além de uma taxa mensal para ter o serviço de rastreamento. Resta saber se as mulheres vão gostar do presente.
BLOG DO CELSÃO

Dar asas à imaginação

Dar asas à imaginação eis um imperativo necessário para nossa saúde mental. Nosso ser necessita viajar, alongar distância, mesmo que não saiamos fisicamente do mesmo lugar.
A nossa imaginação é capaz de produzir prodígios, alguns simplesmente maravilhosos, outros até relativamente simples, mas portadores de energias poucas vezes despertas.
Imagine o que você seria sem a sua imaginação?
Sem a imaginação parecemos um vegetal em busca de um lugar para fazer as necessidades primitivas. Viver entre pessoas pouco imaginativas também nos cobra um preço elevado. Nesse ambiente só sobrevivemos descendo ao mais simples itinerário da repetição do mesmo.

E nada mais perverso para a nossa vida do que a repetição do mesmo, esse é capaz de tornar a nossa vida um verdadeiro fardo, difícil de carregar.

Invictus - Tráiler (Español)

Anistia aos faltosos

Todos deveriamos ser mais tolerantes com os erros dos nossos semelhantes. Quantas vezes somos implacáveis com que faltou. Deveriamos conceder uma anistia vez por outra, aqueles que eventualmente nos incomodam e nos deixam amuados, quando não até magoádos.


Comitê central

Dora Kramer

Se a realização de uma reunião entre o presidente da República e seu ministério em uma das residências oficiais da Presidência, a Granja do Torto, em que dos 14 pontos abordados 12 são de caráter político-eleitoral, não é uso da máquina pública, difícil definir o que seja abuso de poder.

Decisões de governo propriamente ditas foram anunciadas duas: a alteração da previsão de crescimento do PIB de 5% para 5,2% e o anúncio lançamento do PAC 2 para fim de março. Nada que precisasse da moldura de uma reunião ministerial para ser dito.

Mas o cenário imponente foi usado ao molde da necessidade do presidente Luiz Inácio da Silva em exibir todo o seu peso como cabo eleitoral da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Deu o recado: é o governo em ação.

E explicitou tarefas, uma a uma, à vontade como se estivesse no comitê central da campanha à própria sucessão.

No centro da mesa, rodeado de ministros, Lula avisou que quer mesmo uma eleição plebiscitária. Ponto um.

Ponto dois: afirmou que o lema será "quem sou eu contra quem és tu". Por "eu e tu" entenda-se Lula e Fernando Henrique Cardoso. Uma maneira de o presidente não apenas se aproveitar da situação desfavorável a FH nas pesquisas, mas principalmente de conferir ao governador José Serra o status de pupilo, procurando igualá-lo a Dilma.

Ponto três: insultou o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, porque ele teve a ousadia de dizer que se seu partido ganhar a eleição vai acabar com essa história de chamar cronograma de obras de governo de PAC.

Ponto quatro: pediu a Dilma que faça uma campanha de alto nível.

Ponto cinco: orientou os ministros para que fiquem longe do tiroteio eleitoral.

Ponto seis: determinou a todos que tenham na ponta da língua dados para rebater os ataques da oposição.

Ponto sete: informou que Dilma fica no governo até 3 de abril e determinou aos demais ministros candidatos que façam o mesmo.

Ponto oito: informou que em breve vai conversar com Ciro Gomes sobre a candidatura dele a presidente.

Ponto nove: lembrou que o governo perdeu a eleição no Chile porque se dividiu.

Ponto 10: ordenou ao ministro da Fazenda e ao presidente do Banco Central que falem sobre dados que afetam a vida das pessoas e evitem a macroeconomia, tema de difícil entendimento para o eleitor médio.

Ponto 11: lançou o vice-presidente José Alencar candidato ao Senado por Minas.

Ponto 12: comunicou que Dilma continua estrela do PAC, mesmo no palanque.

Ponto final: se isso não é uso da máquina pública em prol de interesse particular, Deus nos livre do momento em que a coisa apertar e o abuso começar.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Banho Rápido

Com um amigo desses!

Leio na Internet a notícia de que a candidatura Ciro Gomes está morta. Seu principal coveiro foi o aliado e amigo Luís Inácio Lula da Silva. Com um amigo desses!

Filosofia: corporações e fascismo

O futebol da política (21/01)

Do Blog do Alon:
A vantagem do PT é a confiança transmitida pelo técnico. Já no outro vestiário, diferente das temporadas anteriores, a ordem é ganhar ou ganhar

O ano começou quente, com as primeiras escaramuças entre PT e PSDB. O forte do petismo nesta largada eleitoral é a disciplina tática. O roteiro está bem assimilado e o time toca de ouvido. O meia nem precisa olhar para lançar: ele sabe que o atacante estará, como dizia o Capitão Coutinho, no ponto futuro. Entre os tucanos, assoma a disposição de luta, uma novidade em relação às últimas duas campanhas presidenciais.

É quase inacreditável, mas desta vez o grupo da oposição parece estar mesmo unido, fechado em torno do objetivo.

Equipe bem-treinada, comandada pelo melhor técnico do país, o PT vem sendo mais eficiente nos primeiros minutos de jogo. O PSDB deu o pontapé inicial e foi para o ataque, em entrevista do presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE). Ele disse que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) é em boa medida ficção, e deve acabar. Disse ainda que, se for eleito, o candidato tucano vai corrigir o câmbio, para dar competitividade às exportações brasileiras e gerar mais empregos.

Fechadinho lá atrás, o PT retomou a bola e contra-atacou. A candidata Dilma Rousseff ganhou de graça o discurso “eles querem acabar com o PAC” e não desperdiçou a deixa. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, pediu aos tucanos que esclareçam como e quanto mexeriam no câmbio — um assunto sempre delicado, especialmente por causa da inflação. E o presidente da sigla, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), acusou os adversários de “descontrolados”, antes de desafiar para o “debate programático”. Na prancheta do petismo, isso significa emparedar o PSDB na defesa do governo de Fernando Henrique Cardoso. Uma situação de jogo muito temida no vestiário da oposição.

Mas o placar continua zero a zero, com as torcidas ainda sob o impacto do resultado de outra partida, no Chile, onde o time favorito, que tinha tudo para ganhar, perdeu. Futebol é mesmo 11 contra 11, e quando menos se espera confirma a velha imagem da caixinha de surpresas.

A vantagem do PT é a confiança transmitida pelo técnico. Ele sempre foi um profissional respeitado, mas carregava alguma fama de pé-frio. Como acontecia com outro sujeito só aparentemente simplório, o Telê Santana. Depois que o professor Luiz Inácio Lula da Silva colocou duas vezes a mão na taça, as gozações, muito comuns nesse esporte, ficaram para trás. Agora o problema é outro, diametralmente oposto: o “já ganhou”. Nas entrevistas, até que os jogadores petistas dizem respeitar o adversário, mas quem conhece futebol, e frequenta o ambiente da concentração, anda com a pulga atrás da orelha.

Até porque no outro vestiário a ordem é ganhar ou ganhar. Nas temporadas anteriores houve muito estrelismo, aquela coisa de um time ter craques mas não render dentro de campo. Muita gente jogando só com o nome, com as glórias passadas. Embaixadinha em treino. Uma estrela recusando passar a bola para a outra. Fofocas e cornetagens à vontade. Jogador procurando jornalista para falar mal do companheiro. Coisa feia.

Agora mudou. Por quê? Se o desafiante amargar mais um fracasso, o terceiro consecutivo, os patrocinadores ameaçam cair fora, antecipando a aposentadoria de uma parte dos jogadores do PSDB e do Democratas, e obrigando outros a buscar um lugarzinho no banco de reservas do adversário. Ou então recomeçar do zero, talvez indo para um time pequeno. Ou mesmo para a segunda divisão. Situação chata para ex-campeões.

Falta só definir o plano de jogo, a tática. Na oposição existe quem defenda que o ataque agora é a melhor defesa, porque o adversário não é lá essas coisas. As vitórias recentes do PT? Sorte, facilitada pelas desavenças no outro vestiário. Mas há também os gatos escaldados, que preferem a estratégia da segurança, pois a partida está só no começo, ela dura 90 minutos, fora os acréscimos, e vai acabar apenas no apito final do juiz.

Será um jogo legal de ver, com audiência recorde garantida. Quem gosta de futebol certamente vai apreciar o espetáculo. Já quem é torcedor muito fanático vai ter que cuidar do estômago e, principalmente, do coração.

