domingo, 29 de novembro de 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Comunismo Lulista

Parte da direita brasileira continua convencido que Lula seja perigoso comunista.. Sete anos de governo bem ao gosto da elite foram insuficientes para convencer certos pensadores da nossa direita, um tanto quanto assombrada com o suposto comunismo Lulista.

sábado, 21 de novembro de 2009

Debates en Libertad: Aló Populismo 6/11/07

O sistema elétrico do Brasil é confiável

O sistema elétrico do Brasil é confiável. É o que as autoridades do setor afirmam todo dia. Então rezemos.

Voto do ministro Joaquim Barbosa no caso Battisti (14/20)

Advogado diz que Battisti é bode expiatório (4/20)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tucanos

Tucanos prometem treinar gente e disputar as ruas com a candidata do governo. É o que veremos nos dois últimos pleitos tentaram ganhar a eleição fazendo teleconferência.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Do Blog do Noblat

Do Blog do Noblat :
Vannuchi e Jobim disputam Comissão da Verdade

Ministros não chegam a acordo sobre parte do Plano Nacional de Direitos Humanos que Lula deve anunciar dia 9

De Roldão Arruda:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende anunciar no dia 9 de dezembro, véspera do aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o novo Plano Nacional de Direitos Humanos, com a definição de políticas federais para essa área nos próximos anos. Ele quer fazer o anúncio com o apoio de todos os ministérios.

Mas, faltando pouco mais de 20 dias para o evento, ainda existe uma pedra no meio do caminho: dois ministros de Lula não conseguem chegar a um acordo sobre uma importante e delicada parte do plano, que trata da instalação de uma comissão nacional com amplos poderes para apurar crimes da ditadura militar e responsabilizar culpados. A exemplo de outros países que já apuraram os crimes de regimes de exceção, ela teria o nome de Comissão da Verdade e Justiça.

De um lado da disputa está o ministro de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, defensor da comissão. Do outro aparece seu colega Nelson Jobim, da Defesa, avesso à ideia.

Vannuchi argumenta que a comissão seria uma resposta aos anseios das famílias de pessoas torturadas e mortas nos anos da ditadura. Muitas não conseguiram até hoje localizar os corpos dos parentes. Na visão de Jobim, porém, ela traria o risco de animar espíritos revanchistas e criar atritos desnecessários com as Forças Armadas.

As divergências vão além. Vannuchi acredita que uma comissão com amplos poderes pode recuperar arquivos em poder de militares e elucidar casos de desaparecimentos. Jobim aceita as declarações de chefes militares de que esses arquivos não existem mais. Teriam sido todos destruídos. Leia mais em: Vannuchi e Jobim travam disputa de bastidor por Comissão da Verdade



Ex-secretário da Receita é investigado

Procuradoria-Geral da República apura se Everardo Maciel, que comandou o fisco nos dois governos FHC, beneficiou AmBev

Advogados de Everardo negam envolvimento e entraram com habeas corpus contra o inquérito policial; Justiça ainda não decidiu

O ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel virou alvo de uma investigação criminal determinada pela Procuradoria-Geral da República. Paira sobre Everardo a suspeita de ter agido ilegalmente para beneficiar a fabricante de bebidas AmBev.

No centro da discussão está um contrato com a cervejaria assinado pelo ex-secretário cinco meses após ter deixado a Receita, no final de 2002. Ele se tornou consultor da AmBev em maio de 2003, tendo recebido R$ 1,314 milhão somente naquele ano.

O caso gerou um embate incomum entre a Procuradoria da República de primeira instância e a PGR, alçada máxima do Ministério Público Federal. O primeiro procurador sorteado para cuidar do assunto, Luiz Fernando Vianna, entendeu não haver elementos para denunciar Everardo e propôs o arquivamento. Mas a PGR discordou e ordenou que as investigações fossem retomadas.

O episódio tem sua origem num trabalho da Corregedoria-Geral da Receita, iniciado em 2003, contra suposta "venda de legislação" no fisco na gestão de Everardo. Os alvos centrais da corregedoria eram dois assessores diretos do ex-secretário da Receita. Everardo comandou o fisco durante os dois mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Em 2005, os integrantes da comissão de inquérito da corregedoria receberam a informação do contrato entre Everardo e AmBev.

Levantaram então a suspeita de que o vínculo do ex-secretário com a fabricante de bebidas pudesse ter relação com duas instruções normativas editadas pela Receita no começo de 2004, já no governo do presidente Lula.