Coluna (Nas entrelinhas) publicada nesta quinta (21) no Correio Braziliense.

Abelharuco (Merops apiaster)


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O presidente Lula voltou a dialogar com os movimentos sociais

O presidente Lula voltou a dialogar com os ditos movimentos sociais, e de forma mais intensa, o MST por exemplo já disse que fará campanha contra Serrra. Em breve dirão que para evitar o pior vão acabar apoiando Dilma, e será um bom reforço, pois o MST tem uma organização nacional capaz de cabalar muitos votos para a candidata Dilma. E as critícas ao governo ficam para depois das eleições, essa tem sido a tática do movimento, apóia e critica a isso eles chamam de acúmulo de forças.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Viviane Araújo e Priscila Pires


Quanto vale um guarda-chuva?

Um automóvel, sem combustível, torna-se imóvel, mesmo sendo um fusca, mesmo sendo do João dos sonhos azuis...

Num destes dias cinzentos na vida deste sonhador, precisando sair a pé na chuva, com uma pasta rechonchuda nos braços que parecia pesar uma tonelada, nosso protagonista passa o tempo a queixar-se da vida e filosofar... Fez um desses empréstimos consignados que penduram a maioria do povo assalariado. O cara do banco garantiu-lhe que o dinheiro estaria em sua conta na sexta-feira, mas já era quinta da outra semana e o extrato só mostrava uma sequência de zeros no saldo disponível... Por conta disso, deixou atrasar aluguel, boletos e mais boletos que não querem saber como está a vida financeira do devedor, se ele tem família, se o carro quebrou ou ficou sem gasolina, se o aluguel não foi pago, se falta leite para seus filhos, se o “pão nosso de cada dia” não frequenta sua mesa, se a falta de dinheiro tira-lhe a dignidade e a alegria de viver num mundo capitalista selvagem, desumano e cruel para os pequenos, porém muito generoso para os que já têm de sobra por conta da mais-valia...

Andava ele na chuva com vento, debaixo de um guarda-chuva tamanho família com dois aros descosturados, molhando os pés, a pasta e metade do tronco; descendo a ladeira, pensando como tudo seria diferente se os ricos ganhassem menos às custas dos trabalhadores como ele, se o proletariado fosse valorizado como grande realizador do milagre da produção, se tivesse um salário digno que cobrisse todas as despesas essenciais e lhe fizesse valer o direito à saúde e ao lazer garantidos na constituição...

Conversava com seus botões sobre: como tudo seria melhor se a renda fosse distribuída com menos diferenças, se todos fossem iguais perante a lei, outro direito garantido pela constituição, se existisse a vontade sincera dos governantes voltarem seus olhares realmente par ao povo e não para as próximas eleições, se a escola pública tivesse toda a qualidade que as autoridades pregam baseadas em cascas de escolas mal-construídas e abandonadas pelo poder público logo depois da inauguração...

Tudo isso pensava João dos Sonhos Azuis, na ausência do fusquinha da mesma cor de seus sonhos enquanto encharcava-se de H2O que caía do céu em abundância junto com suas esperanças de uma sociedade mais justa e igualitária e o guarda-chuva tamanho “extra G” não dava conta...

Aproxima-se um cidadão de calça azul-marinho, boné da mesma cor e camisa amarela... Era um carteiro, também estava a pé, debaixo do mesmo céu carregado de nuvens pungentes, despejando água sem dó nem piedade, mas este, pelo contrário, sem nenhuma proteção. O jovem enxuga os olhos que se dirigem ao João e fala com um sorriso que oscila entre o hilário e o irônico:

Cara, que inveja que tenho do teu guarda-chuva!...

O funcionário dos correios sobe o resto da rua seguido pelos olhos arregalados do João... Aquilo contorce seu cérebro queixoso que chega a seguinte conclusão: Parece que a situação momentânea que vivia, era menos grave do que parecia e que a luta por valorização do ser humano e respeito a dignidade não pode ser algo isolado. Percebeu então que seus sonhos azuis não eram só seus, mas de toda uma classe massacrada pelo sistema elitista em que está inserido... e se todos os sonhadores se unissem, fariam de seus sonhos uma vitoriosa realidade...

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Jornal Informe – O diário Regional

Charge


Eu já tentei

Eu tentei assistir ao BBB sem ter motivos para falar mal depois... Não consegui... Busquei entender o que se passa na cabeça de quinze desocupados que se submetem à clausura vigiada (e nada santa) em nome de um milhão e meio de reais... Motivo suficiente para roubar, enganar, mentir, jogar... Tudo isso, diante de milhões de telespectadores que se submetem à alienação do reinado da poderosa do “Plim!Plim!”, votando nos componentes do zoológico humano, gastando seu rico dinheirinho em ligações e pagando o prêmio do feliz ganhador, que além da grana, leva para casa o troféu moral da bestialidade humana do século vinte e um...

“Mas vale a pena, por um milhão e meio de reais!”... Me dizia uma fã do “bestialit-show”... Concordo plenamente. Claro que vale a pena, principalmente quando se tem um cérebro “bostificado", que só pensa em riquezas materiais e esquece dos valores morais e humanos... Dinheiro vem e vai com uma facilidade fugaz, porém uma vez perdidos os valores morais, dificilmente se recuperam. O problema é que, por conta destes programinhas xeretas, existe uma valorização exagerada da banalidade e do exibicionismo... Não consigo acreditar que uma pessoa realmente talentosa e inteligente, necessite exibir sua vida em todos os detalhes para toda uma nação televisiva... O jeito é mudar de canal... Mas quando meus dedos passeiam pelo controle remoto encontram imitações piores ainda que o original: Ensaio do capitalismo selvagem através de uma disputa de lucros, pessoas trancadas e torturadas em nome do dinheiro... É! Parece que o negócio é desligar a TV e ligar o computador... Mas minha indignação ainda transparece através do teclado quando produzo estas palavras...

Tentei... Tentei mesmo seguir o esteriótipo de professor que, segundo alguns entendidos é aquele que funciona: Tentei amarrar a cara ao entrar na sala de aula a fim de impor respeito, mas quando me deparei com um grupo de adolescentes e jovens ativos, ou querendo atuar de forma positiva no seu meio, meu coração percebeu que tratava-se de seres humanos, iguais a mim, precisavam e mereciam respeito...

Quando tento esquecer o sorriso e os abraços na escola, sempre tem alguém que pergunta: “O que houve, professor? Não está bem?”... Na verdade, não estarei bem toda vez que deixar de ser eu mesmo para seguir padrões ridículos impostos por algum mal-amado, que cultua a “psicologia do cagaço” na escola... A solução é dar ouvidos ao coração, pois quando o professor ensina com sentimentos, o aluno sente o que aprende e aprende o que sente... Afinal, tudo o que é emocionante é inesquecível...

Desiludido, tentei deixar de acreditar no amor, mas ao perceber que o amor transforma as pessoas, seja ele da forma que for, desisti de tentar... Só por amor, alguém atravessaria o país mais pobre das Américas e escavaria os escombros com as próprias mãos para salvar a esposa soterrada pela fúria da natureza... Só o amor levaria alguém, com diploma de medicina a renunciar toda a fortuna que isso a proporcionaria, criar uma instituição como a Pastoral da Criança, para cuidar dos valores mais sublimes da família, principalmente a vida dos pequeninos e morrer trabalhando na própria obra que continua, agora com mais afinco...

Para mim, só resta uma solução: Desistir... Parar de tentar obedecer aos padrões fétidos da humanidade desumana e seguir o coração da humanidade humana... Apesar do pleonasmo, penso que este seja um dos caminhos para a felicidade: ser autêntico...

Márcio Roberto Goes

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Gato que pegava ônibus sozinho morre atropelado na Inglaterra

Do G1, em São Paulo
Casper sentava no mesmo banco dentro do ônibus Número 3. O gato Casper, de 12 anos, era conhecido em Plymouth, na Inglaterra, por pegar diariamente o mesmo ônibus, no mesmo horário, ao longo de quatro anos. Segundo reportagem do britânico "Daily Mail", o animal morreu atropelado por um carro enquanto tentava entrar no ônibus da linha Número 3.

O MAL, O BEM E MAIS ALÉM - FLÁVIO GIKOVATE PARTE 9

OInaTV(6/6)-Venezuela-Guerra Civil Midiática-17/11/2009

OInaTV(5/6)-Venezuela-Guerra Civil Midiática-17/11/2009

OInaTV(4/6)-Venezuela-Guerra Civil Midiática-17/11/2009

OInaTV(3/6)-Venezuela-Guerra Civil Midiática-17/11/2009

OInaTV(2/6)-Venezuela-Guerra Civil Midiática-17/11/2009

OInaTV(1/6)-Venezuela-Guerra Civil Midiática-17/11/2009

Matéria sobre bin Laden em 1999!!!

John Kennedy: O Mistério Continua - CBS TN Brasil

Camargo Corrêa

Relatório da Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, revela que a empreiteira Camargo Corrêa supostamente pagou propinas no valor de R$ 2,9 milhões ao PT e PMDB, principais.

Beleza urbana


Rio 2016

Que bela noticia

deu em o estado de s.paulo
Dirceu tem apoio até para voltar à Executiva do PT

Com Genoino, João Paulo Cunha e outros mensaleiros, ex-ministro foi indicado para Diretório Nacional petista

De Clarissa Oliveira:

Prestes a retornar ao Diretório Nacional do PT, depois do caso do mensalão em 2005, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu já se depara até mesmo com colegas de partido dispostos a endossar sua volta à Executiva Nacional da sigla. Réu no processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar o escândalo, Dirceu foi descrito pela Procuradoria-Geral da República como "chefe da quadrilha" que operava o esquema. Desde então, submergiu para os bastidores da articulação política da sigla e do governo.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O PT deveria conversar com Ciro

O pré-candidato socialista detém uma característica que o distingue na geleia geral da política: tem ideias para o Brasil


O DISCURSO pronunciado por Ciro Gomes no plenário da Câmara dos Deputados na terça passada (15/12) abre uma oportunidade que não deveria ser desperdiçada pelo Partido dos Trabalhadores.
Vocalizando o crescente mal-estar com respeito ao comportamento do partido comandado por Michel Temer, Ciro acaba por tocar em ponto nevrálgico da situação atual, com possíveis reflexos de longo prazo, ao dizer à Folha que "a coalizão PT e PMDB tem feito mal ao Brasil".
Ciro Gomes não é um político tradicional. Em que pesem aspectos tipicamente personalistas, como a simpatia por Aécio Neves, que contrasta com a simétrica antipatia que devota por José Serra, o pré-candidato socialista detém uma característica que o distingue na geleia geral da política: tem ideias para o Brasil. Certas ou erradas, elas introduzem no debate elemento que o distingue da mera barganha entre interesses particulares.
Nos últimos 15 anos, Ciro buscou ocupar o espaço deixado vago com o deslocamento peessedebista em direção à direita do espectro ideológico.
Originário do campo tucano, decidiu se opor ao viés neoliberal que o governo Fernando Henrique imprimiu ao país e ao PSDB, criado em oposição ao fisiologismo do PMDB.
Vale recordar que numa conversão, à época chocante e inesperada, FHC optou por uma aliança com o então PFL (hoje Democratas) na disputa presidencial de 1994. Tal junção descaracterizou o PSDB, como a de hoje com o PMDB ameaça o PT. Menos pelas concessões programáticas que acarreta do que pela falta de conteúdo que implica.
Desde há muito o PMDB deixou de ter apego a um programa. Talvez uma análise minuciosa mostre que o ciclo programático do partido se esgotou quando promulgada a Constituição de 1988. Desde então, a sigla se transformou em um condomínio de lideranças regionais, com as mais diversas inclinações.
A ausência de um ideário comum possibilita maior flexibilidade na ocupação de espaços de poder. Tanto apoia a opção neoliberal do segundo mandato de Fernando Henrique quanto o caminho desenvolvimentista do segundo mandato de Lula. Nunca se ouviu falar de um debate interno ao partido sobre os diferentes projetos que tais governos representam.
Diferentemente, mesmo em meio às transformações que o lulismo tem causado, o PT mantém um vínculo com a tradição que o orientou por mais de 20 anos. O terceiro congresso do partido, realizado em 2007, reafirmou o caráter socialista da sigla e as manifestações da direção partidária ao longo dos últimos dois anos foram sempre no sentido de orientar o Brasil para um modelo pós-neoliberal.
Não deverá ser diferente o programa proposto para a candidatura Dilma no quarto congresso, a ser realizado em fevereiro próximo.
Muitos poderão dizer que são apenas palavras. Mas elas têm consequências práticas. Basta ver a ação dos ministros e parlamentares do PT durante o governo Lula.
Diante das alianças que darão suporte à postulação de Dilma, o PT deveria ser coerente com essas orientações. Consciente de que não tem a maioria dos votos no país, é correto buscar uma aproximação com outras correntes, sabendo que aliança se faz com aquele que pensa diferente.
Mas, para um partido de esquerda que deseja compor uma frente eleitoral, o diálogo esperado é com os vizinhos, sejam de centro-esquerda, como o PSB e o PDT, sejam de esquerda, como o PSOL, o PC do B e o PV de Marina Silva. Pular sobre essas forças para unir-se ao PMDB sem discussão programática alguma é negar o sentido ideológico da escolha.
As razões para priorizar o PMDB não são desprezíveis. Elas atendem ao frio cálculo eleitoral. Deixar os cinco minutos de TV e várias seções estaduais peemedebistas nas mãos de Serra pode ameaçar a vitória nas urnas em outubro de 2010. Assim, é preciso estar consciente de que abrir uma temporada de conversas com a esquerda e a centro-esquerda, que poderia resultar na candidatura de Ciro a vice de Dilma, representa uma trilha ousada. Seria, contudo, uma lufada de ar fresco em um ambiente de sufocante ausência de propostas.
A sugestão presidencial de uma lista tríplice a ser enviada pelo PMDB para escolha do vice e a fala de Ciro na Câmara apontam para o mesmo perigo. O de que a candidatura Dilma seja envolvida por tal realismo que termine por negar os princípios que deseja representar. Mesmo com as incoerências passadas e presentes de Ciro Gomes e do PSB, eles ainda são uma chance que resta ao PT para impedir que o sistema partidário evolua em uma direção pasteurizada que não interessa à sociedade brasileira.


ANDRÉ SINGER, 51, é professor do Departamento de Ciência Política da USP. Foi secretário de Redação da Folha e secretário de Imprensa e porta-voz da Presidência da República (governo Lula).

Lula agradou

O Lula foi ao Fórum Mundial em Porto Alegre e lá o mandarário maior da nação aparentemente agradou.

Café-com-leite

"... o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) não passa de café-com-leite para os petistas. Afinal, Suplicy já se declarou pré-candidato ao governo paulista, mas ninguém ouviu ou o levou a sério. Neste caso, estão revogando a candidatura por ele.
Roberto Jefferson"

País já enfrenta falta de mão de obra

Raquel Landim

O mercado de trabalho foi um dos últimos a se recuperar da crise, mas o medo de perder o emprego já é passado para os brasileiros. Empresas, comércio e serviços não só voltaram a contratar, como falta trabalhadores com qualificação suficiente para preencher vagas. Empresários e analistas temem a repetição do "apagão de mão de obra" de 2008, o que comprometeria o avanço sustentável da economia.

"Toda vez que o Brasil cresce 4,5% ou mais, falta mão de obra qualificada", disse o professor da Universidade de São Paulo José Pastore, especialista em trabalho. No mercado, prevê-se que o Produto Interno Bruto (PIB) suba de 5% a 6% este ano. O déficit de trabalhadores qualificados é preocupante na construção civil, mas ocorre também no agronegócio, na saúde, em hotéis e até em alguns ramos da indústria.

Uma estimativa da consultoria LCA, com base no Cadastro Geral de Trabalhadores (Caged) e na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), aponta que o número de brasileiros empregados atingiu 32,28 milhões em novembro de 2009, 1,1 milhão a mais que em outubro de 2008, antes da crise, quando o problema de falta de mão de obra qualificada era grave. Em dezembro, com a demissão dos temporários contratados para o Natal, caiu para 31,87 milhões, 685 mil a mais que antes da crise.

Há uma diferença entre os setores. Na construção, no comércio e nos serviços, o número de empregados supera o nível anterior à crise. Na indústria, há 289 mil pessoas sem emprego em relação a outubro de 2008. "Tem um estoque de trabalhadores qualificados à disposição no setor", disse o economista da LCA Fábio Romão. Ele prevê que a indústria retomará o nível de antes da crise em meados do ano.

"Em alguns meses, teremos falta de mão qualificada geral", prevê o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva. A situação promete disputas acirradas nas negociações salariais.