As instruções foram assinadas pelo sucessor de Everardo no comando do fisco e seu homem de confiança, Jorge Rachid. As medidas foram amplamente favoráveis à AmBev em comparação a seus concorrentes, segundo analistas especializados no setor de bebidas.

A corregedoria acreditou tratar-se de mais um exemplo de "venda de legislação". Daquela vez, porém, tendo Everardo como possível beneficiário do esquema. Os auditores fizeram então uma representação contra o ex-secretário no Ministério Público Federal no Distrito Federal. Assinante do jornal leia mais em: Ex-secretário da Receita é investigado


PF investiga elo das Farc com milícias de indígenas no AM

Ticunas dizem ter 1.500 voluntários, com cassetetes e espingardas, para combater consumo de álcool e tráfico de drogas nas aldeias

A maioria dos índios aprova as milícias, mas há conflitos; no dia 2, milicianos foram apedrejados e reagiram a tiros; 11 pessoas se feriram

A Polícia Federal investiga dois assassinatos e abusos supostamente cometidos por milícias de índios brasileiros na fronteira com a Colômbia e o Peru e o treinamento delas por membros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Essas milícias foram criadas neste ano para combater o consumo de álcool e o tráfico de drogas nas aldeias.

Os integrantes rejeitam o rótulo de milícias e afirmam ser uma "polícia indígena". Dizem que a organização, chamada de Piasol (Polícia Indígena do Alto Solimões) ou SPI (Serviço de Proteção ao Índio), foi criada porque PF e Funai não impediam a alta incidência de crimes na região do Alto Solimões. Entre os 36 mil ticunas, dizem ter 1.500 voluntários (3% são mulheres), muitos recrutados entre egressos do Exército. A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) monitora as milícias.

A PF suspeita que elas recebem treinamento das Farc, mas se nega a comentar o tema. Os indícios da relação das milícias com a guerrilha surgiram na comunidade de Campo Alegre, em São Paulo de Olivença, onde há 300 milicianos. Uma hipótese é um possível interesse das Farc no fortalecimento de um grupo paramilitar aliado; a outra, a de que guerrilheiros se solidarizam porque há ticunas nas fileiras das Farc.

O antropólogo João Pacheco de Oliveira Filho, especialista em ticunas do Museu Nacional da UFRJ, diz que os índios podem estar sendo atingidos "de raspão" pela disputa por drogas na região. Para ele, as milícias são "cópias do sistema do branco" e podem estar sendo usadas contra o interesse dos índios. A Folha visitou três comunidades onde há milícias.

Elas têm hierarquia definida (delegados, soldados) e usam cassetetes de madeira e espingardas de caça. Dizem que não ganham salário. Vestem uniformes pretos e coturno. A PF abriu inquérito para investigar homicídio, tortura e extorsão.

A rede não é privada.

Na Internet a campanha presidencial já vai longe e promete ser um festival de baixaria. E a turma acha que ganha voto com isso. A rede não é privada.

domingo, 15 de novembro de 2009

Ser professor é ...

Ser professor é ter a capacidade de "sair de cena,
sem sair do espetáculo".
Ser professor é apontar caminhos, mas deixar que
o aluno caminhe com seus próprios pés...

sábado, 14 de novembro de 2009

O negócio é torcer

Segundo o Lobão que manda nas Minas e Energia o negócio é torcer para que não venha outro apagão. Vamos torcer também para que o presidente tire o pessoal do Sarney do comando do sistema elétrico. Inclusive o dito Lobão.

De apagão eles entendem

Bastou um corte de energia de algumas horas e o pessoal dos Democratas, o partido, já ficou empolgado, vira aí a chance de eles voltarem a administrar o sistema que deixaram, aliás que chegasse ao colapso em 2001. De apagão eles entendem.

Por temermos parecer estranhos

Por temermos parecer estranhos, insistimos em repetir velhos procedimentos, velhas formas de ver o mesmo mundo, pelo mesmo visor, pelos mesmo ângulo, pelo mesmo metro medimos um mundo que vai mudando e nos maltratando.

Jacob Pinheiro para o Documentário Irreal (parte 2 de 3)

Jacob Pinheiro para o Documentário Irreal (parte 3 de 3)

Jacob Pinheiro para o Documentário Irreal (parte 1 de 3)

JORNAL DA GAZETA - Especial União Soviética 3/4

JORNAL DA GAZETA - Especial União Soviética 2/4

JORNAL DA GAZETA - Especial União Soviética 1/4

Apagão Blecaute Rio de Janeiro Transtornos Energia Trânsito Engarrafamentos 11/11/2009

Breve História das Capitas Brasileiras - Porto Alegre

Dezoito estados sofrem com maior apagão da história brasileira 12/11/09

Breve História das Capitas Brasileiras - São Paulo

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Tudo está indo por água abaixo

Quando você acha que tudo está indo por água abaixo, melhor refazer certos procedimentos que serão capazes de recomporem a sua vida.