O sócio-diretor da MB Associados José Roberto Mendonça de Barros afirma que a falta de qualificação da mão de obra aumenta o custo das empresas porque eleva os salários e os gastos com formação. Ele acredita que esse será um fator de pressão para a inflação em 2010.

No Brasil, existem 8,6 milhões de desempregados, mas falta mão de obra. O problema está na educação. O brasileiro estuda, em média, cinco anos, ante 12 do americano e 11 do japonês. Mas as empresas exigem ensino médio na hora de contratar. "Só contratamos "japoneses", mas os nossos "japoneses" são poucos", disse o diretor de relações institucionais da Confederação Nacional da Indústria, Rafael Lucchesi.

Para o chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Neri, o problema se "retro-alimenta". "O mercado é o canto da sereia para os jovens, que vão trabalhar sem qualificação suficiente."

Educação - 1 - PTE (Pensamento Tecnocrático em Educação)

Entrevista com Fernando Haddad

Morte Súbita de Ministro da Educação?

Desmontando o discurso do ministro Fernando Haddad 3

Desmontando o discurso do ministro Fernando Haddad 2

Desmontando o discurso do ministro Fernando Haddad 1

Os 10 Governadores mais populares do Brasil em 2009

1º. Aécio Neves (PSDB) - Minas Gerais: média 7,5 de popularidade
2º. Eduardo Campos (PSB) - Pernambuco: 7,5
3º. Cid Gomes (PSB) - Ceará: 6,7
4º. José Serra (PSDB) - São Paulo: 6,6
5º. Luiz Henrique da Silveira (PMDB) - Santa Catarina: 6,5
6º. Jaques Wagner (PT) - Bahia: 6,5
7º. Roberto Requião (PMDB) - Paraná: 6,4
8º. Sérgio Cabral (PMDB) - Rio de Janeiro: 6,1
9º. José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) - Distrito Federal: 4,8
10º. Yeda Crusius (PSDB) - Rio Grande do Sul: 3,9

Triste realidade

A polícia Civil do estado São Paulo, tem 3.313 delegados no total. Cerca de 800 são investigados pela Corregedoria, com suspeita dos crimes:

- extorsão,
- ligações com PCC (facção criminosa),
- enriquecimento ilícito,
- violência,
- prevaricação,
- mau uso de dinheiro público.

Paraíso à vista

A ministra Dilma andou falando que deseja conduzir os Brasileiros ao paraíso. Então vamos trabalhar porque estamos longe.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Os 10 Animais mais ameaçados de extinção

A ONG World Wildife Fund (WWF) divulgou a lista dos principais animais ameaçados de extinção no mundo. Abaixo você confere o ranking:

1º. Tigre
2º. Urso Polar
3º. Morsas
4º. Pinguim de Magalhães
5º. Tartaruga-gigante
6º. Atum Azul
7º. Gorila-das-montanhas
8º. Borboleta monarca
9º. Rinoceronte de Java
10º. Panda


De volta ao Rio Grande do Sul

O presidente Lula foi ao RS participar do FSM, já faz tempo que o presidente guarda um distanciamento suspeito com os gaúchos. O que houve?

Com cara de fim de feira

Augusto Nunes
Terminado o primeiro mandato, o presidente Lula inaugurou a reconstrução do Brasil Antigo ─ retoques, adereços embelezadores e demais complementos seriam providenciados até dezembro de 2010. No meio do segundo, inaugurou a exploração do pré-sal e declarou inaugurado o Brasil do Futuro. Só ficou faltando a transposição das águas do Rio São Francisco, problema liquidado no ano passado: durante a visita a canteiros de obras imaginários, o cara inaugurou a ideia de deixar para os próximos presidentes o cumprimento da promessa de D. Pedro II.

Tudo resolvido, avisou que no último ano da Era Lula o Brasil voaria nas asas do PAC rumo ao clube das potências. É verdade que dois terços das obras (federais, estaduais e municipais) prometidas em 2007 nunca saíram do papel. Também é verdade que o dinheiro supostamente liberado nunca chega ao destino. Mas a campanha eleitoral começou, e agora as coisas andariam.

Embora o país continue o mesmo, é compreensível que milhões de brasileiros tenham festejado o reveillón à espera do mais espetacular cortejo de inaugurações desde 1500. Continuam esperando, avisa o balanço de janeiro ─ reduzido a 15 dias porque nos restantes Lula e o isopor estavam na praia. O mês começou com a inauguração da pedra fundamental de uma refinaria da Petrobras no Maranhão. Pedras fundamentais sempre foram lançadas, nunca inauguradas ─ e sem tambores nem clarins. Inaugurar pedra fundamental é como inaugurar planta de prédio. Neste janeiro, o governo institucionalizou a inauguração do nada.

O mês que começou bisonho não vai terminar melhor. Na segunda-feira, a comitiva presidencial passou por por São Paulo e inaugurou outro PAC, seguiu para o Rio e inaugurou uma creche. Coisa rotineira em qualquer lugarejo, inauguração de creche dura menos de meia hora, tempo suficiente para o descerramento da placa, meia dúzia de palavras do prefeito e o agradecimento de um o parente do homenageado. Nesta semana, pela primeira vez a inauguração de uma creche foi estrelada pelo presidente da República e transformada pelos oradores em marca de estadista.

O prefeito Eduardo Paes decidiu no meio do falatório que Sérgio Cabral é o maior governador da história do Rio. Cabral decidiu que Mãe do PAC é pouco, e promoveu Dilma Rousseff a Rainha do PAC. Os três repetiram que nunca houve um presidente como Lula, que achou os elogios muito merecidos e prometeu voltar assim que pudesse. Para inaugurar uma creche, para inaugurar uma pedra fundamental ou para inaugurar o lançamento de outro PAC. Só em janeiro lançou o da Copa, o da Olimpíada e, há dias, o PAC das Enchentes. Generoso, quer permitir que o prefeito Gilberto Kassab faça em São Paulo o que o governo federal não faz no resto do Brasil, sobretudo em Santa Catarina.

O que há com Lula que não inaugura nada à altura do maior dos governantes desde Tomé de Souza? Não é possível que todas as hidrelétricas do PAC tenham sido paralisadas por bagres sabotadores. Nem que todas as rodovias em construção no papelório na bolsa de Dilma Rousseff estejam sob o domínio das pererecas terroristas. Alguma obra de bom tamanho deve estar pronta para o comício de praxe. Vale qualquer hospital que tenha escapado da lupa do Tribunal de Contas. Vale até cadeia de segurança máxima prometida em 2003.

A inauguração de miudezas vai engrossando a suspeita de que o PAC é apenas a maior das mentiras de Dilma. E começa a deixar este fim de governo com cara de fim de feira.

Direto ao Ponto

Deu na Folha de S. Paulo
Direto ao Ponto

De Sílvio Navarro:

As declarações de Lula, ao lado de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM), de que os recursos do PAC 2 (2011-2015) podem auxiliar no combate às enchentes serão repetidas por ele e incorporadas ao discurso da ministra-candidata Dilma Rousseff nas próximas agendas em São Paulo.

No PT, a avaliação é que projetos que amenizem o impacto das chuvas e investimentos na área de segurança são temas caros aos tucanos em ano eleitoral.

O Palácio do Planalto prepara nova passagem de Lula pelo Estado já na semana que vem. Além de São Paulo, ele irá a São Bernardo, onde anunciará R$ 5 milhões em verbas para segurança pública.

Eis a maior cidade do Brasil ontem: 26 de Janeiro de 2009


No Jardim Romano, um dos diversos bairros alagados em São Paulo, bombeiros precisam usar um carro anfíbio para ajudar moradores atingidos pelas águas.

Fome de voto

Você já viu esse filme. No que a eleição se aproxima, Lula, o filho do Brasil, começa a falar de fome. Vai dando nele um apetite danado.

O presidente brasileiro foi à FAO cuidar da sua imagem de bibelô internacional da miséria. Disse que foi retirante e que, quando chegou ao poder, encheu a barriga dos famintos com seus programas sociais. O mundo adora acreditar nessas fábulas.

Lula não matou a fome de um único brasileiro com seus programas sociais. Não há notícia de um só beneficiário do bolsa família que tenha deixado de passar fome por causa da mesada governamental. Não há indigentes com filhos matriculados e assíduos nas escolas.

Por que, nessas horas, Lula nunca fala do Fome Zero? Porque sabe que sua mágica populista era puro ilusionismo. Depois do vexame de inflar os números da desnutrição no Brasil, o presidente entendeu que o que encheu barriga dos brasileiros necessitados foi a política econômica – que ele herdou e da qual virou ortodoxo seguidor, embora insistisse na desonestidade intelectual da “herança maldita”.