Só Deus

Só Deus nos proteje de um novo blecaute. Palavras do presidente Lula.

Fazenda II

Record copia a globo, inclusive nas porcarias. Vem aí a Fazenda II.

Filmes Da Segunda Guerra Mundial

Amazônia - Ocupação e Degradação

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

domingo, 8 de novembro de 2009

"Professor: profissão em risco".

O falecimento da professora Suely Portes Zaperlão, ocorrido no último dia 17 de setembro deste ano, chamou a atenção da sociedade, em especial dos milhares de professores e funcionários da região de Londrina. Além do sentimento de tristeza e condolências, a atenção se deu pelas circunstâncias ocorridas anteriores ao triste fato. Após um desentendimento com uma mãe de aluna da escola em que atuava (a professora havia recolhido um vidro de álcool gel da estudante), a mesma foi convocada para uma reunião no Núcleo Regional de Educação. Voltou para casa e, no dia seguinte, amanheceu morta.

A partir daí várias especulações foram feitas: a professora teria se suicidado, desistido da vida em virtude da pressão do trabalho, entre outras. Os médicos declararam morte natural. No entanto, a resposta médica não calou a alma machucada e preocupada de milhares de educadores. Isto porque muitos de nós vimos na professora nossa imagem refletida no espelho.

Neste momento, seria leviano apontar responsáveis pela morte da professora. Culpar pessoas, procedimentos ou atitudes é envolver a situação com o véu apressado da ignorância. Porém, é preciso que se diga em alto e bom tom: A professora é mais uma vítima de um sistema de organização social que privilegia a competição, o individualismo, o lucro em detrimento da valorização do humano. É a lei do salve-se quem puder! Quem sabe nossos filhos possam viver no amanhã em uma sociedade organizada através da lógica da solidariedade, da valorização do humano, da partilha.

Repetimos, seria leviano apontar culpados. Pelo que se sabe, ela enfrentava um quadro antigo de depressão. A morte da filha foi um duro castigo. No entanto, não há como negar que a tensão vivida cotidianamente no exercício da profissão de educar de alguma maneira contribui para o agravamento do quadro de saúde da professora.

É assustador o número de professores afastados da sala de aula em virtude da exaustão profissional. Vários estudos apontam para um quadro de adoecimento dos educadores do país. As doenças de origem psicológica são as que mais afetam a categoria. O número de professores com depressão, com síndrome de burnout e com síndrome de pânico aumenta a cada dia. O trabalho do educador, embora importante e gratificante, se tornou por demais penoso. Infelizmente, a tensão passou a ser um dos componentes presentes no ato educativo. A exaustão emocional que anda de mãos dadas com o professor vai aos poucos destruindo o que de melhor nós temos: a esperança, através da educação, de construir um mundo melhor.

Algo precisa ser feito para alterar este quadro.

A sociedade e o poder público precisam olhar com mais atenção a situação em que vivem nossos educadores. Nossos mestres precisam ser respeitados. Vejamos o que está acontecendo em várias regiões do Estado no processo de reposição das aulas suspensas em virtude da gripe A. Mesmo após o Conselho Estadual de Educação ter dispensado a reposição dos dias mediante o cumprimento das 800 horas de aula exigidas pela LDB (o que garante o direito do aluno aos conteúdos), em muitas escolas a reposição se transformou em um castigo para o educador. Estes, já cansados pelos trabalhos que levam da escola para casa nos finais de semana, têm agora de trabalhar aos sábados até quase o final do ano, no nosso entendimento sem necessidade. Preocupada com a situação, a APP-Sindicato lançou, no mês de agosto deste ano, uma campanha estadual em defesa da saúde dos educadores. No próximo dia 15 de outubro, dia do professor, uma audiência pública na Assembleia Legislativa vai ser realizada para debater o tema.

Concluímos estas considerações lembrando um trecho de uma música do Chico Buarque: "Deixe em paz meu coração que ele é um poço até aqui de mágoa, e qualquer desatenção, faça não, pode ser a gota d'água".

Talvez a tensão do exercício profissional da professora Suely Portes Zaperlão tenha sido a gota d'água para o triste episódio. Nós, educadores, não queremos muito. Apenas que a escola seja um templo sagrado do conhecimento. Isto não é possível sem a valorização dos nossos mestres educadores.