Hoje, Ipea, FGV e demais instituições abduzidas pelo petismo espalham pencas de “estudos” sobre inclusão social, curiosamente sempre com corte temporal a partir de 2003. A vida melhorou com o presidente bonzinho, querem provar os acadêmicos de aluguel.

O que mais tirou gente da pobreza no Brasil nos últimos 15 anos (sim, o Brasil não começou há sete anos) foi uma coisa chamada política monetária – aquela que não sobe em palanque de Lula e do PT, primeiro governo da história a fazer oposição ao seu próprio Banco Central.

A esquerda gostava de acusar Pedro Malan de nunca ter recebido um pobre em seu gabinete. Esse nível de demagogia está intacto no discurso de Lula na FAO, acusando os governos de engordar o sistema financeiro e deixar o povo com fome. É aquele típico dilema entre ignorância e má fé.

Lula passou 20 anos dizendo que o país não pode pagar juro para banco enquanto houver gente faminta. Era a ética do calote. Conseguiu a proeza de abandoná-la no governo e mantê-la no discurso.

No auge da crise, chegou a dizer aos americanos que o Brasil podia dar aula de socorro aos bancos, porque já tinha feito isso com sucesso. Nesses tempos de copidesque da história (2003, ano zero), Lula quase vira o pai do Proer.

Com nova eleição no horizonte, fica cada vez mais claro que os famintos não precisam tanto de Lula quanto Lula precisa dos famintos.

Guilherme Fiuza

Educação


Ilhas Maldivas serão engolidas pelo mar em menos de cem anos

Ilhas Maldivas correm o risco de desaparecer

Meus amigos virtuais

Navegando pela Internet, como me ocorre de vez em quando, uma dúvida assolou meu cérebro irrequieto e curioso. Qual será o grande barato destes sítios de relacionamento? (Parece estranho, mas prefiro assim mesmo, em Português: sítio, em vez de site)... Por que uma pessoa expõe sua vida, deixando claras suas características e sua personalidade através de fotos, descrição de perfis e comunidades virtuais?

O ser humano é originalmente social, precisa viver em comunidade, relacionando-se com seus semelhantes, pena que estas relações, por vezes não são pacíficas... Provavelmente, estas característica foram remetidas para o mundo virtual, portanto, estamos diante da versão cibernética do relacionamento humano, com um detalhe: não existe olho no olho, abraço, carinho... Só palavras, que podem ser digitadas sem compromisso com a ética, ou com a reação imediata do interlocutor...

Apesar de ser a cópia da vida real, os sítios de relacionamento não conseguem melhorar as relações humanas, pois aproximam as distâncias, mas distanciam as proximidades. Quase ninguém mais recebe correspondências de próprio punho em datas especiais, só se vê cartões virtuais padronizados, enviados com um clic... Isso mesmo, pouquíssimas pessoas reservam um tempo para escrever palavras originais num cartão personalizado com um envelope caprichado a fim de presentear uma pessoa especial numa data especial... Ou seja, a maioria dos seres humanos tornou-se virtual, não reserva tempo para pensar e escrever o que realmente sente, ou o que realmente deseja para alguém marcante em sua vida...

Tenho dois perfis no Orkut, um deles já alcançou o limite máximo de mil amigos, o que me obrigou a criar um novo perfil. Quase todo dia recebo mensagens, porém poucas me revelam sinceridade. A maioria delas remete a alguma corrente imbecil que se eu quebrá-la, alguma coisa de mal vai me acontecer... Incrível! Acho que sou uma exceção, pois sempre apago todas as mensagens deste tipo sem encaminhá-las e até hoje não tive os sete anos de azar nem perdi nada que a corrente prometeu, só a chance de ter meu perfil copiado por algum pirata virtual que usá-lo-á para fins, não muito éticos...

Pois bem, fiz aniversário em dezembro e resolvi testar a qualidade da relação com meus amigos virtuais... Daquele perfil com mil amigos, tive cento e quarenta mensagens de felicitações por esta data tão importante, o que pelos meus cálculos, corresponde a catorze por cento dos meus amigos que clicaram em meu perfil na lista dos aniversariantes. Computando somente as mensagens originais, ou seja, aquelas em que meus amigos usaram o coração e o teclado em vez do ratinho ao lado do computador para clicar em uma mensagem pronta e enviar, este número baixa para quarenta e três, 4,3 por cento... Destes, além do recado no orkut, três pessoas me mandaram SMS, duas me ligaram e uma veio pessoalmente me dar um abraço... Quero deixar claro que não estou contando aqui aqueles amigos que encontrei por acaso, os familiares, alunos e os colegas de trabalho que inevitavelmente me encontraram durante o dia... A pessoa em questão se deslocou exclusivamente para me desejar felicidades com um abraço de “parabéns”... Lógico que o deslocamento não prova a verdadeira amizade, mas é uma grande pista dela...

Concluo que, de mil amigos virtuais, tenho só um físico e real que estará a meu lado em qualquer circunstância. Um resultado lastimável que reflete a realidade das relações humanas difundidas pela tal globalização que nos permite interagir com o planeta inteiro em tempo real, porém 0,1 por cento cultiva a verdadeira amizade, tão escassa na vida moderna...


Márcio Roberto Goes

www.marciogoes.com.br

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A LONGA NOITE DA ESQUERDA LATINOAMERICANA

O tipo de esquerda vigente na América latina, dificilmente pode corresponder aos sonhos mais generosos das esquerdas latino-americanas, em outros tempos. Visivelmente entramos em uma longa noite, onde nos contentamos com qualquer coisa que se assemelhe àquilo que sonhamos em outros tempos.
A esquerda latino-americana parece estar plenamente satisfeito com a sua síntese em uma prática populista-chavista. Já era os antigos ideais e sonhos. Foram todos ficando pelo caminho, simplesmente nos contentamos com o que temos, e o que temos é simplesmente extremamente medíocre sobre todos os pontos de vista.
Formalmente a região possui vários governos ditos de esquerda, mas nenhum deles espelha minimamente aquilo que foi sonhado pela esquerda em tempos mais edificantes.

Bela




GAROTO INTELIGENTE

A professora está tendo dificuldades com um dos alunos:

-Pedro, qual é o problema?

-Eu sou muito inteligente pra estar no primeiro ano. Quero ir pro o terceiro ano!

A professora recorre ao diretor e explicar o caso. Pedro fica na ante-sala. O diretor diz que vai fazer um teste e se o menino passar, ele vai para o terceiro ano.
Pedro entra na sala, diretor e professora explicam que ele passará por um teste e ele aceita:

-Pedro, quanto é 3 x 3.

- Nove.

-Quanto é 6 x 6.

-Trinta e seis.

A bateria de perguntas continua e o menino não erra nenhuma. Ao final, o diretor diz a professora que vai transferir Pedro pra terceira série. A professora diz que antes também quer fazer algumas perguntas:

-Pedro, o que a vaca tem quatro, e eu só tenho duas?

-Pernas.

-O que é que há nas suas calças que não há nas minhas?

O diretor arregala os olhos, mas não tem tempo de interromper...

-Bolsos.

-O que é que entra na frente da mulher, que no homem só entra atrás.

O diretor está quase tendo um treco... Olha pros os dois e prende a respiração...

-A letra M, fessora.

O diretor respira aliviado e diz à professora:

-Vou colocar esse menino no quarto ano! Eu mesmo teria errado as três últimas perguntas!

São Paulo hoje


Serra e Lula discutiram o assunto


Na eleição de 2002 Serra e Lula, ambos candidatos a presidente, discutiram soluções para as enchentes. Hoje um presidente e outro governador e São Paulo embaixo da água.

Não são mesmo hipócritas

Todos os partidos se preocupam em fazer um meio campo com as Igrejas para cabalar votos. Ao mesmo tempo todos eles dizem para o público que política e religião devem estar separados. Não são mesmo muito hipócritas, e as igrejas que aceitam quando não buscam essas aproximações?

Presidente Lula comparece ao Fórum Social Mundial

Presidente Lula comparece ao Fórum Social Mundial em Porto Alegre na expectativa de reatar laços com os movimentos sociais que o governo simplesmente ignorou nos seus sete anos de governo. E os líderes desses movimentos estão doidinhos para reatar com o presidente. Que pena se submeteram

Bela

Bela

Debate Eleitoral 2008 na Band - 1º bloco Ivan Valente

Debate Eleitoral 2008 na Band - 2º bloco Paulo Maluf X Ivan Valente

Bela

Lula disse que está preocupado com as enchentes em SP

O presidente Lula disse que está preocupado com as enchentes em SP. Parece piada, as enchentes tem afetado os Brasileiros de Norte a Sul, e agora o cara está preocupado. E a ênfase em SP seria mais uma jogada mesquinha para bater na oposição? Fazer política com o sofrimento do povo é uma rotina que nos acostumamos com perversa naturalidade.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O milagreiro

Pois depois de ter escolhido uma candidata sem carisma para disputar a presidência da república o presidente Lula parece obcecado pela idéia de torná-la popular. O presidente deve estar convencido que já atingiu o estágio em que pode fazer milagres.

CPI DAS ARÁBIAS

Tudo invenção da imprensa golpista

Presidente Lula afirma com convicção que não haverá corrupção nos gastos para a copa e as olímpiadas. Certo todos acreditamos, aliás no Brasil não tem mais corrupção [ é tudo invenção da imprensa golpista.

Fora da casinha

o PCO, Partido da Causa Operária, acusa os países ricos de usarem o envio de recursos para o Haiti para "conter uma onda revolucionária evidente que pode se espalhar para o país e para fora dele". Onda revolucionária evidente? Por isso que muita gente acha que os membros desse partido são meio fora da casinha.

Batalla de Okinawa 5/5

Batalla de Okinawa 4/5

Batalla de Okinawa 3/5

Batalla de Okinawa 2/5

Batalla de Okinawa 1/5

domingo, 24 de janeiro de 2010

Neve em Londres


Transporte



Velha tecla

A oposição de direita ao governo Lula voltou a bater na tecla que o Brasil possui excesso de funcionários públicos. Aliás nãoabandonaram esse discurso nunca. Será mesmo que o excesso de funcionário públicos é um problema no Brasil? Onde a oposição de direita governa porque não faz aquilo que prega?

TRADUTORA

Complot del Vaticano contra el Papa Juan Pablo I parte 2

Complot del Vaticano para asesinar a Juan Pablo I parte 1

Nicolás Maquiavelo 1/5

Chávez e os problemas venezuelanos

O presidente Venezuelano gasta tanto tempo gerando polêmicas pelo mundo, que acredito haver pouco tempo em sua agenda para cuidar efetivamente dos problemas venezuelanos.

Juan Pablo I . 01 Muerte Natural o asesinato ? ITL ZIA 126

Entrevista sobre o Curso de Relações Internacionais

Partidos de esquerda mantêm discurso "fora Lula do Haiti" após terremoto

RODRIGO VIZEU
da Agência Folha

"Fora já/Fora já daqui/Fora Bush do Iraque/e Lula do Haiti." Criado ainda na era pré-Obama, o grito de guerra que embala os protestos de partidos de esquerda brasileiros continua valendo após o terremoto que atingiu o Haiti na semana passada.

Por meio de sites e lideranças, legendas de base socialista como PSOL, PSTU e PCO mantiveram a campanha pela saída das tropas brasileiras do Haiti.

Entre as críticas, estão acusar o governo brasileiro de "imperialismo", de fazer uma "ocupação colonial" e de repetir os "crimes" praticados pelos Estados Unidos no Iraque.

A defesa do governo brasileiro de estender a presença das tropas e de aumentar o contingente de homens é classificada como "precipitada".

Para o líder do PSOL na Câmara, Ivan Valente (SP), não é o caso de as tropas deixarem o país agora devido à urgência da ajuda humanitária. Mas, após "a densa poeira do terremoto baixar", deve-se voltar a discutir a saída dos militares.

O deputado argumenta que a situação de insegurança que justificaria a atuação militar é exagerada por "agências de notícias ligadas aos grandes grupos de comunicação dos países capitalistas centrais".

"É evidente que existe crime, mas sob esse manto da manutenção da ordem, o que se quer é manter o povo haitiano sob uma tutoria, sem participação popular e incapaz de construir seu próprio Estado", afirma.

Para o presidente do PSTU, José Maria de Almeida, a missão chefiada pelo Brasil está a serviço da "exploração desumana que é feita pelas empresas multinacionais" instaladas no Haiti. Para ele, as tropas não servem para pacificar o país, mas para dar estabilidade para que as empresas de países ricos atuem por lá.

Pré-candidato à Presidência da República, Almeida vê, por trás da ajuda humanitária pós-tremor, o interesse dos Estados Unidos em controlar a reconstrução haitiana.

Já o PCO acusa os países ricos de usarem o envio de recursos para o Haiti para "conter uma onda revolucionária evidente que pode se espalhar para o país e para fora dele".

"A catástrofe criada pelo terremoto [...] abriu o caminho para que o movimento insurrecional tomasse a dianteira e retomasse a luta contra o governo pró-imperialista", afirma texto publicado no site do partido.

sábado, 23 de janeiro de 2010

As influências do mundo

As influências do mundo
O que fazer diante das influências do mundo? Rejeitar ou submeter-se? O bom senso dirá que o melhor é analisar cada influência a seu tempo e segundo as circunstâncias do momento.

Do Guevarismo ao Chavismo
A esquerda na América Latina já teve como paradigma o Guevarismo hoje tateia em torno de Hugo Chávez, é um caso típico de involução para pior. Para onde vamos nesse rítimo?

Prometeram um milhão de cisternas ao Bispo
O governo federal tentou enrolar o Bispo Cappio, ofereceu a construção de um milhão de cisternas no nordeste, isso em 2007. Mas ninguém mais fala nas ditas cisternas.

De novo nas manchetes
Hugo Chavez de novo nas manchetes, agora o homem resolveu intervir no comércio para controlar os preços, a quem garanta que o venezuelano não termina o ano no comando da venezuela.

Evitando o Pior
Os arrogantes e os prepotentes que circundam os palácios sempre devem nos precaver para estarmos em condições de evitar o pior.

Alma Brasileira
O Brasil é a pátria do adiamento permanente aqui se adia tudo, somos por definição adiadores de tudo. Depois nos lamentamos do clima dos furações, das mudanças climáticas, mas fazer o que deve ser feito nada.
Feliz Ano Novo para os Banqueiros
Nunca antes na história do brasil os bancos estiveram tão satisfeitos e felizes. 2010 promete ser mais um ano para os companheiros banqueiros encheram as burras de dinheiro.

PT paulista

Ainda tem gente no PT paulista achando que Marta Suplicy tem chace de se eleger governadora. Puxa são otimistas mesmo.

A TV PÚBLICA

''Democracia direta é impossível de realizar''

''Democracia direta é impossível de realizar''
Para Rodrigues, conceito que inspira conferências nacionais é forma de uma minoria organizada [br]mobilizar a maioria

Clarissa Oliveira

Usado para fundamentar as conferências nacionais promovidas pelo governo, o conceito de democracia direta ainda custa a ganhar a adesão de alguns estudiosos, a exemplo do cientista político Leôncio Martins Rodrigues. Para ele, a proposta não apenas é "impossível de ser realizada", como representa mais uma fórmula para que uma minoria organizada mobilize a maioria. Foi por trás da tese de contato direto de um líder com a população, argumenta, que nasceram ideologias como o fascismo.

Rodrigues admite que a democracia representativa carrega defeitos e se desmoraliza diante das sucessivas denúncias de corrupção. "Mas as deficiências, na minha opinião, são menores do que se teria na chamada democracia direta."

A exemplo do Plano Nacional de Direitos Humanos, textos surgidos em conferências nacionais causam polêmica. Mas eles representam o que a população quer?

A população tem muito pouca informação a respeito desses textos. Esse programa, em especial, nem membros do governo leram, nem o próprio presidente. E 99% da população não tem interesse, não sabe do que se trata. Há várias leituras possíveis. A primeira é como o programa se apresenta, prometendo atender à população, aumentar a democracia, só bondades. A segunda é o que o programa realmente buscava, antes da intervenção do Lula: aumentar o poder do Estado sobre a sociedade e a força da Secretaria de Direitos Humanos. Seguramente, a imensa maioria das propostas não seria levada à prática. Se fosse, significaria aumentar enormemente a burocracia, o número de empregados e complicar seu funcionamento.

O sr. diz que há uma vontade de aumentar o controle da sociedade pelo Estado. As conferências serviriam de justificativa para isso?