Antonio Marcos Gonçalves - professor da rede estadual e presidente do núcleo sindical da APP de Londrina
Luiz Carlos Paixão da Rocha - professor da rede estadual, mestre em Educação e diretor estadual de Imprensa da APP-Sindicato

Para onde vamos?

A enxurrada de decisões governamentais esdrúxulas, frases presidenciais aparentemente sem sentido e muita propaganda talvez levem as pessoas de bom senso a se perguntarem: afinal, para onde vamos? Coloco o advérbio "talvez" porque alguns estão de tal modo inebriados com "o maior espetáculo da Terra", de riqueza fácil que beneficia poucos, que tenho dúvidas.

Parece mais confortável fazer de conta que tudo vai bem e esquecer as transgressões cotidianas, o discricionarismo das decisões, o atropelo, se não da lei, dos bons costumes. Tornou-se habitual dizer que o governo Lula deu continuidade ao que de bom foi feito pelo governo anterior e ainda por cima melhorou muita coisa. Então, por que e para que questionar os pequenos desvios de conduta ou pequenos arranhões na lei?

Só que cada pequena transgressão, cada desvio vai se acumulando até desfigurar o original. Como dizia o famoso príncipe tresloucado, nesta loucura há método. Método que provavelmente não advém do nosso príncipe, apenas vítima, quem sabe, de apoteose verbal. Mas tudo o que o cerca possui um DNA que, mesmo sem conspiração alguma, pode levar o País, devagarzinho, quase sem que se perceba, a moldar-se a um estilo de política e a uma forma de relacionamento entre Estado, economia e sociedade que pouco têm que ver com nossos ideais democráticos.

É possível escolher ao acaso os exemplos de "pequenos assassinatos". Por que fazer o Congresso engolir, sem tempo para respirar, uma mudança na legislação do petróleo mal explicada, mal-ajambrada? Mudança que nem sequer pode ser apresentada como uma bandeira "nacionalista", pois, se o sistema atual, de concessões, fosse "entreguista", deveria ter sido banido, e não foi. Apenas se juntou a ele o sistema de partilha, sujeito a três ou quatro instâncias político-burocráticas para dificultar a vida dos empresários e cevar os facilitadores de negócios na máquina pública.

Por que anunciar quem venceu a concorrência para a compra de aviões militares, se o processo de seleção não terminou? Por que tanto ruído e tanta ingerência governamental numa companhia (a Vale) que, se não é totalmente privada, possui capital misto regido pelo estatuto das empresas privadas? Por que antecipar a campanha eleitoral e, sem nenhum pudor, passear pelo Brasil à custa do Tesouro (tirando dinheiro do seu, do meu, do nosso bolso...) exibindo uma candidata claudicante? Por que, na política externa, esquecer-se de que no Irã há forças democráticas, muçulmanas inclusive, que lutam contra Ahmadinejad e fazer mesuras a quem não se preocupa com a paz ou os direitos humanos?

Pouco a pouco, por trás do que podem parecer gestos isolados e nem tão graves assim, o DNA do "autoritarismo popular" vai minando o espírito da democracia constitucional. Esta supõe regras, informação, participação, representação e deliberação consciente. Na contramão disso tudo, vamos regressando a formas políticas do tempo do autoritarismo militar, quando os "projetos de impacto" (alguns dos quais viraram "esqueletos", quer dizer, obras que deixaram penduradas no Tesouro dívidas impagáveis) animavam as empreiteiras e inflavam os corações dos ilusos: "Brasil, ame-o ou deixe-o."

Em pauta temos a Transnordestina, o trem-bala, a Norte-Sul, a transposição do São Francisco e as centenas de pequenas obras do PAC, que, boas algumas, outras nem tanto, jorram aos borbotões no Orçamento e mínguam pela falta de competência operacional ou por desvios barrados pelo Tribunal de Contas da União. Não importa, no alarido da publicidade, é como se o povo já fruísse os benefícios: "Minha Casa, Minha Vida"; biodiesel de mamona, redenção da agricultura familiar; etanol para o mundo e, na voragem de novos slogans, pré-sal para todos.

Diferentemente do que ocorria com o autoritarismo militar, o atual não põe ninguém na cadeia. Mas da própria boca presidencial saem impropérios para matar moralmente empresários, políticos, jornalistas ou quem quer que seja que ouse discordar do estilo "Brasil potência".