A atuação, valores e intenções de grupos e partidos da esquerda de tipo socialista levam à diminuição da iniciativa da sociedade - embora eles digam o contrário - e ao aumento do controle do partido sobre a economia e todos os aspectos da sociedade. Devemos entender o programa como parte de um esforço do setor de esquerda para impor uma hegemonia ideológica. A esquerda perdeu a guerra militar, mas está ganhando a guerra ideológica.

Essa guerra ideológica está sendo inserida nos textos das conferências nacionais com a roupagem de democracia direta?

Democracia é uma coisa complicada, não é fácil definir. Não há democracia total. A França, antes do governo Vichy, era um governo que dizíamos democrático. Só que mulheres não tinham direito de voto. Nos Estados Unidos, até 1961, 1962, diziam ser uma democracia. Havia restrições à participação dos negros. Vivemos no Brasil situações em que havia democracia, mas a maioria da população não votava. Essa ideia de democracia direta é impossível de ser realizada. A ação política é uma ação de minorias organizadas, que tentam mobilizar maiorias. Afirmam que falam em nome dessa maioria, mas é discutível. Por exemplo, a Comissão da Verdade é um simplismo. Um nome bonito, aparentemente nobre. Um pequeno grupo na luta revolucionária não lutava pela democracia. Queria impor o socialismo. Não sei como ocorreria na prática. Grupos de esquerda não se punham de acordo e provavelmente teríamos um conflito entre eles, como houve em países onde o regime socialista se instalou. Em parte em consequência do próprio retorno à democracia, está havendo uma hegemonia das ideologias de esquerda. No governo Lula é mais complicado, não houve revolução socialista. Para governar, é preciso compor com várias forças. Lula não era socialista, nunca foi. Sempre foi um pragmático. Grupos de esquerda que tinham participado da luta armada, foram presos, desmantelados ou se refugiaram no exterior e voltaram. E fazem pressão dentro do governo.

O presidente tenta dar voz a setores da esquerda que o apoiaram mas não são contemplados por políticas do governo? Afinal, o governo endossa textos que encontram resistência no próprio governo.

Parte das ideias do programa (de Direitos Humanos) responde à ideologia e a um modo de pensar de setores da esquerda. Há modismos no texto, análises chinfrins, primitivas. Uma nova elite de origem plebeia ascendeu com o Lula. Chegou ao poder vindo de baixo. Essa elite não eliminou a outra, ao contrário, fez acordos. Pelo impulso do Lula, que tinha consciência de que precisaria de acordos, com Sarney, Renan. Houve aproximação com a elite conservadora. Engraçado, não houve aliança com a elite moderna, intelectualizada, agrupada em torno do Fernando Henrique.

Mas o discurso da participação direta da população no governo é real ou é de fachada?

Existem certas tendências no PT que acreditam efetivamente que a democracia direta seria "mais democrática" do que a democracia representativa. Mas essa ideia do contato do líder direto com a população e a crítica à democracia representativa, ao parlamentarismo, foi a base do fascismo. O fascismo está muito ligado a isso, ao líder popular de classe média, como o Mussolini.

É uma forma de controle da massa sem intermediários?

Esse corpo intermediário, com regras definidas, nunca representa toda a população e sempre se pode encontrar falhas. Mas as deficiências, na minha opinião, são menores do que se teria na chamada democracia direta. A massa, no seu conjunto, é desorganizada. Se isso acontece, temos um líder com muito mais domínio sobre a população, sobre a massa, do que sobre o Parlamento. Tanto é que a primeira coisa que candidatos a ditador fazem é liquidar o Parlamento. Hitler fechou o Reichstag, Mussolini a Câmara de Deputados. Até na União Soviética a ideia era "todo o poder aos sovietes". Não aconteceu nada disso. Até agora, não se encontrou para a democracia solução melhor do que esses organismos intermediários, com todos os defeitos que possam ter. Infelizmente, no Brasil, representantes do povo são muito ruins. E revelações de corrupção contribuem muito para desmoralizar a democracia representativa.

Não é positivo buscar um equilíbrio, dar um elemento de participação popular adicional no governo?

Não sei. Às vezes, se pensa em recorrer a plebiscitos. O que se tem são minorias que tentam influenciar a população. Usadas com alguma moderação, essas formas de participação direta podem ter um papel importante. Mas o problema do Brasil não está nas leis. Está em fazer cumprir as leis. Penso que poderia ser importante que a população se manifestasse sobre alguns assuntos. Em outros, mesmo a opinião pública - um grupo mais qualificado ou informado - não sabe das coisas.

Programas nascidos das conferências nacionais têm incluído sucessivamente propostas de controle da mídia. Como o sr. reage?

Há uma forte tendência da esquerda em querer um controle da mídia privada. Para contrabalançar, são favoráveis a uma mídia controlada pelo Estado. Acho muito má essa ideia. Os proprietários privados não têm o poder que parecem ter. E, quando se fala em mídia estatal, ela está sob o controle de um grupo político. Não seria mau se pudéssemos ter alguma coisa como uma mídia estatal competente, como a BBC de Londres. Mas a ideia de que a imprensa privada, a mídia privada, jornais e televisão modelam o pensamento dos brasileiros é um equívoco.

joão-de-barro


Depois querem ser respeitados

Existe quem pense que a melhor forma de defender o governo Lula é ridicuralizar os seus críticos. Isso para muitos lembra aquilo que foi realizado nas nações do dito socialismo real. Depois querem ser respeitados.

Pássaro cantando



sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Narcisismo das pequenas diferenças

Léo Lince

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aproveitou a véspera do dia de finados para exercitar a sua condição anfíbia de sociólogo e político. O resultado foi o seguinte: aquele “tijolaço” que ele publica regularmente nos grandes jornais e ninguém lê, a não ser os que se obrigam a fazê-lo por dever de ofício, desta vez despertou interesse e até repercutiu entre alguns formadores de opinião. Um petardo político de duvidosa função.

A vantagem do anfíbio, Deus é justo, se atenua sempre na inevitável contrapartida: transita por distintos terrenos, mas com destreza diminuída em qualquer deles. As formulações desarticuladas do sociólogo sobre o “autoritarismo popular”, o “subperonismo”, o “poder burocrático-corporativo”, embora exponham (expressão usada por Elio Gaspari) “aspectos sombrios do poder petista”, não fecha o circuito de uma analise sociológica digna deste nome. Por outro lado, a iniciativa do político produziu um artefato pode ter sido um tiro de festim.

Ao confrontar dois trechos do artigo em pauta, qualquer cidadão percebe o impasse essencial do mal chamado “oposicionismo” tucano. Nas últimas linhas do primeiro parágrafo se afirma que: “tornou-se habitual dizer que o governo Lula deu continuidade ao que de bom foi feito pelo governo anterior (do próprio FHC) e ainda por cima melhorou muita coisa”. Sendo assim, porque questionar os pequenos desvios? Ele próprio responde: “cada pequena transgressão, cada desvio vai se acumulando até desfigurar o original”. Os termos que realçamos em negrito contraditam a espantosa conclamação final: “termino dizendo que é mais do que tempo dar um basta ao continuísmo antes que seja tarde”.

É claro que, depois da introdução marcada pelo mal disfarçado orgulho de quem procura evitar a desfiguração do “original”, o “basta ao continuísmo” soa inteiramente falso. Quem exalta o continuísmo e, ato contínuo, pede com ênfase um “basta” antes que seja tarde ao mesmo continuísmo, francamente, pede para não ser levado a sério. Tudo o que foi dito entre uma coisa e outra, mesmo que corresponda a fragmentos reveladores do esquema dominante, perde inteiramente o sentido.

Na realidade, Fernando Henrique e Lula, por uma série de fatores que só a vida pode reunir, se tornaram expressões distintas de um mesmo padrão de política. A mesma macroeconomia, a mesma nanopolítica, a mesma mixórdia nas alianças, a mesma lambança na governança, os mesmos dutos de financiamentos de campanha. O que eles disputam na verdade, como já declarou em outra ocasião o mesmo sociólogo, é quem hegemonizará o atraso e, portanto, será melhor operador do modelo dominante.

Um conceito do arsenal freudiano, que o saudoso Hélio Pelegrino usava para definir os intermináveis embates no interior da esquerda brasileira, talvez se aplique também para o simulacro de grossa desavença entre tucanos e lulistas. Oriundos da antiga esquerda e defensores do mesmo projeto, eles precisam demarcar campo na disputa eleitoral e, logo, ensaiam brigas animadas pelo narcisismo das pequenas diferenças.