Até mesmo a apologia da bomba atômica como instrumento para que cheguemos ao Conselho de Segurança da ONU - contra a letra expressa da Constituição - vez por outra é defendida por altos funcionários, sem que se pergunte à cidadania qual o melhor rumo para o Brasil. Até porque o presidente já declarou que em matéria de objetivos estratégicos (como a compra dos caças) ele resolve sozinho. Pena que se tenha esquecido de acrescentar: "L"État c"est moi." Mas não se esqueceu de dar as razões que o levaram a tal decisão estratégica: viu que havia piratas na Somália e, portanto, precisamos de aviões de caça para defender o "nosso pré-sal". Está bem, tudo muito lógico.

Pode ser grave, mas, dirão os realistas, o tempo passa e o que fica são os resultados. Entre estes, contudo, há alguns preocupantes. Se há lógica nos despautérios, ela é uma só: a do poder sem limites. Poder presidencial com aplausos do povo, como em toda boa situação autoritária, e poder burocrático-corporativo, sem graça alguma para o povo. Este último tem método. Estado e sindicatos, Estado e movimentos sociais estão cada vez mais fundidos nos altos-fornos do Tesouro.

Os partidos estão desmoralizados. Foi no "dedaço" que Lula escolheu a candidata do PT à sucessão, como faziam os presidentes mexicanos nos tempos do predomínio do PRI. Devastados os partidos, se Dilma ganhar as eleições sobrará um subperonismo (o lulismo) contagiando os dóceis fragmentos partidários, uma burocracia sindical aninhada no Estado e, como base do bloco de poder, a força dos fundos de pensão. Estes são "estrelas novas". Surgiram no firmamento, mudaram de trajetória e nossos vorazes, mas ingênuos capitalistas recebem deles o abraço da morte. Com uma ajudinha do BNDES, então, tudo fica perfeito: temos a aliança entre o Estado, os sindicatos, os fundos de pensão e os felizardos de grandes empresas que a eles se associam.

Ora, dirão (já que falei de estrelas), os fundos de pensão constituem a mola da economia moderna. É certo. Só que os nossos pertencem a funcionários de empresas públicas. Ora, nessas, o PT, que já dominava a representação dos empregados, domina agora a dos empregadores (governo). Com isso os fundos se tornaram instrumentos de poder político, não propriamente de um partido, mas do segmento sindical-corporativo que o domina.

No Brasil os fundos de pensão não são apenas acionistas - com a liberdade de vender e comprar em bolsas -, mas gestores: participam dos blocos de controle ou dos conselhos de empresas privadas ou "privatizadas". Partidos fracos, sindicatos fortes, fundos de pensão convergindo com os interesses de um partido no governo e para eles atraindo sócios privados privilegiados, eis o bloco sobre o qual o subperonismo lulista se sustentará no futuro, se ganhar as eleições. Comecei com para onde vamos? Termino dizendo que é mais do que tempo de dar um basta ao continuísmo, antes que seja tarde.



Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, foi presidente da República

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Jean-Paul Sartre

Jean-Paul Sartre
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(1905 - 1980)
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Escritor e dramaturgo francês nascido em Paris, onde também morreu, conhecido como um dos principais pensadores existencialistas, corrente filosófica que prega a liberdade individual do ser humano. Após a graduação na École Normale Superieure (1929), onde conheceu a escritora Simone de Beauvoir e com ela viveu até o fim de sua vida, lecionou em diversos colégios de Havre, Lion e Paris, até começar a ganhar notoriedade como escritor. Durante a segunda guerra mundial, convocado pelo Exército francês, foi por um ano prisioneiro dos alemães. Fundou a influente revista Les Temps Modernes (1946), com Simone de Beauvoir, e nos anos seguintes, desenvolveu intensa atividade política, marcada pela aproximação e posterior ruptura com o Partido Comunista Francês, desiludido com o comunismo soviético. Numa extensa obra, entre romances, peças teatrais e tratados filosóficos destacaram-se o romance La Nausée (1938), L'Imagination (1936), Esquisse d'une théorie des émotions (1939), L'Imaginaire: Psychologie phénoménologique de l'imagination (1940), L'Être et le néant (1943), L'Existencialisme est un humanisme (1946), Les Chemins de la liberté (1945-1949), Huis-Clos (1944), Les Mains sales (1948), Nekrassov (1955), Les Séquestrés de Altona (1959), Saint-Genet, comédien et martyr (1952), Critique de la raison dialectique (1960) e uma autobiografia Les Mots (1964). Premiado com o Nobel de Literatura (1964), por um trabalho rico em idéias e impregnado do espírito de liberdade e de busca da verdade que exerceram uma influência revolucionária na nossa época, recusou o prêmio por etr jurado alguns anos antes não mais aceitar premiações oficiais e, após ficar cego em seus últimos anos de vida, morreu em Paris.

Carlos: mulato, baiano, comunista, brasileiro

Os 40 anos passados desde sua morte na luta revolucionária de resistência à ditadura, só multiplicaram a imagem de Carlos Marighella, como dirigente revolucionário brasileiro e latinoamericano. Identificado com os projetos revolucionários de libertação da América Latina desde a década de 30, teve um protagonismo central nos momentos mais difíceis vividos pelo PCB depois do golpe de 1964, quando debateu as razões do golpe e os novos horizontes de luta da esquerda brasileira. O artigo é de Emir Sader.

Emir Sader

Carlos é o protótipo do brasileiro. Amado na sua Bahia, com quem o povo baiano se identifica, como se identifica com Caimmy, com a Menininha do Gantuá, com tudo o que é expressão genuína daquelas terras tão brasileiras.

Filho de uma negra escrava, Maria Rita, linda, com pai de origem italiana, Augusto, Carlos é uma das expressões mais genuínas da mestiçagem do povo brasileiro. As conversas com os vizinhos da casa modesta onde nasceu e cresceu, em Salvador, as fotos com os colegas de escola, com os amigos, revelam o mulato sestroso, conversador, gentil, sensível, típico dos bairros populares da velha São Salvador.

Como quem chegou à adolescencia naqueles anos-chave da década de 30, Carlos se identificou profundamente com os projetos revolucionarios da década, antes de tudo com a lideranca de Prestes no PCB, depois da aventura extraordinaria da Coluna. Viveu Carlos aí a primeira grande experiência, que o marcaria pelo resto da vida, consolidando nele a opção revolucionária.

Não protagonizou com sua participação os grandes debates no seio do PC ao longo das décadas seguintes. Seu protagonismo ficou reservado para os momentos mais difíceis vividos pelo Partido, logo depois do golpe de 1964. Já sua resistência à prisao na Cinelândia, no Rio, poucos días depois do golpe, demonstrava a atitude de rebeldia e de resistência que Carlos imprimiria à sua atitude e à que convocava aos brasileiros.

Dessa vez Carlos foi o principal protagonista dos debates internos do PCB, sobre as razões do golpe e os novos horizontes de luta da esquerda brasileira. Ele se identificou de forma direta com a dinâmica proposta pela Revolução Cubana, que aparecia como uma alternativa real para os países em que as elites dominantes apelavam para a ditadura, diante das ameaças dos movimentos populares, optando pelo projeto norteamericano da Doutrina de Segurança Nacional.

Carlos conclamou a resistência a aderir ao projeto da luta armada, sob a forma da guerra de guerrilhas, rompendo assim com o PCB e fundando a ALN. Junto com a VPR, dirigida por Carlos Lamarca, protagonizaram a versão mais radical da resistência clandestina à ditadura militar, de que o espetacular sequestro do embaixador dos EUA – com a libertação de 15 militantes da resistência e a leitura de declaração contra a ditadura em cadeia nacional de rádio e televisão – foi uma de suas mais expressivas manifestações.

Os 40 anos passados desde sua morte na luta revolucionária de resistência à ditadura, só multiplicaram a imagem de Carlos, como dirigente revolucionário brasileiro e latinoamericano. Carlos, mulato, baiano, comunista, brasileiro.