Apoteóticos eventos

No Brasil muito se tem falado na copa e nas olímpiadas, mas gente que tal trabalhar até cheguem esse apoteóticos eventos.

Buscando mais uma vez elevar o nível

Buscando mais uma vez elevar o nível do debate o presidente Lula chamou o presidente do PSDB de babaca. O debate está elevado: babaca, jagunço, dissimulado, hipócrita.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Assunto de Familia

Coturnada

Do Blog Coturno Noturno:

"Se Dilma não decolar e a liderança de Serra ficar consolidada para um segundo turno, por exemplo, não pensem que Lula terá pruridos éticos em fritar Dilma Rousseff e iniciar o período de acordos com José Serra, para uma transição tranqüila. Já traiu assim com os seus maiores aliados: Frei Betto, Cristóvam Buarque, José Dirceu, Ricardo Berzoini e por aí vai ..."

FIES

A caixa federal anuncia redução dos juros do FIES esperamos que a notícia se confirme na prática.

Justo Verissimo e sua corruptocracia

Chico Anysio - Justo Verissimo e Rodolfa

Solidariedade


O MUNDO SEGUNDO OS EUA


Flores


Titãs - Nome aos Bois

Fora Jobim

A chamada esquerda do PT faz força para tirar o ministro da defesa Nélson Jobim do cargo. As chances de terem sucesso são próximas de zero.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Os nossos politicos e a segurança pública

Os nossos politicos adoram discutir segurança pública, mas os governos que eles eventualmente apoiam pouco fazem para qualificar esse importante serviço público prestado a população.

Afinal tu não é comunista?

O deputado federal Aldo Rebelo do PC do B/SP tem destilando algumas teses muito próximas ao agronegócio sobre o código florestal. O homem mais se parece com o Caiado ou Kátia Abreu quando o assunto é meio ambiente. Desse jeito o Aldo comunista vai se tornar em ídolo dos ruralistas. Menos Aldo afinal tu não é comunista?

Aparentemente deu pane na esquerda bem comportada do Chile

Aparentemente deu pane na esquerda bem comportada do Chile. Bastou a derrota de esquerda chilena de bom comportamento para no Brasil os apoiadores do governador José Serra já se empolgarem. Se lá deu certo aqui pode dar também, também temos uma esquerda bem comportada no governo.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Homem do céu tu é presidente da república!



O presidente Lula disse que assinou sem ler o Programa Nacional dos Direitos Humanos. Homem do céu tu é presidente da república!

Corría el año: John Fitzgerald Kennedy, JFK

Aécio refugou

O governador de Minas se negou a fazer um passeio nos próximos dias pelo estado com o presidente e a senhora Dilma. O tucano não quer dar na vista que não vai se comprometer com a campanha tucana.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Plinio de Arruda Sampaio fala sobre Eleições de 98

Os alicerces da democracia

João Mellão Neto
Até 1951, o presidente dos Estados Unidos da América, legalmente, podia reeleger-se quantas vezes quisesse. George Washington, o primeiro norte-americano a ocupar a cadeira, fixou uma tradição, religiosamente seguida por seus sucessores, de só se recandidatar uma única vez. Acontece que esta obrigação nunca fora fixada em lei. Franklin Roosevelt, presidente de 1933 a 1945, decidiu desafiá-la e foi eleito para quatro mandatos. Extremamente popular, só não foi além porque, logo no início de sua quarta investidura, veio a falecer, abrindo um amplo e apaixonado debate na nação sobre a conveniência de se permitirem reeleições indefinidas para o cargo presidencial. Não que Roosevelt tivesse sido um mau governante. Ao contrário. Ele foi, sem dúvida, o supremo mandatário que mais qualidades possuiu durante todo o século 20. O problema era de outra natureza. O instituto das reeleições indefinidas atentava contra a própria democracia, cujo sistema de freios e contrapesos a fazia garantir-se por si só, aprender com seus próprios erros e manter-se em constante evolução. Esse sistema de “check and balances” – toda criança americana aprende desde que entra na escola – é a melhor criação institucional dos EUA e, por isso mesmo, a razão pela qual o povo da grande nação se julga moralmente superior aos demais e, com certa presunção, procura exportá-lo para todos os países.O conceito norte-americano de democracia é bastante complexo e não se lastreia unicamente no ato de fazer valer a vontade da maioria. Hitler, num extremo exemplo, contava com o respaldo da maioria dos alemães e nem por isso se pode dizer que tenha governado de forma democrática. Os próprios norte-americanos quase caíram nessa terrível falácia em 1787, ao aprovarem a sua Constituição, a primeira dos tempos modernos, sem dela fazer constar os fundamentais direitos individuais. Alguns poucos anos depois, em 1791, foram aprovadas de uma vez só as dez primeiras Emendas à Constituição, que nada mais eram do que a explicitação dos direitos e prerrogativas das minorias e dos indivíduos.
Em 1951, seis anos após a morte de Roosevelt, o Congresso dos EUA aprovou a 22ª Emenda à Constituição, pela qual não apenas os presidentes só se podem reeleger uma única vez, como também jamais se podem re-recandidatar ao cargo, em toda a sua vida, mesmo que o fizessem em mandatos não-sucessivos. Bill Clinton foi uma das mais notórias vítimas dessa draconiana lei, visto que terminou seu segundo mandato aos 54 anos de idade e, potencialmente, tinha excelentes condições de voltar ao cargo quatro ou oito anos depois, não fosse a expressa vedação constitucional. Até os dias de hoje a Constituição dos EUA, passados mais de dois séculos, só foi reformada por 27 Emendas – dez delas constituindo a Carta de Direitos, promulgada logo nos primórdios, e outras duas, a 18ª e a 21ª, versando sobre o mesmo assunto: a primeira, proibindo o consumo, a fabricação e a venda de bebidas alcoólicas em todo o território nacional e a segunda, de menos de 20 anos depois, revogando esta proibição. O Texto Constitucional, no mais, compõe-se de apenas sete artigos, dispondo, principalmente, sobre a organização do Estado e suas prerrogativas.
Apenas sete artigos, que ocupavam não mais que 14 folhas de papel ofício, mas quanta sabedoria eles concentram. Os melhores e mais brilhantes textos jamais escritos sobre a democracia e seu complexo funcionamento se encontram condensados num livro, Os Artigos Federalistas, publicados nos jornais de Nova York às vésperas do plebiscito que marcou o ingresso do Estado na Federação. Eles foram redigidos sob pseudônimos – como era praxe então – e seus autores foram James Madison, John Jay e Alexander Hamilton, três homens que explanavam as suas idéias com propriedade porque participaram pessoalmente da Convenção da Filadélfia, na qual foi redigida a Constituição.Há quem afirme que não existe no mundo um tratado tão eloqüente e sábio, como Os Artigos, versando sobre política. Pode-se comprovar hoje, já passados mais de dois séculos, que tudo o que os três estadistas escreveram acabaria por ser cabalmente confirmado pela História. Trata-se de leitura obrigatória em todas as escolas norte-americanas. Os cidadãos dos EUA defendem com tanta veemência as instituições nacionais não apenas por patriotismo. Eles sabem, no seu íntimo, que aquele sistema funciona. E funciona bem…
Não, a democracia não se assenta exclusivamente no prevalecer da vontade da maioria. Longe disso. A democracia é também o respeito aos direitos das minorias, o livre-arbítrio e a liberdade de expressão, o império da lei e a impessoalidade do Estado. Tudo isso soa um pouco estranho aos ouvidos latino-americanos. As recorrentes pesquisas que se fazem nestas plagas trazem à luz uma tendência preocupante: é o baixo apreço que nossos povos nutrem pela democracia e suas instituições. O Poder Legislativo, em praticamente todas as nações ao sul do Rio Grande, é invariavelmente reprovado. O Poder Judiciário, também. Quase todo mundo afirma ter aversão à política. Estranha noção… A política, gostemos ou não, está presente até mesmo nas piores ditaduras. Aqueles que alegam ter nojo dela estão, para sempre, condenados a obedecer àqueles que não têm.Todas estas advertências são oportunas, mormente nos dias atuais, em que recaídas autoritárias tão freqüentemente se fazem notar.Alguém já disse, séculos atrás, que os povos que perdem a liberdade pela força, pela força haverão de recuperá-la. Mas aqueles que a perdem por descaso, estes povos nunca mais voltarão a ser livres. Que tais presságios nunca venham a se confirmar por aqui. Em terra de cordeiros, serão sempre os lobos que governarão.

Artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, em 07 de Dezembro de 2007.