Fernão [ou Fernando] de Magalhães

Fernão [ou Fernando] de Magalhães
(1480 - 1521)
Navegador português nascido na região portuguesa de Trás-os-Montes, descobridor do estreito que leva seu nome, no extremo meridional da América do Sul, entre os oceanos Atlântico e Pacífico, em cuja expedição realizou a primeira viagem de circunavegação do globo, embora tenha morrido antes de completar a façanha. De origem nobre, teve sua primeira experiência quando participou da expedição de Francisco de Almeida, primeiro vice-rei português do Extremo Oriente, que se empenhava em conter o poderio muçulmano na África e na Índia (1505). Esteve na costa de Moçambique (1506-1507), na Índia (1508-1512), onde participou da tomada da cidade de Malaca (1511), ponto estratégico para as ambições portuguesas na Ásia. Voltou a Portugal (1512) e participou da tomada a cidade Azamor, no Marrocos. Um ferimento de guerra deixou-lhe coxo (1514) e, diante da negativa do rei Manuel I de Portugal em idenizá-lo, mudou-se para a Espanha (1516). Em Sevilha (1517) ofereceu-se para trabalhar para o rei Carlos I, futuro imperador Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico. Como o caminho pelo cabo da Boa Esperança estava dentro do domínio português, segundo o Tratado de Tordesilhas, propôs ao rei decobrir uma passagem que ligasse os oceanos Atlântico e Pacífico, através da América, permitindo alcançar às ilhas Molucas, no Pacífico sul, ricas em especiarias. A proposta foi aceita e a expedição começou a se preparar no porto de Sevilha (1518). A missão partiu de Sanlúcar de Barrameda (1519) com cinco naus da coroa espanhola: Trinidad, nau capitânia de Magalhães, San Antonio, Concepción, Santiago e Victoria e 270 homens. Antes de atingir o cabo Vírgenes, no sul do continente, e entrar naquele que seria conhecido como estreito de Magalhães (1520), por duas vezes pensaram ter encontrado essa passagem quando penetraram na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro (1519) e no estuário do Prata (1520). Conta-se que nesta ocasião houve um motim, que o navegador sufocou sem piedade, executando o capitão de um navio e deixando outro em terra, abandonado à própria sorte. Em outubro do mesmo ano, a expedição deu a volta ao cabo Vírgenes, no sul do continente, e entrou por fim naquele que logo seria conhecido como estreito de Magalhães. Com a tripulação sofrendo de escorbuto, sem água potável e se alimentando de bolachas, iniciou-se a grande travessia do Pacífico. Após cerca de 100 dias de travessia alcançaram, já em janeiro do ano seguinte, o arquipélago de Tuamotu, e dois meses após, Guam, uma das ilhas Marianas, onde se reabasteceram. Depois seguiram para as futuras Filipinas, onde dois meses depois, em 27 de abril, na ilha de Mactan, o navegador foi morto numa luta com os nativos. A viagem, porém, não foi interrompida e a expedição prosseguiu sob o comando de Juan Sebastián Elcano. Com apenas uma única nau remanescente, a Victoria, e 17 homens dos 270 iniciais, a expedição, ou que restou dela, chegou ao porto espanhol de Sevilha (1522), depois de completar a volta ao globo, passando pelo sul da África, demonstrando, na prática, a esfericidade da Terra.

Caminhos tortuosos

As vezes nos perdemos por estreitos caminhos, nem sempre assim tão estreitos, mas enfim nos perdemos. Perder-se é fácil, o difícil mesmo, pode ser se encontrar mais tarde.

Em algum momento nos encontramos. A sensação de estar perdido pode estar entre as sensações mais horríveis que podemos experimentar. Nos causa pavor, mas poderá ser melhor, do que sempre seguir um mesmo caminho por vezes enfadonho.

Aprendi ainda muito jovem a sonhar com caminhos radiosos e iluminados. Com o tempo fui percebendo que acabamos trilhando, caminhos nem sempre desejados, sonhados, mas sempre andamos em algum caminho por mais indigesto que ele seja.

Desenhar caminhos imaginários, ilusórios, falsos, talvez seja um dos oficios mais praticados pelos seres humanos em todos os tempos.

Privatização e Destruição das Ferrovias

Filme que mostra o desmonte das ferrovias no Brasil após a privatização (1996, principalmente da antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil - RFFSA.

Bela

Dica de Cinema: Bastardos Inglórios (2009)

Brasileiro 1982 - Flamengo 3x2 Guarani - Semifinal

Lugo demite cúpula das Forças Armadas após rumores de golpe

05/11/2009 estadao.com.br

O presidente paraguaio, Fernando Lugo, demitiu os três principais comandantes militares do país na quarta-feira, 4, um dia depois de negar rumores de um possível golpe em meio às crescentes críticas ao seu governo. Segundo comunicado, Lugo deve empossar novos comandantes nesta quinta-feira.

Lugo demitiu os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, informou comunicado da assessoria de imprensa da Força Aérea do país. É a terceira reformulação feita por Lugo na cúpula das Forças Armadas desde que ele assumiu o poder há um ano e meio. O presidente não fez comentários sobre a decisão.

Ex-bispo da Igreja Católica, Lugo conquistou a Presidência no ano passado, pondo fim a mais de 60 anos de governo do conservador Partido Colorado. A coalizão comandada por Lugo tem batalhado para promover uma agenda de reformas e enfrenta dura oposição de parlamentares do Colorado, que controlam o Congresso.

Líderes da oposição têm elevado as críticas a Lugo nos últimos dias. Eles o acusam de não conseguir reduzir o crime e pedem investigações sobre supostas vendas impróprias de terras, envolvendo um assessor presidencial.

Segundo a BBC, os rumores sobre o suposto plano de golpe de Estado começaram a surgir com uma declaração do secretário de relações internacionais do Partido Comunista Venezuelano (PCV) e vice-presidente do Grupo Venezuelano do Parlamento Latino-americano (Parlatino), Carolous Wimmer. Segundo a imprensa local, ele teria dito que os Estados Unidos e setores da direita paraguaia queriam concretizar um “golpe contra o governo de Lugo”.

Na terça-feira, Lugo negou a ameaça de um golpe militar em comentários a jornalistas, mas alertou sobre "um pequeno grupo de oficiais militares" que ele disse que estariam se aliando a seus inimigos políticos. Segundo informações da imprensa paraguaia, a reformulação militar vem após Lugo supostamente ser informado que alguns oficiais de alta patente se reuniram com parlamentares da oposição durante o fim de semana.

Um dos países mais pobres da América do Sul, o Paraguai tem sofrido com períodos esporádicos de instabilidade política e várias tentativas de golpe desde a restauração da democracia em 1989, após 35 anos de ditadura militar comandada pelo general Alberto Stroessner.

Blog do Tutty Vasques

O PAC inglês

Dilma Rousseff está desolada!

A ministra chegou a Londres ontem, dois dias depois da inauguração das obras de reforma da Oxford Street.

“Perdi essa!” – lamentou-se.


Mestre tucano

FHC resolveu dar um tempo nas drogas:

Voltou a queimar o governo Lula!

Pra ver se a oposição aprende a exercer seu papel.

Se depender da liderança do José Serra, já viu, né?

Baixa estima

Desabafo de um universitário carioca no final do feriadão em Maresias, já cansado de ouvir piadinhas de amigos paulistas sobre a violência no Rio:

“A gente, pelo menos, não bate em loura de perna de fora!”

Tutty Vasques

BBC 2a guerra mundial toma de Berlin parte 4-5

BBC 2a guerra mundial toma de Berlin parte 3-5

BBC 2a guerra mundial toma de Berlin parte 2-5

BBC 2a guerra mundial toma de Berlin parte 1-5

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Batalla de Okinawa 2/5

Batalla de Okinawa 1/5

Isenção de IPI

O governo federal ao que parece pouco está se lixando se a isenção de IPI levar a falência centenas de prefeituras. O importante é o impacto e a propaganda da redução do imposto.

Promessa de Aécio Neves

Aécio Neves tem prometido aos tucanos que une PSDB/PMDB/DEM/PP/PPS/PTB/PDT/PSB e outros. Se fizer isso deixa a candidatura do PT em mau tempo.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Aécio Neves

Aécio Neves certo de que carrega no sangue um pouco do talento do avô continua insistindo em ser o candidato tucano. A seu favor dizem ser um agregador e conciliador como o avô. Até hoje, no entanto, os talentos do antepassado glorioso não se manifestou no neto.

RS

Nem os anarquistas aguentam mais a governadora do RS. A mulher queimou o filme até com os anarquistas. De Democratas a Anarquistas ninguém mais aguenta a mulher. Que decepção para os gaúchos, tido em outros tempos como um povo politizado.

Aquilo que sonhamos em outros tempos.

Frei Leonardo Boff tem manifestado seu otimismo em relação aos governos de esquerda da América Latina: Brasil, Bolívia, Venezuela, Equador,Uruguai, Paraguai e Argentina.

Quem dera o Frei esteja certo! O tipo de esquerda vigente nesses países dificilmente pode corresponder aos sonhos mais generosos das esquerdas latino-americanas.

Visivelmente entramos em uma longa noite, onde nos contentamos com qualquer coisa que se assemelhe aquilo que sonhamos em outros tempos.

NOVA CONSTITUIÇÃO?

A convocação de uma nova Assembléia Constituinte é um assunto que vai tomando corpo. Em breve a proposta pode ganhar força.
Senadores e deputados tem manifestado simpatia pela proposta. A atual Constituição completou 21 anos, e nem regulamentada foi em muitos dispositivos.
É comum o desrespeito a normas constitucionais em todo o lugar e agora a solução passa a ser fazer uma nova constituição. VAMOS CUMPRIR A ATUAL!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Bela


A balela do comunismo em 1964

Dizer que o golpe de 64 foi dado para combater o comunismo, não deixa de ser uma gloriosa balela. Os militares ao menos não eram idiotas, e sabiam que não havia uma efetiva revolução comunista em andamento.

Salário da PM

Vários autoridades falam sobre os baixos salários dos Policiais Militares, mas na prática nada fazem além de constatar o óbvio.

domingo, 1 de novembro de 2009

Fracasso

Todos fugimos do fracasso, ou em certos casos fingimos que ele não se estabeleceu. Fingir que ele não existe talvez seja a pior solução.